Tradução da Entrevista na Revista NEXT – Junho/2015

Conforme postamos aqui anteriormente, Adam Lambert é capa da edição de Junho da Revista NEXT de Nova York. Agora, confira a tradução completa desta entrevista:

Reimaginando Adam

Adam Lambert diminui o tom da teatralidade glam rock em seu terceiro álbum, “The Original High”, mas ainda mostra o vocal poderoso que amamos.

Adam Lambert é uma força conhecida – e não só pelos seus vocais. Simplesmente por ser ele mesmo desde que fez a audição para Simon Cowell e sua turma em 2009, Lambert ajudou a pavimentar o caminho de artistas LGBT pelo mundo todo. E sua transição de finalista do American Idol para artista solo atualmente – que também é vocalista para o Queen no tempo livre – é igualmente impressionante. Na verdade, ele chegou às nossas TVs pela primeira vez há 6 anos, e não há quem negue que esse homem é uma estrela.

Três anos após seu último lançamento, Lambert falou conosco de Los Angeles sobre seu novo álbum, “The Original High”, além de amor de verão e os frutos de colaborações.

Eu gostei muito de “The Original High”. O álbum marca uma mudança de direção para você.
Eu acho que é um som diferente, com certeza. Reflete bastante o que estou ouvindo atualmente – como minha vida soa. Eu queria que a produção fosse relacionada ao que eu gosto. Em relação à letra e à melodia, eu queria fazer algo super honesto. Eu queria tirar a teatralidade pelo qual sou conhecido e ser um pouco mais real – menos personagem. Saindo de um show como o Idol, eu acabo sendo visto como o “cara rock and roll”, então eu fazia bastante rock. E então o segundo álbum que fiz refletiu um pouco a vibe pop funk que eu estava no momento. Eu trabalhei com pessoas como Pharrell Williams e Nile Rodgers nele, o que foi fantástico. Eu passei algum tempo na Europa trabalhando nesse álbum e um tempo no Reino Unido esse ano, e eu ouvi bastante house. Indo à clubes, você ouve música house, e eu queria que ficasse como minha vida social. É também um pouco nostálgico. Há bastante influência dos anos 90. Você ouve na música dance. Você ouve nos momentos mais alternativos. A música que tem Brian é meio hip hop/rock. Me leva de volta quando me apaixonei pela música contemporânea.

Mudar de gravadoras afetou seu som?
Deu uma nova cara definitivamente, sim. Ajudou a meio que recomeçar com algo novo. Eu também tenho uma nova equipe de gerenciamento. As pessoas à sua volta são aquelas que fazem todas essas ideias ganharem vida.

Você deve ter amado trabalhar com o produtor Max Martin novamente.
Sim, ele é incrível, e Shellback também. Os dois têm uma sensibilidade para saber o que as pessoas irão gostar.

Eles trabalharam com alguns dos maiores nomes na indústria. Eles já falaram como trabalhar com você é diferente – ou como sua perspectiva queer funciona com o produto final?
Acho que isso foi uma das coisas que foi mais diferente para mim dessa vez. Eles não se preocuparam sobre como eu apareci ou quem meus fãs são. Eles não pensaram sobre nada disso. Ele só disseram “Esse é você e isso é o que você é capaz de fazer com sua voz. Vamos fazer um álbum legal”. Eles meio que ignoraram as estatísticas. Acho que é por isso que o álbum é do jeito que é: é porque não está tentando ser nada do que não é.

Qual você queria que fosse o tema de “The Original High”? Eu não chamaria de um álbum de “término de namoro”, mas há algumas faixas desse tipo nele.
É difícil resumir tudo, mas acho quer explora a exploração. Não importa quem somos, nós procuramos certas coisas em nossas vidas. Nós todos atingimos paredes em que de repente nos sentimos insatisfeitos, ou queremos algo que nem sabemos o que é. É sobre essa procura – essa caça – pelo desejo e como lidamos com isso. Eu acho que, no fundo, todos só queremos companhia e amor. O álbum também fala sobre onde estamos na escala do tempo. 2015: O que está acontecendo? Como estamos nos conectando? Como estamos satisfazendo esse desejo?

De onde vem o título “The Original High?”
Essa é uma das músicas do álbum, e foi a primeira que criei para esse projeto e que eu senti que realmente estava falando sobre algo. Eu amei a forma como ficou, e acho que foi a semente que deu início à tudo isso.

Eu li que a música fala sobre aquele brilho inicial – a fase da lua-de-mel – que vem em uma relação.
Essa é uma interpretação. A razão pelo qual eu amo tanto essa música é porque pode significar diferentes coisas para diferentes pessoas. O álbum está cheio de músicas como essa, em que dependendo do seu passado você pode ouvir “The Original High” é sobre uma coisa enquanto outra pessoa acha que é sobre outra. Não fomos literais com nada.

Tove Lo tem temas parecidos em seus trabalhos, e você trabalhou com ela em “Rumours”. Como foi isso?
Ela é muito legal. Ela é uma garota comum. Ela escreveu essa música antes de “Habits” se tornar um grande hit, então assisti-la se tornando uma estrela é bem divertido. Essa é uma das coisas que eu respeito muito sobre ela: a maneira como ela escreve as letras. Ela diz e não pede desculpas. Ela não tenta ser sutil. Ela está sendo honesta e direta. Eu gostei disso nela.

Falando de colaborações, como está o futuro para você e o Queen?
Nós temos mais seis shows que faremos na América do Sul, o que é legal porque nunca estive lá! Eu estou animado.

Você tem planos de levar “The Original High” para a estrada?
Eu amaria fazer isso. Se as pessoas gostarem do álbum tanto quanto eu espero que gostem, isso me dará o combustível para fazer uma turnê.

Você falou com paixão sobre a faixa que dá nome ao álbum. Você tem uma música favorita dele?
Essa é definitivamente uma delas – “The Original High” é fantástica. A última faixa se chama “Heavy Fire”, e é uma música bem estranha e experimental. Eu sempre sigo que é uma mistura de Led Zeppelin com Massive Attack.

Eu tenho que perguntar sobre o cancelamento do American Idol. Você ficou surpreso?
Não [risos]. Mas eles tiveram uma incrível jornada. Eu sou muito grato ao programa que obviamente me colocou no mapa. Eu voltei ao programa todos os anos desde que participei. É quase como voltar para casa.

Quais são seus planos para o verão? Procurando um amor?
Estou namorando meu álbum. Eu não acho que estarei em nenhum lugar tempo o suficiente para me apaixonar, mas nunca se sabe! Coisas estranhas acontecem.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Carolina Martins C.
Fonte: Adam Lambert Media

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