Revista Rock Hard: Review do Show de Queen + Adam Lambert em Paris – 26/01


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Queen + Adam Lambert

Queen sem Freddie Mercury obviamente não é o Queen. Brian May e Roger Taylor sabem disso e por isso, quando decidiram trazer a banda de volta a vida nos palcos, eles fizeram desta forma: primeiro “Queen + Paul Rodgers” e agora “Queen + Adam Lambert”. Uma coisa é certa: não importa o que digam sobre Adam Lambert, vice-campeão do American Idol em 2009, e sua exuberância, ele se encaixa indiscutivelmente melhor do que Paul Rodgers no espírito do Queen, vocal e teatralmente.

O Zenith está cheio essa noite para o primeiro show dessa turnê Queen 3.0. O palco é grande, com uma passarela que vai direto para a audiência. Eles começaram com “One Vision”, e ao que a cortina com o grande logo do Queen caiu, nós sentíamos que a banda estava feliz de estar ali. Brian May foi sortudo em encontrar um colaborador que é capaz de fazer o espírito de Freddie vivo novamente. Com sua aparência de George Michael, barba curta bem aparada e óculos RayBan espelhadps, Adam Lambert se revelou um verdadeiro showman sem frescuras. A harmonia com os membros originais da banda era absoluta, dentro e fora do palco, e é por isso que essa turnê estava acontecendo.

Roger Taylor parecia precisar esforçar-se atrás de sua bateria. Ele era ajudado por seu filho, Rufus Tiger Taylor, sua percussão ao lado da bateria do pai. Sem tempo ocioso, a banda escava seu grande repertório e toca hit atrás de hit, incluindo “In The Laps Of The Gods”, a única música não tão conhecida como as outras naquela noite.

Brian May está em ótima forma, e o jogo de luzes é incrível. Em “Killer Queen”, Adam Lambert se deitou em um sofá roxo e dourado e brincou bastante sobre sua sexualidade para dar a música todo o seu potencial teatral. É isso aí, o “homem novo” definitivamente conquistou o público, e isso foi confirmado por ovações do público quando ele falou de seu amor por Freddie Mercury.

A banda tentou mudar o setlist um pouco aquela noite, e nós tivemos a chance de ouvir “Who Wants To Live Forever” interpretada com muitos sentimentos (e não a dinâmica “Don’t Stop Me Now”, tocada em outras datas). Brian May falou em francês entre as músicas, fazendo um cover de “Plaisir d’Amour” e então cantou “Love Of My Live” com Freddie em um telão. Muito emocionante! E toda a audiência percebeu como o cantor era um tipo único.

Depois de algumas músicas sem Lambert (uma versão acústica de “’39” cantada no palco menor e “A Kind Of Magic” cantada pelo rouco Roger Taylor) e solos dispensáveis (de baixo e bateria), a parte mais devagar do show acaba e Adam retorna para “Under Pressure” em um dueto com Roger Taylor, que cantou as partes de David Bowie, seguida de uma bela versão de “Save Me”. Então Brian May faz um solo maravilhoso com músicas de seu próprio repertório, “Last Horizon”, apoiado por lasers que dão a impressão de um vôo pelas estrelas (que ele ama muito, já que é doutor em astronomia).

O fim do setlist começa com a selvagem e forte “I Want It All”, e eles mostram imagens de Metropolis durante “Radio GaGa”. “The Show Must Go On” quase me fez chorar, antes da legendária “Bohemian Rhapsody” cantada como um dueto virtual entre Adam e Freddie Mercury. Longos aplausos de pé.

O bis contou com “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, e terminou lindamente a maravilhosa a noite que durou mais de duas horas. O público foi conquistado e eu só posso dizer duas coisas: Queen sem Freddie Mercury não é Queen, mas Queen + Adam Lambert é o mais perto que se pode chegar do Queen; muito melhor que a colaboração com Paul Rodgers, verdadeira antítese artística, e Brian e Roger devem ter percebido isso agora. O Queen está morto, longa vida ao Queen.

Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: Adam Lambert Perú

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