Ampya: Review de Queen + Adam Lambert em Berlim (Alemanha) – 04/02

Assim foi Queen + Adam Lambert em Berlim

Na noite passada (04), acordou o espírito desenfreado da banda de rock que volta à vida em Berlim: Queen, com seus 45 anos de idade, ainda toca em grandes estádios. Desde de 2012, vem fazendo shows com o participante do show de talentos, Adam Lambert. Como tudo aconteceu, você lê aqui.

Estava tudo quieto, um silêncio mortal. As quase 15.000 pessoas estavam sentadas impacientes em seus assentos. Começam as palmas e as pessoas na O2 não perdem tempo em acompanhar. Rugidos vêm do palco e a cortina com o símbolo do Queen se ilumina.

Eram 20 horas, e o show deveria começar. Queen, a maravilhosa banda de rock dos anos 70 e 80, quer experimentar um renascimento em Berlim. Um evento que também foi realizado recentemente com Paul Rodgers em 2008. Antes disso, a última chance de ver a grande banda de rock ao vivo em Berlim foi em 1986 com o fenômeno Freddie Mercury. São 20h20min. Uma onda de emoção de arrepiar os cabelos está se espalhando pelo lugar. A sombra de Brian May aparece nas cortinas e mesmo os homens mais maduros agora estão com um sorriso no rosto ao ver o guitarrista.

Adam Lambert em poses dignas de uma estrela do rock

Quando a cortina cai, os olhares são lançados primeiramente para “o novo homem” no microfone. Adam foi, antes de qualquer coisa, o vice-campeão do American Idol em 2009, e vem apresentando covers do Queen e acompanhando a banda desde 2012. Um sonho para ele, mas será o que o legado do cantor de 33 anos é real? Todo ceticismo desaparece e uma ponta de nostalgia ocupa seu lugar nos rostos de todos ali, até trazendo lágrimas aos olhos. Porque Adam faz tudo absolutamente certo. Interagindo com May em seus incontáveis solos, ele é ótimo com Adam do lado. Ele até se ajoelha na frente dessa lenda da guitarra se rendendo ao seu poder.

É hora de agitar, ele monta em seu pedestal do microfone com sua calça de couro apertada em “Stone Cold Crazy” ou fazendo poses dignas de uma estrela do rock em “Another One Bites The Dust” no grande palco. Ele se apresenta com o espírito de Freddie, mas sem se aproximar muito dele. Tem uma grande diferença entre esses dois nomes: Adam é assumido desde o início de sua carreira. Freddie só se assumiu pouco antes de sua morte. Com o seu segundo álbum “Trespassing”, Lambert foi o primeiro artista abertamente gay a conseguir ocupar o topo da lista da Billboard.

Ele possui, assim como Freddie, simpatia e autoconfiança. “Agora nós finalmente agitamos, certo?” Ele chama os berlinenses descaradamente: “Minhas ‘bitches’ aí, peguem suas bikes e montem”. Dificilmente alguém irá culpá-lo por mudar um pouco o estilo musical com notas mais altas e falsetes. Porque ele não tenta de nenhuma maneira imitar Freddie. Apenas em músicas operáticas como “Killer Queen” ele chega consideravelmente próximo de seu ídolo, especialmente quando ele se deita em um sofá vermelho, bebendo champagne de uma garrafa dourada. “Eu quero agradecer vocês. Porque eu estou muito feliz de poder fazer isso todas as noites. Mas isso só funciona por causa do único Freddie, então eu estou feliz”. Adam disse. “Eu amo muito Freddie”. Ele quer celebrá-lo todas as noites. O que ele disse pode ter soado um pouco grosseiro mas antes que ressentimentos surgissem, Adam desaparece novamente e as lendas retornam.

Brian continua com seu violão em um banquinho e surpreende a todos com seu conhecimento do alemão: “Boa noite, Berlim, tudo bem? É tão bom estar de volta aqui. Vamos cantar para Freddie?” Então, o doutor em astrofísica, com seu cabelo branco de Mozart apresenta “Love Of My Live”. No fundo, entre o gigante Q construído no palco, Freddie aparece na tela. Arrepiante. Foi algo tão nostálgico e bonito. May seca uma lágrima e se junta a seu melhor amigo, com quem dividiu 45 anos de história com a banda: Roger Taylor. O bom homem com as barbas brancas iguais a do Papai Noel brilha em “A Kind Of Magic”. Ele anda confortavelmente pelo palco, na bateria agora seu filho, Rufus Taylor, cheio de energia. Mesmo no duelo de baterias não há nenhuma falha. Profissionais, ambos.

Adam retorna ao palco novamente para “Under Pressure”. De alguma maneira ele se tornou o homem com grandes gestos e notas altas. Em “Who Wants To Live Forever” ele canta tão ternamente como um pássaro debaixo de um globo de luz – A rainha do drama que nunca será esquecida.

Adam é o vocalista perfeito, ele fez tudo com precisão. Adultos se tornam crianças novamente, esperando ansiosamente uma montanha de algodão doce para eles. Tocante, e de alguma forma muito próximo do paraíso. A voz de Lambert dança com a audiência, e novamente com a guitarra de May. “Radio Ga Ga” é uma música que envolve as pessoas e Adam abraçou isso nos primeiros versos. Brian fez uma pergunta a Berlim: “O que vocês acham do novo homem?”, e a multidão aplaudiu. Porque há apenas um jeito para o Queen: “The Must Go On”!

E o bis veio provando que britânicos são muito fortes. “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. Lambert apareceu em um terno de leopardo e uma coroa dourada na frente da multidão em Berlim. “Nós não queremos trabalhar com mais ninguém desde que começamos a trabalhar com o incrível Adam”, Roger Taylor disse em dezembro. Tudo bem então.

Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Gisele Duarte
Fontes Adam Lambert TV e Ampya

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