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10jun2015
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Yahoo! Music: Um guia faixa-a-faixa de “The Original High” de Adam Lambert
Um guia faixa-a-faixa de “The Original High” de Adam Lambert Em 2012, Adam Lambert lançou um excelente álbum que, apesar de ser retrô descaradamente, foi ironicamente à frente de seu tempo: “Trespassing” é uma brincadeira disco-funky com contribuições de Pharrell Williams e Nile Rodgers do Chic. Um ano depois, Daft Punk recrutou Williams e Rodgers para uma brincadeira disco-funky chamado “Get Lucky”, e eles estavam por toda parte nas paradas. Vai entender. Às vezes, o timing é tudo.
Mas agora, três anos depois, parece ser O tempo de Lambert.
Claro, Lambert poderia ter capitalizado sobre o sucesso do Daft Punk e dar um tapa em conjunto com o seu próprio álbum de memórias de acesso aleatório. Mas não. Em vez disso, ele já evoluiu e mudou-se, com uma nova gravadora (Warner Bros.) e um novo som hiper moderno, elegante, sofisticado e nova oferta de dance-pop, “The Original High” é fiel ao seu título, é o seu trabalho mais original.
Não é como se Lambert realmente precisasse de um “comeback”, é claro, considerando que ele passou seus anos estrelando em Glee, de frente com o Queen em uma turnê internacional, colaborando com a estrela mundial DJ Avicii, e assim por diante. Mas “The Original High” é de fato um retorno triunfal. Adam Lambert está de volta. Pode não ser Adam Lambert com delineador, glitter, glam-rock que algumas pessoas esperam, mas isso está OK. Na verdade, é mais do que OK.
Desde os tempos de American Idol, Lambert sempre manteve sua audiência com incertezas. E com certeza, “The Original High” está cheio de problemas, dependendo de um determinado tipo de Glambert. Aqueles que ainda partem para o hard rock que ele fez quando ele estava no Idol (vá lá, que foi há seis anos, vamos seguir em frente), bem como Glamberts recém-doutrinados que foram descobertos via Queen, provavelmente vão se surpreender que – apesar de uma colaboração em estúdio com Brian May – este é o álbum menos rock de Lambert.
Fãs mais ardorosos do showman teatral podem reconhecidamente perder algumas de suas acrobacias vocais; o álbum apresenta alguns dos vocais mais sutis de Lambert. E qualquer um que goste dos anos 70 e 80 e das influências de “Trespassing” e do antecessor “For Your Entertainment” terá um choque do futuro, porque apesar de incursões dos anos 90 no álbum, “The Original High” é muito agora, muito wow, e muito 2015.
Tudo o que eu digo é: Os fãs podem se surpreender… mas eles provavelmente não vão se decepcionar. Para citar um verso de uma das faixas do álbum, “There I Said It”, Lambert é um “homem adulto” com 33 anos de idade e cresceu graciosamente para seu som característico.
Aqui está uma análise faixa-a-faixa do “The Original High”, que sai em 16 de Junho:
“Ghost Town” – Se você possui um rádio, provavelmente já ouviu essa. Se você não tiver, por favor, vá buscar um rádio. Ligue em uma rádio FM e prepare-se para ouvir essa canção no repeat de agora até setembro. Max Martin, produtor candidato à Canção do Verão 2015, é a pessoa perfeita para introduzir o som atual de Adam. “Ghost Town” é uma mistura inesperada de vocais, assovio, violões.
“The Original High” – Após uma introdução suave no estilo de Europoppers como Phoenix e Zoot Woman, essa ode à Hollywood explode para gloriosa vida (noturna) e só cresce a partir daí, chegando ao clímax com um crescente de falsetes estratosféricos. Há uma nostalgia dolorida aqui, enquanto Lambert canta sobre suas noitadas documentadas no antigo Myspace (“Just make me feel the rush like first time” [Apenas me faça sentir a adrenalina como da primeira vez]), mas o resultado ainda é euforia pura. Esse hino para as noitadas com certeza estará em muitas playlists de sábado à noite.
“Another Lonely Night” – A música é enganosamente feliz-e-alegre com todas as batidas de sintetizador. Mas veja a letra que parece visitar a cidade fantasma na mente de Lambert. “All I got is your ghost” [E tudo que tenho é o seu fantasma], ele lamenta. Uma mistura perfeita de feliz/triste e doce/azedo. Essa é a faixa que puxa pra baixo após ouvir a faixa #2 do “The Original High”. Não utilize o aleatório com este álbum!
“Underground” – Esta balada sexy R&B não seria estranha no novo álbum de Nick Jonas. Exceto, é claro… Nenhum desrespeito ao Jonas, mas ninguém canta como Adam Lambert. Portanto, este material está algum nível acima.
“There I Said It” – O “homem adulto agressivo” se esconde nesta balada simples e melancólica. Fãs de “Whataya Want From Me” e “Better Than I Know Myself” irão apreciar esta faixa. E sim, mais uma canção sobre separação. Há um monte de dor neste álbum, mas dói de forma boa.
“Rumours” – Esta colaboração com a artista pop do momento Tove Lo possui alma e uma certa qualidade majestosa do Britpop [ver nota], com um filtro hip hop. Imagine “Doves” remixada por Kendrick Lamar. Sim, é algo assim.
“Evil In The Nigh” – Com suas menções sobre “bombs over Broadway” bBombas sobre a Broadway], esta faixa provavelmente tem mais em comum com o trabalho anterior de Lambert, principalmente por ter o subestimado Rivers Cuomo na composição e uma guitarra que é possível sentir Nile Rodgers também. Como Lambert canta “My life flashed before my eyes” [Minha vida passou diante dos meus olhos], é quase como se os ouvintes tivessem um curso intensivo de toda sua discografia.
“Lucy” – A música marca a primeira vez que Lambert gravou com seu amigo e colega do Queen, Brian May. Por isso “Lucy” é sem surpresa a faixa mais rock do álbum, a maioria com guitarra pesada. É uma canção grandiosa, f***** e um pouco Fall Out Boy.
“Things I Didn’t Say” – Oh, outra canção sobre separação. Supondo que essas canções são autobiográficas, Lambert definitivamente pegou os limões que a vida lhe deu e fez uma limonada doce. Essa canção pop otimista faz o som pesar como muito divertido.
“The Light” – Livre-se dos glowsticks. Esta é uma faixa épica para raves, um arranque para Burning Man, com muitas referências místicas aos elementos. “I am the light” [Eu sou a luz], Lambert canta sobre os ringtones com uma batida house, basicamente soando como uma espécie de Deus. Eu diria que não posso esperar para ouvir os remixes, mas já soa como um remix de um remix.
“Heavy Fire” – A festa fica mais lenta com esse som vagamente industrial e hipnótico. De fato, um material pesado. E é uma das faixas do “The Original High” que apresenta vocais loucos de Lambert de uma maneira corajosa, que algumas outras canções do álbum não fazem.
“After Hours” (bonus track) – Lambert tem uma longa história de liberar faixas-bônus que deveriam ser faixas regulares no álbum. Esta é sensual, downtempo, minimalista e lembra Weeknd e Sam Sparro. Certifique-se de comprar a versão deluxe do “The Original High”.
“Shame” (bonus track) – Lambert aparece totalmente pop nesta faixa. Katy Perry ou Lily Allen poderiam gravar isso e não faria sentido. É totalmente o som do verão! “Shame” pode ser mais suave e bonita do que algumas outras faixas do álbum, mas versos como “I don’t mind a little pain when I’ve really earned it” [Eu não me importo sentir um pouco de dor quando eu realmente ganhei] revelam um núcleo mais escuro por trás da canção brilhante.
“These Boys” (bonus track) – É a canção mais extrovertida do álbum, o que provavelmente explica porque é apenas uma faixa-bônus. Esta tem uma sensação atrevida de Scissor Sisters; ela definitivamente remonta a vibe “Trespassing”. Algumas coisas sobre a mudança de Adam Lambert e algumas coisas sobre felizmente ficar na mesma.
NOTA: Britpop é o nome dado ao movimento que tornou o rock mais radiofônico. The Rolling Stones, Pink Floyd e Beatles são algumas bandas que inspiraram o movimento.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Camargo
Fonte: Yahoo! Music
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