Nikki da Rádio na B96 de Chicago entrevista Adam Lambert – 22/05

A DJ Nikki da Rádio B96 de Chicago (EUA) também entrevistou Adam Lambert na última semana (22). Confira como foi a entrevista:

Nikki: Como vão vocês? Eu sei que vocês estão ansiosos para a presença de Adam Lambert aqui porque vocês têm endoidado no twitter, facebook e na linha de pedidos, tem sido algo sem fim. Então, sem maiores delongas, deem as boas vindas no estúdio B96 a Adam Lambert!

Adam: Oi! Acabei de comer Trail Mix, provavelmente deve ter um pouco no meu dente ainda.

Nikki: Ele está sendo saudável, pessoal.

Adam: Sim.

Nikki: Tem que manter esse corpo definido.

Adam: Oops, eu ia falando com minha água [ele está com uma garrafda de água em uma mão e o microfone na outra e se confundiu]. Tinha tanto chocolate naquele Trail Mix que eu não sei se era tão saudável assim. Mas era tão bom!

Nikki: Você malha?

Adam: Hum, não…

Nikki: Você é do tipo que pensa “não, eu sou naturalmente magro, não preciso disso”?

Adam: Não… Eu malho, eu malho.

Nikki: Verdade?

Adam: Sim, mas quando você está viajando é difícil! Quando você tem que acordar às 7 horas da manhã… Er, não. Eu não malhei hoje de manhã. Eu apenas ingeri muita cafeína.

Nikki: Você faz o que? Aeróbico? Levanta peso?

Adam: Agachamento.

Nikki: Agachamento? Não é que ele cuida do bumbum!

Adam: Brincadeira. Eu faço aeróbica, faço um monte de caminhada quando estou em casa, em Los Angeles. Eu também tenho um personal e às vezes eu faço pilates.

Nikki: Oh, uau! Então você deve ter um abdômen bem definido.

Adam: Na verdade, não… [risos]

Nikki: Não? Mas pilates faz com que…

Adam: Faz com que eu não tenha um “anti abdômen”.

Nikki: “Anti abdômen”, ok. Aquela banha na barriga, né?

Adam: Isso mesmo.

Nikki: Justo. Você tem que ficar bem com todas essas suas jaquetas de couro que você usa.

Adam: Sabe como é né…

Nikki: Aliás, essa jaqueta que ele tá usando é a jaqueta da capa do novo álbum dele.

Adam: É sim, essa é minha jaqueta do ano!

Nikki: Ela é muito irada. Quantas jaquetas você acha que tem no seu closet?

Adam: Hum… Eu não sei.

Nikki: Muitas? Mais do que deveria? Uma de cada cor?

Adam: Tantas quanto eu consigo encontrar!

Nikki: Tantas quanto você consegue encontrar?

Adam: Sim.

Nikki: É essa a frase que guia sua vida?

Adam: Admito, ultimamente estou viciado em jaquetas de couro.

Nikki: É, elas são bem legais! Mas mudando de assunto… Como você pode ver, você tem vários fãs aqui na plateia…

Adam: É! Como vão, pessoal?

[Gritos e aplausos da plateia]

Nikki: E todos os dias, quando eu acordava, minhas notificações no twitter estavam em torno de 400, todos dos seus fãs perguntando como é que seria, como conseguir ingressos para a entrevista, etc. Você tem vários fãs aqui. Eu mesma tenho sido sua fã desde o segundo em que você pisou no American idol. Primeiro eu vi o seu look, depois sua articulação, sabe, porque você fala tão bem, e seu cabelo estava muito legal e eu suspirei e pensei “uau, quem é esse?” e então você veio e cantou e, é claro, sua voz saiu tão fácil e foi tão longe!

Adam: Obrigado, obrigado, obrigado!

Nikki: E então você cantou Queen… E isso acabou sendo um ciclo completo pra você. Sua turnê com o Queen foi espetacular.

Adam: Tem sido uma loucura. Houveram vários ciclos completos na minha vida no que diz respeito ao Queen. Está sendo incrível.

Nikki: De que maneira você costuma surtar? Quero dizer, quando você recebeu a notícia de que “ok, é oficial, eu vou fazer uma turnê com o Queen”, como você reagiu? Foi algo tipo “ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus” ou você gritou ou você desmaiou ou… De que maneira você reagiu?

Adam: Bem, eu não estava exatamente surpreso, porque fazia um tempo que vinha rolando algo, mas depois do Idol nós mantivemos contato, porque nós nos apresentamos na final do Idol juntos… E naquele momento sim eu surtei!, então nós nos reunimos e eu fiz a apresentação na premiação da MTV europeia com eles, e isso foi louco e abalou meus nervos. Um ano depois nós fizemos alguns shows no leste europeu e em Londres, que foram loucos também, então meio que foi algo que foi acontecendo, um passo de cada vez. Aí nós participamos do iHeart festival, em Las Vegas, como atração principal e foi a primeira vez que nós tínhamos nos apresentados juntos em um ano e meio. Nós fizemos um medley e funcionou tão bem! Foi nesse momento para todos nós em que a ficha finalmente caiu. Quero dizer, todas as coisas que nós tínhamos feito antes foram ótimas, mas dessa vez foi diferente. A gente olhou um pro outro depois disso e estávamos todos tipo “Isso foi especial. Foi perfeito”. Foi nesse momento que começamos a conversar sobre fazermos uma turnê de verdade. Uma turnê mundial.

Nikki: Então, quando você atingiu seu “Original High” [verdadeiro ponto alto] com o Queen?

Adam: Foi quando eu cantei “Bohemian Rhapsody”, eu acho. Ou talvez tenha sido na primeira vez que eu ouvi “Bohemian Rhapsody”, com meu irmão e meu pai, assistindo o filme Wayne’s World (“Quanto mais idiota melhor” no Brasil).

Nikki: Então seu “Original High” com o Queen foi quando você ouviu eles, não quando você cantou com eles?

Adam: Ah, você sabe… O “Original High” original, o primeiro ponto alto foi ouvindo Queen na voz do Freddie no filme Wayne’s World.

Nikki: Então você saiu e comprou todos os álbuns?

Adam: Eu lembro que… Porque eles tinham aquela cena em que eles estavam dirigindo o carro e era muito divertido e eu disse pro meu pai “que música é essa?” e ele respondeu “Isso é Queen!” e eu fiquei “err… Eu não sei o que é isso”. Eu era uma criança, eu tinha o que, dez anos? E ele falou algo tipo “ok, campeão. Quando a gente voltar pra casa eu vou te apresentar a eles”. Meu pai tinha tantos álbuns, porque ele era um DJ na universidade. Ele tinha uma coleção gigante, então ele chegou e colocou “Bohemian Rhapsody” do começo ao fim de novo e depois tocou algumas outras músicas e eu estava “Eu gosto disso! Papai, eu gosto muito disso! Isso é muito legal!”

Nikki: Descobrir coisa nova que na verdade é velha é a melhor coisa.

Adam: Sim, especialmente quando você é uma criança e idolatra seus pais. Qualquer coisa que papai e mamãe gostam é muito legal.

Nikki: Meu pai era obcecado por Elvis. Eu consigo ver você fazendo o Elvis.

Adam: Ah, eu já cantei Elvis antes.

Nikki: Sério?

Adam: Minha primeira fita de vídeo cassete foi uma fita de karaokê do Elvis. Mas a parte triste disso é que não era realmente o Elvis cantando. Sabe aquelas fitas de karaokê que eles contratam uns caras pra cantar no estúdio? Então era algum cara meio que fazendo uma má interpretação do Elvis e eu não percebi na época, eu tinha sei lá, 8 anos. Eu tinha ganhado de natal uma daquelas máquinas de karaokê onde você pode ligar e desligar o vocal e conectar o microfone e que tem um eco super brega.

Nikki: Mas aquele eco faz todo mundo cantar bem. Era necessário.

Adam: Sim. Eu ainda preciso daquele eco, ele me ajuda bastante. Faz eu cantar muito bem.

Nikki: Não, não, não, Adam. Nós sabemos que você não precisa disso!

Adam: Mas eu gosto daquele eco. Eu amo ele.

Nikki: E se algum produtor chegasse para você e pedisse para você ser o Elvis em algum filme, você toparia?

Adam: Claro!

Nikki: Eu vejo aquelas caras e bocas do Elvis em você… [Adam imita o Elvis e a plateia ri]… Exatamente isso! Eu adoraria ver isso.

Adam: Sim, isso seria bem legal.

Nikki: De todas as coisas que você fez até agora, Idol, Queen, carreira solo, Glee… O que faz você olhar pra trás e pensar “Ah, eu queria poder fazer isso de novo”?

Adam: Fazer de novo porque foi tão divertido ou fazer de novo porque eu poderia ter feito melhor?

Nikki: Porque foi tão divertido.

Adam: Ahmm… Tudo tem sido maravilhoso. De verdade. Eu não sei. É uma boa pergunta. Eu realmente não sei.

Nikki: Se eles dissessem pra você “você precisa trabalhar amanhã, escolha o seu trabalho”. O que seria?

Adam: Eu não sei. Eu sempre gostei muito de criar músicas e fazer apresentações na TV.

Nikki: Porque é bem mais simplificado e focado né?

Adam: Simplificado? Hum…

Nikki: Não, quero dizer que é só uma música, você se foca nela…

Adam: Ah sim, sim, sim. E eu gosto que você pode parar e falar “essa apresentação vai se parecer com isso, essa vai ser a vibe, é isso que vamos vestir”. Eu gosto do processo [de criação].

Nikki: Legal. E de volta ao que você falou: e se você pudesse voltar e fazer algo diferente ou melhor?

Adam: Eu não sei, eu acho que as primeiras colaborações com o Queen, no começo, deixaram um pouco a desejar, eu estava inseguro. Talvez eu tenha esse sentimento e vocês não, mas…

Nikki: Nós não temos esse sentimento.

Adam: … as primeiras vezes foram meio fracas. E nessa turnê que nós fizemos, nós acertamos.

Nikki: Entendo. Mas então, você estará saindo em turnê de novo?

Adam: Eu estarei fazendo seis cinco novos shows com o Queen em Setembro na América do Sul, o que deve ser muito legal já que eu nunca estive lá antes. E eu adoraria muito fazer uma turnê para esse álbum.

Nikki: O “The Original High”. Todo mundo aqui está sabendo sobre “The Original High”?

[Gritos]

Adam: Eu adoraria fazer isso. Mas só o tempo dirá. Isso provavelmente não aconteceria até o próximo ano de qualquer forma mesmo então…

Nikki: Nós esperamos que você venha para Chicago.

Adam: Se chegar o momento de fazer a turnê, eu adoro Chicago, então sim.

Nikki: Está todo mundo familiarizado com “Ghost Town”?

[Gritos]

Adam: Yay! Yay! Está tocando nas rádios!

Nikki: Você teve aquele negócio com a Madonna e a “Ghosttown” dela…

Adam: É! Nossas músicas têm o mesmo título. Imaginem só.

Nikki: Então vocês conversaram sobre isso?

Adam: Eu não a tenho na minha discagem rápida.

Nikki: Não? Você não tem a Madonna na discagem rápida?

Adam: Mas eu adoro a Madonna! Eu sou um grande fã dela, eu a acho maravilhosa.

Nikki: Você já a encontrou?

Adam: Sim, algumas vezes. Brevemente, mas algumas vezes. Mas eu não pude mandar uma mensagem para ela dessa vez. Eu não tenho o número dela. Um dia eu abri o meu notebook e vi a lista de músicas do álbum dela que ia ser lançado e eu fiquei “O QUÊ?!”, porque a minha “Ghost Town”, e a dela provavelmente, já estava finalizada e mixada e já estava escolhida como primeiro single desde novembro. Ai eu vejo isso no final de dezembro e eu penso “Quais são as chances?”. Eu tive um segundo que eu pensei em pirei, mas ai fiquei meio que “bom, acontece né”.

Nikki: A sua “Ghost Town” é uma música dance profunda e um pouco obscura.

Adam: Sim, algo meio house.

Nikki: É. E eu amo, eu amo isso. Música dance, música house. Isso sou eu.

Adam: Ela meio que tem um sentimento retrô dos anos 90. Mas nós cruzamos isso com uma coisa oriental e eu não sei como… Sabe, quando nós gravamos essa música pela primeira vez ano passado, ela foi gravada como uma música completamente diferente.

Nikki: Não era dance?

Adam: Era um tipo diferente de dance. Era bem diferente, mais positiva, sabe. E teve uma hora que todo mundo sentou e conversou e concordou que todos gostamos da letra, do vocal, da melodia… E eu falei que ela apenas não parecia certa. Que aquela música era sem graça, não chamava a atenção. Então nós começamos a conversar sobre o álbum, sobre aonde a gente poderia levar ele e eu falei “eu gosto dessa coisa de house dos anos 90. Aquela coisa que está voltando no Reino Unido e na Europa agora e eu ouvi um pouco aqui e ali…” como aquela música da Kiesza, “Hideaway”, sabe?

Nikki: Eu amo essa música!

Adam: Eu estava tão obcecado por essa música! Ela me lembrava de quando eu era criança, ouvindo música dance pela primeira vez.

Nikki: Bom, Chicago é o lar da música house.

Adam: É, eu sei. Frankie Knuckles?

Nikki: É, Frankie Knuckles! Na verdade teremos uma grande celebração em homenagem a ele no centro da cidade esse final de semana.

Adam: Ah, vou perder isso!

Nikki: Verdade, você está indo embora nessa tarde!

Adam: É. Mas sabe, quando eu era criança, acho que antes de eu entrar nessa coisa de rock and roll, eu me lembro de quando toda aquela coisa de música dance estava surgindo. Acho que 94 ou 95. Era a primeira vez que eu estava ouvindo música contemporânea e eu lembro de tudo aquilo, então isso meio que me leva de volta. Faz eu me sentir como se fosse uma criança de novo.

Nikki: Você costumava ouvir o Top 40 das rádios? Rádios de rock?

Adam: Sim! Não de rock. Se bem que nos anos 90, muitas das músicas do Top 40 eram músicas de rock, era alternativo. Quero dizer, era isso que era popular na época. Dance era mais excluído. Agora meio que se inverteu porque agora é 2015.

Nikki: Isso que você disse, que ele era mais excluído, fazia ele ser mais legal, né?

Adam: Sim!

Nikki: E agora parece que isso é tão popular! Quero dizer, até os artistas de hip-hop tão entrando na onda, fazendo participações com EDM [Electronic Dance Music]… Se você pudesse, você iria fazer isso?

Adam: Bem, eu fiz isso né. Eu estava no álbum do Avicii. Mas meu nome não está na música, então muitas pessoas não sabem disso! [risos]

Adam: A música se chama “Lay Me Down” e é uma música que eu criei com o Nile Rodgers e o Avicii. Então… Você já a ouviu? Eu duvido.

Nikki: Mas você colocaria algo no seu álbum sobre isso?

Adam: Sobre o que?

Nikki: Sobre EDM. Você colocaria EDM no seu álbum?

Adam: Essa música definitivamente tem uma vibe EDM. E tem outra música chamada “The Light” no álbum, que é muito balada dos anos 90. Muito fabulosa. Essas duas são as que são mais para tocar nas festas a noite, mas tem três novas músicas que foram lançadas, talvez vocês já tenham ouvido por aí, que elas são definitivamente dance, mas não são EDM. É um outro tipo… Quer dizer, eu acho que “Another Lonely Night” meio que tem uma batida, mas é mais anos 80.

Nikki: Ok. Está certo. Sobre “Ghost Town”, eu sinto que tem uma vibe sombria em “Ghost Town”. Da primeira vez eu ouvi, eu amei.

Adam: Obrigado!

Nikki: E você vai nos mostrar o vídeo!?

Adam: Sim! Nós vamos assistir ao vídeo juntos! Vocês da plateia com certeza já viram, mas eu quero saber o que vocês querem saber sobre ele.

Nikki: Nós queremos saber dos bastidores!

Adam: Tudo bem. Vocês podem me fazer perguntas sobre ele. Eu vou responder.

Nikki: Ok, vamos assistir ao vídeo. Adam Lambert, “Ghost Town”.

Adam: Uh, desligaram as luzes, gostei. Estamos na frente de vocês?

Alguém da plateia: Sim!

Nikki: Muito bom! Muito bom! Sexy.

Adam: Eu acho que eu te vi no vídeo. Você não estava lá? Eu acho que todo mundo estava no vídeo!

Nikki: Sexy, quente, sombrio e dançante.

Adam: Fashion! [risos]

Nikki: Fashion! Você é um ícone da moda ambulante. Você realmente é! E não venha com desculpas! Você é fabuloso, querido. Você é fabuloso.

Adam: Oh, obrigado.

Nikki: Como eu disse antes, eles querem um ídolo com um cabelo maravilhoso, ok? Eu vou começar do topo: você tem o cabelo, você tem todo o resto. Mas sério, isso foi incrível! Quantos dias demorou para fazer tudo aquilo?

Adam: Dois…

Nikki: Dois dias? Sério?

Adam: Aham. Foi tipo uma festa.

Nikki: Entendi. E os dançarinos coreografaram aquilo tudo ou foi tudo natural?

Adam: Não, sem coreografia. Foi tudo livre. Tudo foi feito de uma forma que os dançarinos faziam uma apresentação solo e depois nós juntamos tudo e criamos o vídeo.

Nikki: O mesmo com a sua dança e tudo mais?

Adam: Sim, eu apenas senti. Algumas margaritas e foi.

Nikki: Então foi só como se vocês estivessem numa boate.

Adam: Aham! E a edição foi basicamente passar rapidamente de cena em cena. Era algo super rápido. Porque eu e o Hype conversamos, sabe, Hype Williams, o diretor? Eu falei que queria que fosse como uma alucinação, não queríamos que fosse algo muito literal nem queríamos que fosse algo muito simples. Eu queria que fosse muita coisa pra olhar, que fosse de alguma forma meio desorientadora. Que passasse o sentimento de quando você está numa boate e está dançando… sabe?

Nikki: Tribal. Você queria algo tribal.

Adam: É. Isso mesmo!

Nikki: Agora fale-me sobre as pessoas que estão no vídeo. Como você encontrou os dançarinos? Ou esses dançarinos quem encontraram você?

Adam: Não, muitas dessas pessoas são meus amigos. Johnny [Rice] e Terrance [Spencer], pessoas que você deve conhecer das minhas turnês. Minha velha amiga Carmit [Bachar] costumava ser da Pussycat Dolls, e eu liguei pra ela porque ela conhece muitos dançarinos na cidade e eu sentei com ela e nós conversamos sobre como queríamos e quem queríamos e começamos a fazer ligações. Nós contratamos “modelos”, que são apenas pessoas bonitas com um visual bonito que deveriam vir e serem bonitas. A maioria deles eram meus amigos, algumas pessoas eram amigos de amigos. E então meu amigo Brett [Alan Nelson] é um estilista e eu chamei ele pra vir fazer o visual das pessoas. Minha amiga Brea fez os cabelos, meu amigo Sutan [Amrull] fez a maquiagem.

Nikki: Apenas um grupo de amigos!

Adam: Sim! Apenas meus amigos. Isso é uma coisa super legal, sabe. Eu tenho vivido em Los Angeles há 14 anos e eu conheço um monte de gente criativa. Então eu meio que gosto de ligar para as pessoas que eu conheço que poderiam trabalhar em coisas desse tipo. É mais divertido quando é feito dessa forma.

Nikki: E você provavelmente atrai muitas pessoas legais e com os pés no chão. Você parece ser bem pé no chão.

Adam: Sim, mas nós somos todos loucos, mas nós somos amigáveis.

Nikki: Mas você tem que ser louco! Você tem que ser para estar nesse ramo. Você sabe, todos têm uns parafusos soltos.

Adam: É, é. Mas eu acho, sabe… uma das coisas que eu tenho percebido mais e mais e que eu tenho realmente insistido nesse novo álbum é que, se não é divertido, se eu não estou achando legal, então eu estou perdendo alguma coisa. Algo está errado. Tem que ser divertido, porque eu não estou fazendo uma cirurgia cerebral, eu estou fazendo música.

Nikki: Entendi. Bem, quando você está fazendo uma música. Como você faz? Você senta no piano em casa? Você apenas murmura alguma coisa, você…?

Adam: Eu não toco piano. Eu queria saber, mas não sei.

Nikki: Você toca alguma coisa?

Adam: Nada. Eu não toco nada. Só a minha voz.

Nikki: Então você, não sei… Pega seu celular e canta pra ele e grava?

Adam: Não, não. Normalmente é um esforço conjunto. Você entra em um estúdio com uma equipe e começa a jogar algumas ideias e recebe ideias. Realmente varia a forma com que tudo acontece. Às vezes a melodia já está meio que mapeada, os acordes e a batida, e você tem que procurar escrever em cima disso, algumas vezes os produtores já têm ideias de melodias na cabeça e você escreve as letras para encaixar com a melodia que eles já têm feita. Às vezes, nesse caso, nesse álbum, a música já é uma música, e eu chego e faço alguns ajustes, meio que customizo um pouco.

Nikki: Ok. Então, o que vem por aí?

Adam: Ah, mais disso. Mais do álbum. Eu vou lançar mais músicas, vou divulgar “Ghost Town”, para que todos a ouçam e veja o vídeo. Espero que façamos mais apresentações na TV e espero que saiam muitos singles desse álbum. É isso que eu espero que aconteça.

Nikki: E esperamos que a turnê…

Adam: Sim, espero que a turnê!

Nikki: … porque nós queremos que você volte pra Chicago para fazer um show.

Adam: Eu adoraria voltar para Chicago. Quero dizer, meu objetivo com esse projeto é, você sabe, ganhar tanta exposição quanto possível, fazer este álbum ser popular e, se for muito popular, significa que eu posso criar um show maior e melhor. Eu queria criar algo louco no palco, sabe?

Nikki: Algo teatral.

Adam: É! Eu fiz coisas em teatros pequenos, numa vibe menor, mais intimista, para a Glam Nation Tour, e eu me diverti bastante com isso, trabalhei com pessoas incríveis e pude conhecer alguns dos meus fãs. Mas agora eu quero tornar isso um pouco maior. É hora de ir pra cima. Eu quero alguns sinos e apitos!

Nikki: Ótimo! Bem, nós esperamos ansiosamente por isso e nós esperamos que você volte logo. Obrigada Adam!

Adam: Ah, eu quem agradeço. E nós não vamos responder perguntas? Você não deixou nenhum dos meus fãs falarem!

Nikki: Ah não! Vamos para as perguntas!

Fã 1: Como foi estar no Glee?

Adam: Ah, foi legal porque eu assistia Glee, então foi meio surreal. Eu pensava “ai meu Deus, sou eu ali cantando na TV”. Foi interessante poder conhecer os atores fora dos personagens deles, sabe, quando as câmeras estavam desligadas. Alguns atores eram muito parecidos com os personagens que eles faziam, outros não.

Nikki: Eu imagino que o Kurt seja!

Adam: Ele é tão doce! Ele é um cara muito gente boa, nós nos demos muito bem. Ele é muito legal. Bem pés no chão, o Chris [Colfer]. Ou você pode chamá-lo de Kurt, se você quiser.

Nikki: Ok, qual é a próxima pergunta? Eu sei que nós tínhamos uma aqui na frente.

Fã 2: Primeiramente eu só gostaria de te dar as boas-vindas de volta a nossa ótima cidade, Chicago.

Adam: Oh, obrigado!

Fã 2: Minha pergunta é, todo mundo costuma se focar muito no seu single e porque você escolheu essa música para ser single, mas eu queria saber qual foi a última música a ser escolhida pro álbum e o quão fácil ou difícil foi fazer essa escolha, uma vez que você tinha essa lista de músicas deixadas de fora. Como você escolheu essa última música?

Adam: Eu acho que para escolher essa última música, primeiro nós selecionamos os potenciais singles, aquelas que a gente sabe que podem ser mais populares e iria funcionar no rádio e reservamos o lugar delas no álbum. Depois nós estávamos… Eu não sei. A última música que nós escolhemos eu acho que foi “Heavy Fire”, que é a última música na versão standard do álbum, e essa era uma música que havia sido gravada e mixada por algumas pessoas, mas ainda era meio que apenas uma demo e eu voltei e escutei ela de novo e percebi o quanto eu tinha adorado ela, então eu falei “Max, eu realmente amei essa música. Será que nós podemos voltar e finalizá-la?” e ele falou “Tudo bem, sem problemas”. Então ela é meio que minha bebezinha, minha música-não single favorita. Eu chamo ela de filha do amor entre Massive Attack e Led Zeppelin.

Nikki: Ok, nós temos outra pergunta. Eu sei que nós temos outra aqui desse lado…

Fã 3: Eu estava pensando, uma vez que você lançou duas novas músicas ontem à noite, que nos deixou bastante empolgados, eu estava me perguntando como você escolheu essas duas e se você poderia descrever um pouco das letras para nós, já que nós ainda estamos meio que nos acostumando com elas.

Adam: Como eu escolhi… O que você quis dizer com como eu escolhi?

Fã 3: Como você escolheu essas duas para liberar mais cedo.

Adam: Ah, eu apenas peguei duas boas músicas do álbum. A gente queria começar a divulgar músicas para as pessoas irem se animando e eu escolhi essas duas. Eu gosto muito das duas. “Another Lonely Night”… aliás, é divertido porque todas tem “Night” no título, mas elas são meio que opostas. “Evil On The Night” é super funky e divertida, é um pouco mais brincalhona que as outras músicas do álbum, quero dizer… não é tão séria. Eu acho que, para mim, a música é sobre dia e noite e como as pessoas podem mudar, entende o que eu quero dizer? Como você pode conhecer uma pessoa durante o dia e quando a noite chega e eles estão numa festa, eles se transformam numa fera selvagem. De uma boa forma. Acho isso divertido. “E Another Lonely Night” é um pouco mais séria no que diz respeito a letra. Eu acho que todos nós já estivemos sozinhos, quero dizer, todos nós já nos sentimos sozinhos. Eu acho que começa com algum arrependimento. Olhar pro passado e sentir falta da alguém e ficar imaginando porque aquela pessoa não está lá, ou porque ninguém está lá. Quero dizer… Eu moro sozinho! Eu comprei uma casa esse ano, o que é muito legal, e eu não estou reclamando! Eu tenho uma vida muito boa e tenho amigos muito bons, mas há certas noites em que eu estou tipo… “Ok, eu estou namorando a HBO agora”, sabe? Eu queria ter um cachorro, mas eu não posso porque eu viajo o tempo todo.

Nikki: Então você queria ter um namorado?

Adam: Eu disse um cachorro! Mas é… Um namorado pode ser. Eu estou namorando meu álbum atualmente. É, o “The Original High”. E eu tenho um romance muito, muito escuro, sombrio e pervertido rolando com ele. Mas é, todo mundo quer amar e ser amado, sabe? Eu acredito que todo mundo se sente dessa forma.

Nikki: Alguma vez você sentiu amor verdadeiro, verdadeiro mesmo?

Adam: Sim! Definitivamente. Duas vezes! Mas apenas duas vezes. E eu já estou nos meus trinta e pensando “isso só aconteceu duas vezes!”. Eu acho que a coisa verdadeira não é fácil de encontrar, especialmente para alguém tão louco quanto eu.

Nikki: E que viaja tanto quanto você!

Adam: Sim!

Nikki: Você tem que encontrar alguém que caia na estrada com você!

Adam: E que consiga me aturar! [risos]

Adam: Então essas são as duas músicas. Eu acho que “Another Lonely Night” passa um sentimento que pode ser tão verdadeiro para algumas pessoas. Mas de novo, a ideia é que seja meio que um remédio. Que a música te anime quando você estiver se sentindo dessa forma. Esse meio que foi o objetivo do álbum todo.

Nikki: É isso que a música deve fazer. Música é emoção!

Adam: Sim! E esse é o objetivo de “The Original High”. Pegar sentimentos verdadeiros, tristes, e fazer com que você se anime quando estiver se sentindo assim.

Nikki: E esse é seu emprego, pra falar a verdade. É com isso que você trabalha. Criar emoção através de batidas e músicas. Ok, próxima pergunta.

Fã 4: Nós estamos adorando todos os remixes “de Ghost Town”. Vocês pagam alguma coisa para os caras que estão fazendo essas versões ou não?

Adam: É uma mistura dos dois. Alguns a gente paga, outros eles fazem por vontade própria.

Fã 4: E vai haver algum EP desses remixes?

Adam: Provavelmente. Eu acho que eles usam esses remixes nas boates por um tempo antes de vender.

Nikki: Falando em boates, eu sei que você está tocando em Boystown aqui em Chicago, o que eu sei com certeza, todas as horas!

Adam: Oba, isso é bom. Obrigado.

Nikki: Outro fã…

Fã 5: Você já estava dirigindo alguma vez e percebeu que alguém no carro do lado estava ouvindo a sua música?

Adam: Ainda não! Quero dizer, não com esse álbum. Mas eu me lembro de quando “Whataya Want From Me” estava tocando na rádio, isso aconteceu algumas vezes e eu ficava tipo “AI MEU DEUS!”

Nikki: Você baixou o vidro e falou algo como “Ei! Esse sou eu!”?

Adam: É, ficar lá na janela fazendo mimica dizendo que sou eu!

Fã 6: Como você se sente em relação as letras das suas músicas?

Adam: Qual música? Essa é uma pergunta muito abrangente, jovenzinha! [risos]

Fã 6: Com “Ghost Town”.

Adam: O que a letra significa pra mim? Bem, com “Ghost Town”, para mim, é meio que… Essa música é interessante porque tem um monte de ideias diferentes nela. Quero dizer, pode definitivamente ser sobre ter seu coração partido e se sentir meio perdido, sem objetivo e vazio por dentro. Mas também há várias diferentes maneiras com as quais um coração pode ser quebrado. Pode ser através de um relacionamento amoroso, mas também, nesse som, eu acho que pode ser mais do que isso. Pode ser sobre olhar para sua vida, olhar para o passado, e pensar “eu tinha certas ideias sobre certas coisas e elas não são o que eu achei que eram. Minha fé e minhas crenças estão meio que sendo colocadas a teste nesse momento e eu não tenho mais certeza do que eu sinto ou acredito”. Muitas das músicas em “The Original High” têm muito a ver com a minha vida em Los Angeles pelos últimos 14 anos e meus amigos que eu fiz por aí. Meio que olhando como todos nós estamos passando pelas mesmas coisas. E essa música, para mim, descreve muito bem esse sentimento de desilusão. Eu tenho amigos que, como eu, mudaram para uma grande cidade com grandes sonhos de serem uma estrela de cinema, um designer, um cantor… Mas tem gente que nunca consegue alcançar aquilo que eles querem. E algum deles demoram muito tempo para perceber isso. Quando isso acontece, há muita tristeza envolvida. Então… É meio que é sobre tudo isso. E “The Original High”, quando vocês ouvirem, é outra música que meio que toca no mesmo ponto. É sobre olhar pro passado e se sentir meio nostálgico. Sobre pensar “bem, dez anos atrás isso fazia eu sentir aquilo, por que não faz mais?”

Nikki: Porque não é mais “The Original High”.

Adam: É! Era a primeira vez. Você não pode recriar a primeira vez. Você pode tentar, mas não consegue.

Nikki: Qual foi o seu mais recente “Original High”?

Adam: Ouvir minha música na rádio pela primeira vez. Quando eu ouvi “Ghost Town”, foi demais. Novidade. Novidade é uma fera estranha.

Nikki: Bom, nós nem podemos esperar por tudo o que você tem guardado para nós. E, você sabe… Show em Chicago! Show em Chicago!

Adam: Vocês sabem que se tiver uma turnê, Chicago está inclusa.

Nikki: Espero que sim. Muito obrigada pela presença Adam! E acho que todos os presentes querem tirar uma foto com você.

Adam: Então vamos fazer isso.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Mariana Lira Diniz
Fontes: Rádio B96 (1), @Glamberts_Spain, Adam Lambert TV e Rádio B96 (2)

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *