Boston Business Journal: “A fusão perfeita: Queen + Adam Lambert” – (Boston – 22/07)

A fusão perfeita: Queen + Adam Lambert

Pelo lado empresarial da equação, Queen + Adam Lambert funciona. Analise isso em papel ou melhor ainda em shows, e é o plano de negócios perfeito: misture o público de “rock clássico”, com os jovens do “American Idol” mais as suas mães, e você não pode perder.

Não houve perdedores no show lotado de ontem à noite, no TD Garden (afinal, não existe tempo para eles). Sim, Adam Lambert não é Freddie Mercury – mas quem é? – o baixista original de Queen, John Deacon, se aposentou, mas cinquenta por cento do Queen é melhor do que nada. E, assim como sugere o título, Lambert é uma ótima adição.

Com todo o respeito a bandas como The Eagles, Black Keys e Pitbull, todos eles estarão visitando o The Garden em um futuro próximo, mas nenhum deles pode fazer o que Queen faz. Eu não estou necessariamente falando sobre as músicas, embora o catálogo do Queen sejam hinos feitos especialmente para um grande show de rock. Não, eu estou falando de carisma. Mais do que tudo, Queen foi colocado neste planeta para entreter – assim como foi dito em sua canção de 1978, “Let Me Entertain You” [Deixe-me Entretê-lo]. Sim, para impressioná-los eles usam qualquer dispositivo: vídeos, luzes, lasers, pirotecnia, gelo seco simulado (branco e preto!), peças de palco móveis e muito mais, mais e mais.

Embora a tendência da banda para o bombástico e o espetacular tenha sido fonte de críticas no passado, hoje é um espetáculo para ser visto como um pássaro raro. Bandas que fazem shows como Queen, Aerosmith ou Motley Crue – estão indo pelo caminho dos dinossauros, enquanto isso a economia da indústria da música afunda.

É por isso que este show é tão importante: Ele mostra para a futura geração de roqueiros como deve ser feito antes que seja tarde demais.

Queen foi o meu primeiro show no antigo Garden durante a turnê de bandas “News of the World”, em 1977. Você não poderia ligar o rádio sem ouvir “We Will Rock You”/”We Are The Champions”. Todos nós nos perguntávamos quando eles iriam tocar “We Will Rock You”. Afinal, é uma grande abertura e tem cara de bis. Aparentemente, Queen concordou, porque eles tocaram duas vezes, uma vez de forma tradicional com os tambores icônicos, e a segunda com uma versão de guitarra.

Mercury comandou o palco, Brian May nos cativou com sua magia na guitarra, e a seção rítmica de Deacon e Roger Taylor mostrou o inegável. Eu continuei a ver a banda mais três vezes nas turnês “Jazz”, “The Game” e “Hot Space”, e, em seguida, tive que assistir de longe como eles abandonavam as suas ambições dos EUA pelas turnês de estádios gigantescos na Europa. Eles se reagruparam com o famoso vocalista da Bad Company, Paul Rodgers, em 2006 e tocaram no DCU Center, em Worcester, mas a noite passada foi a primeira vez em Boston desde 1982. Eu estava na faculdade a última vez que os vi no Causeway Street, e o meu filho caçula, que vai para para o segundo grau este outono, teve a sorte de ver a realeza do rock antes que fosse tarde demais.

Se você perdeu o show, a banda vai voltar a Mohegan Sun em Uncasville, Connecticut, na sexta-feira. Eu acho que eles sentem saudades desse lugar, já que fizeram um show totalmente esgotado lá em Julho.

Fontes:Adam Lambert Fan Club e Boston Business Journal

Tradução: Sandra Saez

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