Review Do Star Tribune Do Show Em Prior Lake, MN – 12/06

Adam Lambert mostra como se faz “Voodoo” no Mystic Lake Casino

No “American Idol”, em 2009, Adam Lambert mostrou que é realmente uma estrela. No sábado à noite, num show cujos ingressos haviam se esgotado, no Mystic Lake Casino, Lambert provou que é uma estrela de verdade – um mega talento do teatro musical interpretando o papel de estrela do rock glamuroso.

Sua voz era algo como um personagem digno de estrear no Fantasma da Ópera. Suas roupas eram como as aranhas maravilhosas de David Bowie vindas de Marte. Sua presença de palco era sexy, suave e do tipo extremamente confiante. Mas esta estrela irresistível era mais do tipo teatral do que algo vindo espontaneamente do rock n’ roll. Ainda assim, foi muito divertido, pois havia um excelente equilíbrio entre a diversão e a folia e um balanço esplêndido entre a manifestação vocal e sentimental pura.

Apesar de ser vice-campeão no “Idols”, Lambert é transversalmente considerado o filho de Robert Plant e Freddy Mercury (se eles tivessem se procriado), e depois criado por Gene Simmons e Cher, ambientado em Las Vegas e Hollywood, com visitas freqüentes à Broadway. Ele pode cantar rock ou baladas, pode se vestir de forma glamurosa ou mais básica e surpreende em ambas as modalidades e devido à sua forma de olhar. Ele poderia desempenhar qualquer papel e se adaptar a qualquer estilo musical, em apenas 2 ou 3 minutos, debaixo dos holofotes.

Para a sua turnê, a Glam NationTour, Lambert de 28 anos, escolheu todos papéis, todos os olhares e todos os contextos. Como diretor do seu próprio musical, ele concebeu um começo intuitivo. As luzes da casa de show escurecem e as do palco se acendem e Lambert aparece na tela ao fundo do palco com a capa de seu álbum de lançamento “For Your Entertainment”, faixa título do seu álbum, música que é tocada na abertura do show, mas sem Lambert. E isso é só o começo, pois a estrela ainda não entrou.

O show termina abruptamente depois de 63 minutos, o que significa que o astro esteve no palco por apenas 58 minutos (incluindo as duas trocas de roupa), é um show curto para um ingresso de $69.

Pelo menos, Lambert fez o seu público predominantemente feminino fazer valer o seu dinheiro compensando nos vocais, no figurino e dançarinos. Seu traje de entrada lembraria Prince, se a vestimenta púrpura tivesse sido mais ao estilo gótico do que glam. Lambert surge com um casaco de couro comprido, adornado com franjas e ombreiras feitas de pele, calças de couro pretas, um top preto decorado com latejoulas prata, muito rímel e glitter nas pálpebras e na testa. A despeito de toda sofisticação, ele optou por dançar descalço.

Lambert provou ser um dançarino gracioso e entusiasta, embora todos os seus movimentos fossem coreografados. Os quatro dançarinos apareceram periodicamente, o que serviu para reforçar o estilo folclórico de New Orleans, ao intepretar “Strut”. Lambert e sua banda formada por quatro pessoas se encaixaram perfeitamente na atmosfera visual e musical, apesar que isso não reforçou seu estilo “Queen” em “Sure Fine Winners”.

Lambert ofereceu 10 das 14 canções do seu álbum e duas músicas que ele tinha interpretado no “Idols” – o “Ring of Fire ” de Johnny Cash (a voz dele cresceu mais alto quando ele cantou “down down down” – que quer dizer para baixo) e a música do conjunto Tears for Fears, “Mad World” (que foi mais cantada do que interpretada). Quase todos os seus números soaram muito mais animados e imediatistas ao vivo do que quando se escuta no seu álbum. As luzes deram vida a versão stripped de “Whataya Want From Me”, a balada “Soaked” e a cativante “Fever”.

Digno de um musical, havia pouco espaço para a espontaneidade – salvo quando Lambert interpreta e dança ao som de “If I Had You” e termina a música com vários sorrisos e querendo dizer: – “tudo foi muito divertido, não foi?”

A abertura foi feita por Allison Iraheta, de 18 anos, amiga de Lambert do “Idols”, e Orianthi, 25 anos, guitarrista de Michael Jackson, em “This Is It”. A impressionante e confiante Iraheta melhorou nas suas baladas e ainda mostrou que sabia gritar. O melhor momento de Orianthi foi quando ela tocou seu solo de guitarra em um dos números de Iraheta. O material trazido por Orianthi era interessante, mas ela realmente brilhou na guitarra.

Setlist de Lambert:
Voodoo (faixa da versão internacional de seu álbum) / Down The Rabbit Hole (música que tocou na VH1 Unplugged e na versão deluxe de seu álbum) / Ring of Fire (Johnny Cash) / Fever / número de percussão / seguimento de dança / Sleepwalker / acústico de “Whataya Want From Me”/ Soaked / Aftermath (mudança de roupa) / “Sure Fine Winners“ com toda a banda / Strut / Music Again / Broken Open / If I Had You e o BIS Mad World (Tears for Fears).

Fonte: Star Tribune

Tradução: Mônica Smitte

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2 Comments

  1. Essa review é contraditória! No começo, dá pra perceber o quão animado e surpreso com o talento de Adam o repórter ficou. Depois, ele tentou dar uma review imparcial e profissional ao reclamar do preço do ingresso p pouco tempo de show e criticar a teatralidade do Adam como sendo ‘pouco rock’n roll’. No fundo parece que estava muito impressionado com o show mas teve que lembrar que era reporter. Quem não foi espontâneo foi ele! #falei!

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  2. DeDDR qualquer forma, o saldo foi positivo. Go Adam!(;

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