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23jan2015
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Gigwise: Queen e Adam Lambert na O2 Arena, Londres – 17/01/2015
Queen e Adam Lambert na O2 Arena, Londres – 17/01/2015 “Um dos melhores shows que este escritor já experimentou na O2”
Na noite de sábado, 95 minutos depois que o programa “Stars In Their Eyes” mostrava exatamente como não imitar seu artista predileto, Adam Lambert sobe ao palco para substituir Freddie Mercury e atuar como vocalista para o Queen.
Lambert, resplandecente em couros que Rob Halford do Judas Priest costumava usar bombardeando ao redor de Birmingham, foi claramente feito para este momento. Ele pode estar usando os melhores sapatos cubanos para caminhar no palco da O2 desde que Bruno Mars veio aqui em 2013, mas Lambert tem o alcance vocal, uma presença de palco e um sentido teatral que é incomparável.
O mais importante é que Lambert deixa claro desde o principio que esta não é uma imitação do falecido Mercury. “Eu amo ele tanto quanto vocês o amam”, ele diz para o público. “Meu objetivo é celebrar a incrível música do Queen e trazê-lo de volta pelo motivo que vocês gostaram em primeiro lugar.”
Isso ele consegue fazer completamente, mas também porque a banda que ele está representando ainda é muito forte. Descendo em um palco na forma de um Q gigante, tanto Roger Taylor (inicialmente com óculos escuros) e seu filho Rufus sentam atrás dos kits de bateria, com Brian May se direcionando ao palco principal (o cabelo soprando com a brisa ocasionalmente). Como esperado, o baixista recluso John Deacon não está presente, mas uma foto dele nas telas gigantes trazem fortes aplausos.
O setlist é impecável, como se poderia esperar de uma banda que tem criado algumas das melhores canções de rock do século 20. O que é intrigante é a presença de Lambert que parece dar às faixas uma energia nova – “I Want It All” é simplesmente colossal, “One Vision” extraordinária e Lambert exortando “All you fat ass bitches” de alguma forma funcionou durante “Fat Bottom Girls”.
A única omissão evidente vem na forma de “Don’t Stop Me Now” que foi omitido. Mas, como diz o próprio Lambert, “Você sabe qual é o problema com essa banda? Muitos hits!”
Queen realmente sabe como fazer um show. Cada canção se sente como um finale – com grandes solos, quase com vocais operísticos e a pompa definida para 11. Há uma batalha de bateria inter geracional, chuva de confetes dourados, uma bola de espelho que desce em “Who Wants To Live Forever”, lasers iluminaram toda a arena O2 em certo ponto e (estranhamente) uma metragem do filme Metropolis aparece durante a performance de “Radio Ga Ga” (faz mais sentido, dado que foi a trilha sonora para a canção de Mercury “Love Kills”).
A certa altura, May coloca uma câmera em sua guitarra, tanto para que todos possam ver ele tocar, mas também para que ele possa apontá-la para o público e captar a reação da O2 enquanto tocava em “Stone Cold Crazy”. As telas atrás de May, durante “Last Horizon” irá, dependendo do seu ponto de vista, recordar a eterna busca do verdadeiro conhecimento dos cosmos do homem ou lembrá-lo do screensaver do Windows 97.
A banda parece estar verdadeiramente comovida e certamente se divertindo. Naturalmente o falecido Freddie nunca está muito longe. Quando May tocou um solo de “Love Of My Life”, ele fala sobre o quanto ele sente falta de Mercury. “Havia um homem que costumava sentar-se atrás de mim …“, diz ele, pensativo. “Realmente me sinto feliz em cantar suas músicas”. Nada foi tomado por garantido. Às vezes, metragens de Mercury acompanhava a ação, o que lhe permitiu contribuir 24 anos após de deixar o palco. Isso foi usado de forma mais eficaz em “Days Of Our Lives”, onde Taylor pega o microfone e realiza uma corajosa apresentação vocal, acompanhados por imagens vintage da banda fazendo caretas para a câmera. Este não é um tributo enjoativo, este é um vibrante show de rock de verdade.
O que é mais interessante é que Lambert às vezes parece até mais teatral do que Mercury sempre foi – mais ainda, quando ele parece que pediu emprestado parte de seu traje do Macho Man Randy Savage. Parece estranho dizer isso, mas felizmente isso mostra quanto temos evoluído quando um homem pode lamber um microfone, deitar-se em uma espreguiçadeira, levantar uma sobrancelha ao estilo Cara Delevigne e fazer uma pausa durante “Killer Queen” depois de cantar “Garanteed to blow your…” O público claramente adora ele.
Quando Lambert bebe de uma garrafa de champanhe dourada e cospe para o ar, ele se dirige a primeira fila com todos encharcados. “Será que eu te molhei senhora? Rock’n’roll é isso o que é que eu vou fazer É como um show do SeaWorld aqui.” A única crítica? O sotaque Inglês de Lambert é tão horrível como ele diz que é.
A noite como um todo é uma celebração espetacular, um dos melhores shows que este escritor já experienciou na O2. Lambert, um homem que decidiu entrar no American Idol durante uma epifania no Burning Man não só tem a teatralidade e as cordas vocais puras, mas também a confiança de estar à frente de uma banda como o Queen. Claro, às vezes, as roupas fazem sentir como “Tom Of Finland Sings The Hits Of Top Gear” – mas há muita paixão genuína , carinho e habilidade envolvida que é impossível de não gostar. Eles evitaram um pouco “Bohemian Rhapsody” – optando por deixar seções de vídeos – mas tudo é tão comovente que não podemos reclamar.
É pretendido como um grande elogio dizer que isto é como ver Mercury em seu auge.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Sandra Saez
Fontes: Adam Lambert TV e Gigwise
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