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21jun2015
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Entrevista de Adam Lambert na BBC Radio 2, Londres – 12/06
Conforme já publicamos aqui, Adam Lambert foi entrevistado por Steve Wright em seu programa “In The Afternoon” da BBC Radio 2 de Londres em 12/06. Confira a entrevista a seguir:
Steve: Adam Lambert é uma super estrela americana. Passou o último ano numa turnê mundial esgotada, “Queen + Adam Lambert”, e agora está de volta com um novo single da sua carreira solo do novo álbum, que iremos tocar dentro de momentos. O novo single do Adam, “Ghost Town”, já está disponível e faz parte do seu novo álbum “The Original High”, que será lançado segunda-feira. É o terceiro álbum do Adam e incluí faixas com a cantora sueca Tove Lo e com a lenda britânica Brian May. Você já deve conhecer o Brian May muito bem. A tua história é muito interessante. Você se tornou conhecido no American Idol em 2008?
Adam: Não, 2009. 8ª Temporada.Steve: Mas não ganhou…
Adam: Não. Fiquei em segundo lugar.Steve: O que é que aconteceu? Você tem um álbum que é platina, mas ficou em segundo? Como é que isso é possível?
Adam: Não sei. Ainda estou tentando entender. Mas acho que é uma plataforma excelente. E é uma daquelas coisas, tal como os concursos aqui, que depende do que você vai fazer a seguir e em como lidará com tudo.Steve: Eu suponho que você tenha se distanciado disto gradualmente, passando a fazer aquilo que quiser e ser você mesmo.
Adam: Acho que temos de provar quem somos, até certo nível. Especialmente, dentro da indústria, pois não sei até que ponto é que ela leva a sério os concursos de talentos. Por isso, há muito trabalho a fazer. Acho que a prova é o produto que eles estão a expor.Steve: Qual foi a primeira coisa que você fez depois do concurso?
Adam: Lancei um álbum e saí em turnê. Foi uma turnê pequena, não foi enorme, em estádios e isso, mas andei por todo o país. Foi fantástico. E aqui também.Steve: Você sabia que era uma rampa de lançamento?
Adam: Sim. Senti que consegui alcançar algo, havia fãs por todo o lado, o que me surpreendeu. Não sabia como iria ser. O Twitter tinha acabado de ser lançado. A ligação através das redes sociais. Houve novas formas de nos ligarmos.Steve: Foi uma presente, não foi?
Adam: Foi. Para uma pessoa no meu lugar, sem dúvida.Steve: O que você fez antes… Qual era o teu objetivo, quem é que queria ser, o que é que queria fazer? Quer dizer, é óbvio que você tem uma voz fantástica. Já agora, uma voz para todos os gêneros. Ouvindo o álbum, há um pouco de R&B, rock, pop e algo que podia estar num teatro. Você é a voz do misturador de vozes. Estou certo? Estou errado?
Adam: Eu só penso na minha voz, como aquela que aparece na minha cabeça. Não penso nela de mais forma nenhuma. O que acho é que as músicas, a nível sônico, têm diferentes modulações na voz, mas a composição das músicas me parece muito clássica, de certa forma.Steve: Sim, e “Ghost Town”, que eu adoro. Pois tem aquele toque de cantautor [ver nota].
Adam: Sim, começa dessa forma e depois vai para uma rave depois de horas no leste de Londres.Steve: Torna-se um pouco dançante. O que é que você queria ser?
Adam: Eu comecei por fazer teatro musical. Os meus pais puseram-me num grupo e trabalhei nessa direção durante toda a minha vida de adolescente. Fui para o segundo grau e decidi seguir o meu sonho em Los Angeles, de todos os lugares, onde eles não têm uma cidade com teatros para musicais. Tive algumas atuações boas e depois fui contratado para fazer parte do musical “Wicked”, uma companhia que fazia turnês, da Broadway. Esse foi, talvez, o trabalho com mais prestígio que tive nesse campo. Cinco meses depois, percebi que não estava gostando tanto como pensava que ia gostar. Foi aí que comecei a sentir que queria ser mais criativo e criar a minha própria arte, escrever coisas, ser eu próprio em palco. Queria ser eu a criar.Steve: E você conseguiu. O teu cabelo tem algum produto agora, ou não?
Adam: Não, nada de nada. Ele fica assim, só por si.Steve: Está fantástico.
Adam: Entro para dentro de uma caixa cheia de películas de cinema e, de repente, sou uma.Steve: Tim acha que poderia adotar aquele estilo? Seja honesto, Adam.
Adam: Pode se manter com um destes e pode ser que eles se ponham em pé, como velcro.Steve: O que o Adam queria dizer é que não. E as tuas influências? Quem é que tem te influenciado?
Adam: Sou obcecado por música. Ouço muita música. Tive a minha pequena fase no início dos meus 20 anos. Descobri o rock clássico, que nunca tinha ouvido antes, comecei a ouvir música funk, neo soul… Tive os meus pequenos capítulos. Muita música dance do Reino Unido, dos anos 90, retrô… Adoro.Steve: Sei que você é também um fã do Pharrell.
Adam: Sem dúvida. Ele é fantástico. Na verdade, ele compôs duas músicas comigo, no meu último álbum.Steve: Como é que foi esse processo? Você se sentou com ele e compuseram. Você fez muitas coisas assustadoras. No American Idol, com o Queen, a tomar o lugar do Freddie Mercury, e depois trabalha com o Pharrell a escrever no teu álbum. É incrível.
Adam: Houve épocas, quando me deparei com estas oportunidades, em que me senti um pouco intimidado. Tive de me ambientar. Se não ficasse confortável, ia me arrepender.Steve: Vamos tocar “Ghost Town” e “Lucy”, com o Brian May.
Adam: Ele gravou o solo de guitarra em três takes. Foi inacreditável.Steve: Ele é fantástico. É um deus do rock.
Adam: Sem dúvida.Steve: Vamos tocar essa também, e outras boas opções do álbum. “Ghost Town” já está disponível e o álbum “The Original High”, de que vão ouvir a faixa-título dentro de momentos, sai na segunda-feira. Foi um prazer te conhecer.
Adam: Obrigado. Obrigado por me receberem.Steve: Adam Lambert sem qualquer produto.
NOTA: Cantautor é um neologismo proveniente da união das palavras cantor e autor. O termo é utilizado no português europeu para designar os artistas musicais que escrevem, compõem e cantam seu próprio material, incluindo letra e melodia. (Wikipédia)
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Kady Freilitz
Fontes: BBC Radio 2 e @INDOGLAM
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