The Mail On Sunday: Thriller do Queen (Garantido para explodir sua mente!)

Confira a seguir a tradução da review do Show de Queen + Adam Lambert de Glasgow, realizado em 14/01, publicada no Jornal The Mail On Sunday de Londres:

Thriller do Queen (Garantido para explodir sua mente!)

Quando Freddie Mercury morreu, em Novembro de 1991, a ideia de que o Queen poderia continuar lotando arenas 25 anos depois parecia uma ideia louca.

Por cima, a habilidade de Brian May e Roger Taylor (o baixista John Deacon se aposentou nos anos 90) de continuar por mais duas décadas sem seu vocalista extravagante era um milagre que desafiava a gravidade, assim como o cabelo de May.

O Queen sobreviveu lotando arenas com vocalistas convidados – como Elton John e Robbie Williams – e outros mais fixos. É uma extensão sagaz, mas menos cínica do que parece – pelo menos em relação ao que foi vivenciado na segunda noite de uma turnê que retornará à Grã-Bretanha em Fevereiro.

O novo vocalista, o americano de 32 anos, Adam Lambert, claramente nasceu para fazer isso, enquanto Paul Rodgers, que cantou com o grupo entre 2004 e 2009, provou ser bom mas não uma combinação perfeita.

Dessa vez, o Queen teve mais sorte, ou só escolheu melhor. O passado de Lambert como finalista do American Idol em 2009 quase não mostrou seu alcance vocal. Negociar as voltas e viradas das notas dessas músicas está longe de ser fácil, desde o falseto puro de “Save Me” ao rock and roll de “Crazy Little Thing Called Love”, ele tem sucesso em seu controle. Ele até consegue cantar o melodrama “Who Wants To Live Forever” com grandiosidade.

Há algo a mais também. Abertamente gay, Lambert é um artista natural. Sem imitações – não há coletes ou pelos no peito a mostra – ele reanima o espírito de Mercury com seu próprio carisma.

Para “Killer Queen” ele se deita em um sofá como um príncipe decadente. Em uma “Don’t Stop Me Now” eletrizante, ele agita indo até a plateia para animá-la. Seu microfone é dourado, combinando com sua jaqueta. Durante as músicas finais, ele desceu a passarela até o segundo palco com uma roupa com estampa de leopardo e uma coroa de diamantes.

Sabendo que a extravagância é necessária, ele entrega isso, mas também consegue fazer a musculosidade de Mercury em “Another One Bites The Dust”, “Seven Seas Of Rhye” e “Tie Your Mother Down”.

Apenas na hora de homenagear os dois membros restantes do Queen o show sai da linha. Parecendo Richard Attenborough reincarnado como Womble, Taylor toma seu momento sob os holofotes para cantar “These Are The Days Of Our Lives” e “Under Pressure”, com vigor. O problema é que ele faz uma batalha de bateria com o filho, Rufus, que entedia.

Brian May, como o espírito guiador benevolente do Queen, no meio do show, ele e seu cabelo Luís XIV fizeram uma rendição acústica de “Love Of My Life”, em que Mercury apareceu na tela. Isso é o máximo aceitável para a auto-indulgência, mas o solo de guitarra de 10 minutos foi um teste de paciência.

O espetáculo tem um foco visual. O drama se desenrola em três telas com fumaça e lasers, e quando o Queen finalmente redescobriu seu propósito, eles chegaram ao topo. Talvez encorajados por 24.000 mãos batendo palmas em “Radio Ga Ga”, May colocou uma capa dourada para uma “Bohemian Rhapsody” épica, em que Freddie reapareceu na tela trocando versos com Lambert.

A esse ponto, tudo estava heroicamente absurdo. Um gaiteiro dá início a “We Will Rock You” antes de “We Are The Champions”.

Milagrosamente, o começo de 2015 vê o Queen como era em seu auge: um absurdo e absurdamente divertido.

Autoria do Post: Graça Vilar
Tradução: Carolina Martins C.
Fonte: Adam Lambert TV

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