Adam diz que sua teatralidade fez dele um alvo depois do “Idol”

Quando foi confirmado nessa semana sobre o mentor do “American Idol”, Adam Lambert foi para o twitter tranquilizar os telespectadores. “Não se preocupe América”, foi o que o vice-campeão twittou. “Serei bem familiar. Relaxem e desfrutem. For Your Entertainment”.

Como é possível que um cantor que estava presente em vários episódios no ano passado, tem agora que se antecipar, declarando assim sua familiariade? Bem, na última temporada, sua sexualidade era ainda (possível) um mistério. Mas depois de se assumir publicamente na capa da Rolling Stone, o “cantor extravagante” logo se tornou uma vítima da cultura, após sua performance gloriosa e homoerótica no American Music Awards no outono.

“É como se eu tivesse um alvo no meu peito, mas ele vem com o território”, diz Lambert para a Spinner sobre seus críticos conservadores. “É como aquela mentalidade colegial: Se você procura e coloca energia naquilo, algo que é fascinante, deverá admitir se gostou ou não. Eu tenho a sua atenção, é por isso que você está jorrando coisas negativas para cima de mim, mas eu estou fazendo algo certo.”

Na verdade, o combate de Lambert com a controvérsia parece ter cimentado seu estrelato, colocando-o em um pedestal da cultura pop ao lado dos gostos de Lady Gaga e junto dele um single no Top 20 entitulado “Whataya Want From Me”, enquanto o vencedor da temporada passada, Kris Allen, já caiu no esquecimento cultural.


Embora a sexualidade é a razão que muitos conservadores estão no seu caso, Adam Lambert não tem intenção de ficar para baixo. “Estou aberto e visível”, diz ele. “Eu acho que a visibilidade é muito importante. Estar confortável em sua própria pele e orgulhoso de quem você é, é o primeiro passo. Eu tento não ficar muito envolvido em questões políticas, porque eu sou um artista, um cantor, não um político. Mas quando há determinadas questões sociais que me afetam, tenho sempre uma opinião formada.”

Em outras palavras, ele está tomando a abordagem de Ellen DeGeneres. Não é um movimento mau, considerando o quão longe a mais novo jurada do “American Idol”, uma vez que foi amplamente criticada por ser excessivamente política depois de se assumir no final dos anos 90, tem sua marca no coração da nação. E as temporadas passadas tiveram Ryan Seacrest e Simon Cowell com brincadeiras homofóbicas.

“Na minha época, não foi tão intenso como nas temporadas anteriores. Talvez porque eles sabiam que eu estaria lá em cima, dizendo ‘Sério, caras?’ Eu provavelmente teria concordado. Eu não entendi muito do que houve no ano passado. Talvez eles eram mais suaves, mais sensíveis, porque se não minha grande boca teria dito alguma coisa. Eu não posso esperar para ouvir o que Ellen tem a dizer”.

”Teatral” é um código que os jurados têm usado ao longo dos anos para referir-se a algo que soa um pouco, bem… gay. Mas apesar de Cowell ainda não suportar concorrentes ”teatrais” – ele recentemente usou o termo para atacar ”Eleanor Rigby” de Mike Lynche – é claramente menos preocupante para o público nessa era de Glee e Lady Gaga.

“Na minha primeira audição, eles disseram, ‘Oh, você faz teatro’ e eu disse: ‘Qual é o problema com isso?’ Estava certo como em meus olhos; teatro é uma boa coisa, teatro é o que está acontecendo agora”, diz Lambert. “Randy [Jackson] foi o que, realmente, me chamou para fora e disse: ‘Eu acho que é hora para isso.'”

“Fiquei muito agradecido por ele ver o que eu estava fazendo, acenando para o rock glamouroso dos anos 70 e 80, e costumava ser muito legal quando a música não era apenas um estilo de performance, mas também uma estética visual. Costumávamos amar isso. E por alguma razão não há rapazes fazendo mais isso. Eu não sei se estamos mais conservadores e com a mente mais fechada, assim os cantores masculinos têm medo de inovar.”

Certamente, as estrelas do pop feminino ficaram com inveja pelo fato de Lady Gaga escrever “Fever” no álbum de estréia de Adam, “For Your Entertainment”, que ajudou na sua carreira.

“Eu acho que Gaga tem uma influência no mundo pop por ser estranha e teatral e feliz. Ela definitivamente abriu a porta para as pessoas que têm algo de diferente. Uma razão, é porque ela é tão bem-sucedida no que faz, e não é normal – não tanto musicalmente, mas visualmente mais”.

Mas enquanto o álbum de ambos está bem favorecido (e um cd de Remix de “For Your Entertainment” foi lançado esta semana) Lambert diz que devemos esperar que sua carreira seja tão estilisticamente diversa como seus desempenhos semanais no “American Idol”.

“Estou ansioso para poder experimentar com diferentes estilos musicais”, diz ele. “Neste álbum fizemos pop glam. O que eu queria fazer era criar uma fusão contemporânea – ou você é fã de Nickelback ou você é fã de Britney Spears, mas porque não fazemos um pouco de tudo? Eu amo a música pop, amo dance, mas amo cantar rock – forte e alto -“, diz ele com um sorriso.

”Talvez o próximo álbum seja um profundo funk, talvez com um pouco de soul, talvez vá ser puro eletrônico ou talvez vá ser um rock tradicional bem pra cima. Quem sabe”?

Fonte: Spinner Canada

Tradução: Marcus Delfino

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3 Comments

  1. Nada importa, eu simplesmente amo essa apresentação do
    Adam… amo até o tombo dele.. esta vai ser épica, daqui a 50 anos ainda vão estar falando dela… e se eu estiver viva, vou continuar assistindo!!!!!

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  2. hahaha tão morrendo de inveja por fever kkkk
    por min o Adam pode cantar qualquer coisa,eu sou eclética mesmo,e com uma voz dessas seria um desperdício cantar só em um estilo.

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  3. Minha cabeça explodiu nessa apresentação, primeiro por medo, depois de alegria!
    lembro do exato momento em que a assisti, e isso já faz dela épica, afinal, de quantas apresentações nos lembramos com tantos detalhes?

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