The Baltimore Sun: “Adam Lambert uma parceria adequada com o Queen” – (Washington – 20/07)

Adam Lambert uma parceria adequada com o Queen no Merriweather Post Pavilion

História verdadeira: eu estava assistindo ao “American Idol” uma noite, durante a temporada da qual Adam Lambert estava competindo. Eu disse para minha esposa – Mrs. Brown vai confirmar isso – “Esse cara deveria cantar com o Queen.”

A banda estava procurando por um novo vocalista após encerrar sua parceria de cinco anos com o cantor daBad Company e The Firm, o advogado Paul Rodgers, e Lambert estava salvando mais uma temporada sombria do Idol com a sua gama de três oitavas, seu registro superior confiante e presença de palco extravagante.

O ponto é: Tudo isso foi ideia minha.

Então, eu tenho o prazer de informar que a junção do cantor de 32 anos com o baterista Roger Taylor e o guitarrista Dr. Brian May do Queen (o vocalista original Freddie Mercury morreu em 1991, e o baixista John Deacon perdeu o interesse) é um sucesso quase completo.

No Merriweather Post Pavilion na noite de domingo, Lambert foi respeitoso em sua abordagem com o material – da época de Mercury – caminhando confiante em uma passarela que se estendia por trás da plataforma da bateria e para fora, em várias linhas.

(Também através de amplas mudanças de figurino. Anotei as primeiras, mas me perdi em algum lugar entre a túnica preta com franjas douradas e a blusa listrada de zebra.)

E embora a voz de Lambert não seja nem tão abrangente nem tão forte como a de Mercury – ele não estaria no palco se o seu antecessor estivesse disponível – mas tem um estilo R&B contemporâneo que atualiza o som da banda.

Sobre esse som: May (um dos grandes inovadores da guitarra rock) e Taylor (um dos bateristas mais influentes), acentuados por um baixista, um tecladista e um segundo baterista, trouxeram de volta o som familiar e inconfundível. May conduziu o grupo com sua “Red Special” caseira, alternando entre melódicas e infinitas notas e acordes de fim de mundo.

Mesmo assim, o bombástico requer equilíbrio. O show funcionou quando Lambert estava desfilando, posando e piscando sobre o metal mais pesado. Se notou depois, que ele saiu, deixando o Queen Mach II a prosseguir com sua odisseia de jazz, uma sucessão de solos instrumentais muito longos.

O destaque inicial foi “Killer Queen”, que Lambert interpretou provocantemente estirado em um sofá de veludo roxo. Também “Another One Bites The Dust”, que foi feita para ser tocado alto. O arranjo de “Radio Gaga”, pela guitarra de May, em vez dos teclados da versão de estúdio, melhorou. Os fãs do Queen mais experientes entre o público se juntaram para o ritual de duplo aplauso do coro.

Ao introduzir “’39”, May – um astrofísico genuíno (ele é o autor de ambos “A Survey Of Radial Velocities in the Zodiacal Dust Cloud” [Uma pesquisa das Velocidades Radiais na Nuvem de Poeira Zodiacal] e “Fat-Bottomed Girls”) – fala de viajar através do tempo. Mas o show, com suas múltiplas gerações (Lambert é jovem o suficiente para ser o filho de May, o filho real de Taylor, Rufus Tiger, acompanhou-o na bateria), as luzes de laser, a bola de discoteca e os efeitos de vídeo do início da MTV, e sua música familiar, pareciam em grande parte fora de época.

Um ponto alto emotivo veio durante “Love Of My Life”, de May, quando ele cantou solo na guitarra. Antes de começar, May disse que Mercury costumava ficar ao seu lado enquanto ele cantava. Durante a performance, seu velho amigo voltou, aparecendo em uma tela de vídeo atrás do palco para cantar o verso final.

Daquele ponto em diante, Mercury esteve presente visivelmente. Ele apareceu, com May, Taylor e Deacon, brincando nos clipes, aos 40 anos de idade, que foram projetados na tela de vídeo durante o “These Are The Days Of Our Lives”, e voltou para “Bohemian Rhapsody”, o final inevitável, trocando versos com Lambert.

Não era bem uma “passagem da tocha”, mas um tributo comovente, e uma ótima conclusão para uma noite agradável e satisfatória.

Fontes: Adam Lambert Fan club e The Baltimore Sun

Tradução: Sandra Saez

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