Billboard: “25 Grandes Momentos Gays na Música”

Pelo segundo ano consecutivo, em comemoração ao “Mês do Orgulho”, a Billboard publica uma compilação contendo “os 25 grandes momentos gays na música”, os quais, para eles, foram fundamentais no avanço da compreensão LGBT, aceitação e conquista de direitos. Desta vez, Adam Lambert ocupa a 3ª posição, sendo que ano passado ocupou a 2ª posição. Confira a lista completa:

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Enquanto Adam Lambert não fez de sua sexualidade o assunto principal durante a competição do “American Idol” – ele se assumiu mais tarde em uma reportagem de capa da “Rolling Stone” – os telespectadores do “American Idol” e os fãs em casa sabiam que havia algo de especial no competidor extravagante. Lambert era assumido em sua vida pessoal e profissional bem antes de subir ao palco do “Idol” e deixou sua marca como o concorrente que valia a pena assistir. No show, ele despediu-se do público com seu estilo glam rock, personalidade de palco sexy e com um alcance vocal múltiplo. Embora tenha terminado a temporada de “American Idol” de 2009 em segundo lugar, Adam permaneceu a “estrela revelação” da temporada e desde então tem trabalhado para se tornar um modelo para adolescentes LGBT. Seu álbum de estréia, “For Your Entertainment” lhe rendeu uma indicação ao Grammy para o hit nº 10 no Hot 100 “Whataya Want From Me”, e seu segundo álbum, “Trespassing”, estreou como nº 1 na Billboard 200 em 2012. — Keith Caulfield

No vídeo acima, Adam fala sobre ser um popstar gay:

Adam: Tem sido uma jornada interessante porque eu me sinto sortudo de ter sido lançado ao reconhecimento público em paz com a minha orientação, muito confortavelmente. Eu vivi como um homem gay assumido desde os 18 anos em Los Angeles, então tive muita liberdade e não encontrei muitos problemas, a indústria do entretenimento tem sido um ambiente muito acolhedor. O desafiador é que parece que a minha orientação tem sido o foco, no início eu dizia: “ah, eu não sei, não sei o que dizer!” Eu não sabia ser aquele modelo, mesmo com as pessoas dizendo que é o que eu sou. Não foi por isso que eu fui para o American Idol. Eu fui para lá porque eu queria um contrato com uma gravadora. Uma das coisas que agora eu acho muito gratificante e que me deixa confortável na minha posição é que agora eu estou aproveitando a oportunidade de poder passar uma mensagem através da música. De várias formas eu espero que meu álbum, “Trespassing”, seja uma declaração “post gay”. Sim, eu estou falando sobre querer ir para festas, sair com os meus amigos, ser poderoso, talvez ir para casa com alguém, talvez sobre se apaixonar, mas todos nós queremos isso. O mundo da TV e dos filmes está tomando a responsabilidade de ter personagens gays que sejam normais. O que eu acho incrível sobre os últimos anos é que nós não temos mais aqueles personagens gays clichês. Já passamos por cima do “palhaço”, das piadas. De um modo eu penso que os personagens gays são um exemplo de: “olhe, eles são como você. Eles se vestem como você, eles agem como você, eles apenas têm um parceiro do mesmo sexo.” E isso é um passo. A cada passo nos tornamos mais comuns. Temos que dar passos pequenos. Mas não existe apenas um tipo de gay. E essa é a parte mais difícil de ser um dos poucos aos olhos do público. Eu não sou necessariamente igual ao seu vizinho, eu me visto de uma forma meio louca, eu sou um pouco mais aberto com os meus instintos, e eu sinto que outros gays pensam: “você não está nos representando de uma maneira que vá nos ajudar a interagir e fazer com que a sociedade nos aceite.” Os artistas são encarregados de desafiarem as pessoas, de fazê-las pensar. Artistas sempre têm que fazer todos gostarem do que eles fazem. Faz parte. Em muitos casos eu me ouvi dizer: “eu quero ser aquele cara muito legal e pé no chão que é gay” para servir de exemplo de que isso não é ameaçador. Por outro lado, outra parte de mim dizia: “não, eu quero ser divo e ser quem eu sou, ser forte e fazer o que eu quiser, porque eu sou rebelde.” E eu sei que eu tenho essa batalha dentro de mim, eu sei que muitas pessoas têm. E essa é a parte que torna difícil para nossa comunidade caminhar; como seremos permitidos de fazer progressos? Nós devemos jogar seguramente, tipo: “eu espero que vocês gostem de nós” ou “vamos fazer que diabos quisermos”? Eu não sei. Não sei a resposta.

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Caso queira ver cada um dos momentos citados, clique aqui.

Fontes: @AdamLambert_INA e Billboard

Tradução: Elisa Ferrari

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