Calgary Sun: Todos saúdam a realeza do rock – o legado de Queen mantido vivo e bem – (Calgary – 26/06)

Todos saúdam a realeza do rock – o legado de Queen mantido vivo e bem

É Queen… mas não é Queen.

Olha, caso te convença ou não ter outra pessoa além do incomparável Freddie Mercury como vocalista do Queen, a oportunidade de ouvir e ver nem que seja um pouquinho a uma das maiores bandas de rock da história da música, vale a pena.

Nem o vocalista da Bad Company, Paul Rodgers na década de 2000, ou certamente Adam Lambert agora poderia ascender ao mais elevado das alturas, e para crédito de cada um… nenhum nem tentaram. Esta turnê norte-americana não é tanto uma homenagem a Mercury, mas sim uma tentativa de manter a música e o legado de Queen viva em um ambiente ao vivo.

Ser bonito, chamativo, gay e possuir uma grande voz simplesmente não é suficiente para estar no mesmo nível de poder que Mercury, mas Lambert é certamente bom suficiente de que ele tem que ser levado a sério em sua função atual. Ele tem o carisma, atitude e cordas vocais semi-ópera, não só para ficar no palco e tocar com Brian May e Roger Taylor mas para ser o vocalista da banda.

Durante o que deve ser uma emocionante, mas ingrata tarefa, onde Lambert tem que ser duas vezes melhor para chegar a metade do crédito, nesta noite ele estava à altura do desafio – e ainda mais.

Em uma majestosa produção de palco com uma tela de vídeo oval gigante e uma quantidade certa de luzes e fumaça, o vice-campeão do American Idol, de 32 anos, desfilou, se exibiu e posou através das aberturas de “Now I’m Here” e “Stone Cold Crazy”, Brian May foi tão incrível como sempre.

Na verdade, havia um contingente grupo de fãs do American Idol bem ruidosos presentes, mas os velhos roqueiros que dominaram o antigo celeiro foram calorosos e acolhedores.

Lambert, por sua vez, continuou a fazer sua presença e sua própria versão na fantástica “Another One Bites The Dust” e uma deliciosa interpretação de “Fat Bottomed Girls”.

Seguindo com “In The Lap Of Gods” e “Seven Seas Of Rhye”, Lambert apareceu em cima de uma chaise lounge roxa com umas botas de plataforma que teriam feito Paul Stanley orgulhoso, enquanto fazia uma vocal de Killer Queen – se ele tinha deixado alguns fãs antigos para conquistar ele conseguiu com isso!

De todos os momentos mais brilhantes e surpreendentes da noite, o fatal desempenho impressionante de Lambert de “Somebody To Love” (seu vocal favorito do Mercury) e “I Want It All”, seguido de uma homenagem por Taylor com vocais e uma montagem de vídeo comovente do início do Queen que deu ao show seu auge inegável (ou assim acreditamos) a partir da metade do show.

Um pouco antes, May colocou seu chapéu de cowboy branco e soltou um “Yee haw!” Antes de recordar a última vez que Queen se apresentou em Calgary, em 1977, no The Jube. “Vocês Calgarians são tão bonitos… vamos ter que fazer um Calgarian Rhapsody mais tarde”, ele riu. “Eu acho que foi cerca de 37 anos e você está ficando cada vez melhor!”

Se o público parecia ainda um pouco hesitante no início, eles agora estavam totalmente engajados quando Lambert e Taylor se juntaram em “Under Pressure”, um pouco antes com um maravilhoso solo de Brian May até a artilharia mais pesada com “Tie Your Mother Down”, “Radio Gaga”, “Crazy Little Thing Called Love”, “The Show Must Go On” e novo inegável auge… “Bohemian Rhapsody”.

Um bis de “We Will Rock You” e “We Are The Champions” foi a cereja no topo de um setlist inesquecível e uma noite memorável. Todos saúdam a Queen, mesmo agora.

Mercury se foi há 23 anos e seu legado vai viver para sempre – parece justo dizer que a noite passada foi algo que teria feito ele sorrir.

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Queen e Adam Lambert no Saddledome

4 estrelas (de um total de 5)

Público presente: 13.000

Clique aqui para conferir a galeria de fotos do show.

Fontes: The Official Queen Online e Calgary Sun

Tradução: Sandra Saez

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