Adam Lambert é Capa da Revista FRONTIERS – Junho/2015

Adam Lambert também é capa da Revista FRONTIERS (Los Angeles) de Junho. Confira a capa acima e a tradução do artigo/entrevista a seguir:

Adam Lambert: O príncipe gay do rock na arte da reinvenção

por Patrick Rosenquist

De participante do American Idol à vocalista do Queen, ele se reinventa mais uma vez em seu terceiro álbum, seu mais contemplativo e pessoal até agora

“Esse álbum remete aos anos 90”, explica Adam Lambert. “É a trilha sonora da minha vida.”

Ele é o único homem gay a estrear em primeiro lugar na Billboard, e ele é o primeiro cantor abertamente gay a ter uma carreira com uma grande gravadora, mas apesar da natureza progressista de sua carreira, Lambert olha para o passado – antes mesmo do American Idol – para inspiração para seu terceiro álbum, “The Original High”. Uma mistura de house, letras altas e muita produção, o álbum explora a parte gay de Los Angeles, de West Hollywood à Silver Lake.

“Eu quero fazer uma limpeza”, ele diz se referindo aos seus outros trabalhos. Com lançamento previsto para 16 de Junho, o álbum é mais obscuro e introspectivo que seus dois primeiros, “For Your Entertainment” (2009) e “Trespassing” (2012). Mas Lambert ainda quer que você dance. Com batidas e letras mais contemplativas, o objetivo é não só agitar um clube em West Hollywood, mas o resto do país também. Com o país ficando mais confortável com seus ídolos gays, o sucesso de Lambert no pop ganhou uma fanbase grande.

O primeiro single do novo álbum – “Ghsot Town”, que saiu dia 21 de Abril – com sua batida e produção é uma abertura perfeita para o resto do projeto. A música, com seu clipe em preto e branco, dá um novo tom ao artista, que assinou um novo contrato com a Warner Bros Music.

Lambert trabalhou na indústria do entretenimento por cerca de uma década e meia, anos antes de sua estreia no American Idol. Enquanto ele acredita que o programa deu início à sua carreira, seus 15 anos em Los Angeles também o moldaram criativamente e pessoalmente. “The Original High” é um tentativa de capturar isso – a felicidade de Lambert antes de se tornar a maior estrela pop gay na América.

Originalmente de Indianápolis, Adam Lambert se mudou para San Diego quando era novo. “A música sempre fez parte da minha vida”, ele disse, e depois se mudou para Los Angeles quando ainda era adolescente. Apesar da falta de recursos, ele fez uma carreira parecida com vários moradores de Los Angeles – trabalhando em qualquer trabalho que conseguisse entre as audições. Morando em Los Feliz, ele se tornou familiar à cena gay de LA, e fez a audição para o American Idol aos 27 anos. O sucesso de Lambert – terminando em segundo lugar para o já esquecido Kris Allen na oitava temporada – deu um grande início à sua carreira.

“Eu estou muito feliz em relação ao American Idol”, diz Lambert, “mas agora eu posso ir mais longe. Eu posso ser meu próprio artista e levar minha carreira aonde quiser.” Para completar a transição, Lambert se juntou ao produtor Max Martin, o hit-maker sueco por trás de “1989” de Taylor Swift e “Since U Been Gone”, de Kelly Clarkson. Eles trabalharam juntos desde “For Your Entertainment”, mas Martin ganhou um papel maior após a transição de Lambert da RCA para a Warner. Sua antiga gravadora queria que ele fizesse um compilado de covers dos anos 80, enquanto ele queria fazer novas músicas. Isso fez ele sair.

“No dia em que deixei minha antiga gravadora eu recebi uma ligação da Warner”, explica Lambert, “e eles disseram ‘Nós ouvimos dizer que você fará um álbum com Max Martin.'” Isso significou que o projeto iria para frente. Quase seis anos após o Idol, Lambert quis reformar sua imagem e seu som. Apesar dos desafios que uma mudança no meio da carreira pode apresentar, ele está mais do que pronto para se tornar uma estrela completa.

Uma das experiências formativas de Lambert foi se mudar para Estocolmo por dois meses, sob tutela de Martin e seu grupo de potenciais estrelas chamado “Wolf Cousins”. Tove Lo, que faz parte desse grupo, tem uma participação em uma das faixas de “The Original High”.

“Ajudou eu não conhecer ninguém lá”, ele disse sobre a Suécia, acrescentando, “Também era muito frio.” A solidão fez Lambert focar apenas na música, e a ausência de gravadora foi libertadora.

“Eu não tinha ninguém me dizendo o que fazer”, ele diz, livre para fazer o álbum da forma que quisesse. O resultado foi um dos trabalhos mais pessoais de Lanbert até agora, e que reflete suas experiências como um homem gay em Los Angeles. “Esse é o som de eu explorando a cidade, dos lugares obscuros que fui quando eu sofria como cantor.” O único outro cantor convidado no álbum é Brian May, um membro do Queen, o grupo no qual Lambert é vocalista em turnês.

“O Queen me deu uma grande experiência”, ele diz, tendo crescido como alguém que idolatrava Freddie Mercury e o som orquestral da banda. “Eu gosto de rock – música alta”, ele diz. A colaboração – que ainda não resultou em um álbum de estúdio, mas poderia – começou quando Lambert era um participante do Idol. May foi mentor dele e eles cantaram “Bohemian Rhapsody” no programa, uma faixa que ele diz ser uma de suas favoritas. [May não foi mentor de Adam durante a sua participação no Idol, e somente na final do programa eles cantaram juntos com Kris Allen “We Are The Champions”].

“Como fã eu conheço muitas de suas músicas”, ele diz. “Mas eu tive que aprender muito mais depois que me juntei à eles!” Sua primeira fez como vocalista do Queen foi esmagadora. “Eu não tinha certeza do que estava fazendo, mas de repente haviam milhares de pessoais gritando enquanto eu cantava. Mudou minha vida.”

Ser vocalista do Queen aumentou o lugar de Lambert na cena pop-rock – ele é o homem gay mais conhecido trabalhando na música, e ele não só atingiu o sucesso como também se recusa sair da extravagância e esteriótipos. Seu trabalho como músico foi desde seu look andrógeno em “For Your Entertainment” à sua presença mais macho atualmente.

Ser gay na indústria musical tem sido menos desafiador do que Lambert achava que seria. Enquanto sua exposição na TV certamente o ajudou, mudar sua atitude também mostra que ele não quer se fechar dentro de uma caixa.

“Eu tenho uma grande carreira”, Lambert diz. “Eu quero focar em ser um bom cantor. Eu quero que esse álbum seja pessoal, e eu quero que meus fãs se relacionem com o que estou dizendo, mesmo se essa não sor sua experiência.”

E abaixo confira as fotos usadas no artigo (clique nas imagens para visualizá-las em tamanho maior):

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Carolina Martins C.
Fontes: Adam Lambert TV, FRONTIERS e Socialite Life

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