Adam Lambert Fala sobre a Vida e o Amor com o “South Florida Gay News”

Em recente entrevista ao SFGN (South Florida Gay News), Adam Lambert conversou sobre vários assuntos, entre eles, como é ser um ídolo na comunidade homossexual, fanbase na China, próximo álbum e o fim do seu relacionamento. Confira a entrevista a seguir.

Adam Lambert fala sobre a vida e o amor com a SFGN

Lambert contou para a SFGN tudo sobre como é ser um ídolo na comunidade homossexual, construir uma fanbase na China, sobre seu próximo álbum e da recente separação de seu namorado, a celebridade finlandesa Sauli Koskinen.

O Glam rocker e vice-campeão da 8ª temporada do American Idol, Adam Lambert será a atração principal da “5ª Parada do Orgulho Gay e Festival Anual de Miami Beach” deste domingo, dia 14 de Abril no palco principal do Lummus Park, fora da via pública Ocean Drive, entre as Ruas 11 e 12. Sua apresentação está marcada para as 8 da noite.

Você pode nos dar uma dica do que esperar no Pride Fest neste final de semana?
Eu vou apresentar algumas músicas, a maioria do meu último álbum. Elas são muito dançantes e energéticas. Eu tenho dois dançarinos comigo que são também bons amigos, e vamos fazer uma festa e tanto. Eu espero. Esse é o plano.

Sabemos que você receberá o prêmio da GLAAD “Davidson/Valentini na cerimônia de San Francisco dia 11 de Maio.
Isso é muito legal, eu estou animado para ir para lá. Eu gosto do que a GLAAD faz. Agora é obviamente um momento importante para a comunidade gay e lésbica. GLAAD está “abrindo seu guarda chuva”, fazendo algumas mudanças e expandindo muito.

Falando sobre a GLAAD logo após o American Idol você disse à mídia que se sentia desconfortável com a ideia de ser um exemplo gay a ser seguido e/ou um ativista gay. Mas de alguma forma é o que você se tornou.
Eu sou totalmente confortável com isso agora [risos]. É estranho, eu estava apenas sendo honesto. É um pouco assustador se você é um exemplo ou um ícone, ou tenta ser um. No início eu estava intimidado com essa ideia. Eu não sabia que ia vir com todo o resto. Eu estava apenas tentando cantar.

Eu fico muito, muito emocionado de estar conectado com a comunidade o mais que posso.

O meu grande objetivo é sempre representar a diversidade da comunidade, porque acho que há tantos tipos diferentes de pessoas gays e lésbicas, e acho que é importante representar todos nós.

Uma das coisas que mais me motiva é que quando eu era mais jovem eu não tinha muitos gays em quem me espelhar, que tinham orgulho de ser gay assumidamente, e que eram quem realmente eram.

Eu recebi cartas e conheci pessoas mais novas da comunidade LGBT que disseram: “Eu aprecio muito o fato de que você não se desculpa e é só esse cara maluco”, apenas isso já me dá muito confiança.

Poder ajudar uma pessoa jovem a se sentir mais confortável em sua própria pele ou a serem a pessoa que querem ser é incrível.

Você pode dizer uma reviravolta surpreendente na sua carreira desde o Idol?
Fiquei muito emocionado por ter o sucesso que tive com os meus dois últimos álbuns. Acho que a parte internacional da minha carreira tem sido muito emocionante e inesperada. Eu não imaginei que estaria viajando para fora dos EUA tanto quanto eu tenho viajado.

Alguns lugares favoritos que você visitou?
Acabei de visitar a África do Sul pela primeira vez e foi muito legal. As pessoas lá são incríveis. Eu também gosto muito da Austrália. Eu gosto muito da Escandinávia. Eu tenho ido muito para a Ásia e tenho construído uma base de fãs grande lá. Há muitas pessoas na Ásia, é uma área densamente povoada.

Eu me apresentei no “The Voice da China” no início deste ano, e mais de 400 milhões de pessoas assistiram a transmissão da final pela TV. Eu pensei: “Sem pressão”. Tem sido muito emocionante conhecer fãs e ter estado várias vezes na Ásia.

Destaque da carreira?
Uma nomeação para o Grammy foi realmente muito incrível e inesperada. E poder me apresentar com o Queen no ano passado foi uma honra, e totalmente surreal. Cantar para o Queen em um show inteiro foi tipo, “O QUE?!”

Você disse antes que quando saiu de turnê com o Queen estava nervoso.
Eu estava muito intimidado mas muito animado ao mesmo tempo. O primeiro show que fizemos foi na Ucrânia, e lá haviam 250.000 pessoas na platéia. Essa foi a minha maior audiência ao vivo, então haviam muitas borboletas no meu estômago.

Mais planos para cantar ou sair em turnê com eles?
Eu não sei. Nós deixamos isso em aberto. Nós nos divertimos muito e realmente nos conectamos, e isso foi muito bom para todos nós. Tenho certeza que no futuro haverá algo. Mas eu não sei o que nem quando.

E um momento ruim?
Há muitos desafios. Não é uma fórmula infalível ser um cantor pop gay. Enquanto as coisas se tornam banais, a indústria da música se torna aos poucos mais preta e branca sobre a forma como categoriza todos. De muitas formas eu acho que a música pop tornou-se um tipo de concurso de popularidade, como no colegial. Portanto, não é sempre fácil ser diferente.

Há um monte de conformidades no mundo da música pop. Descobrir o que funciona e o que não funciona. Mas no final do dia, as pessoas reconhecem boa música e isso é realmente animador. Eu acho que a indústria da música está mudando agora, parece que está ficando mais orgânica novamente e voltando a valorizar a verdadeira música e canções emocionais. É emocionante.

Algumas pessoas pensam que, por estar em um reality show, tudo é apenas entregue a você, e que não há muito trabalho.
O reality show é a parte mais fácil [risos]. Aquilo foi muito fácil, comparado ao resto da carreira. Eu não acredito que as pessoas percebam o quanto custa para conseguir chegar lá. Eu estou feliz em continuar porque é isso o que eu amo. É o meu sustento, um trabalho de tempo integral. As viagens, promoções. Não há descanso. Você realmente tem que se comprometer com isso tudo e amar o que faz para aguentar a programação.

Viajar por todo lado, fazer shows, não dormir. Mas se você ama fazer isso, você ama. É definitivamente muito trabalhoso.

Estando em um reality show, suas tarefas e objetivos são um pouco mais imediatos. É de uma semana para a outra. Você canta uma canção por um minuto e meio. Votam se você fica ou sai. Na indústria não é assim tão definido. É muito mais cinza. Você leva alguns meses para fazer um álbum, um ano. E então você tem que escolher um single, e existem muitas coisas que acontecem por trás das câmeras que eu não sabia antes de fazer parte pra valer [da indústria da música]. É complicado.

O que acontece que todas as garotas héteros te amam?
Eu reparo que há mais fãs mulheres do que homens, no geral, o que é ótimo. Eu adoro isso. Mas eu adoraria uma mistura um pouco maior nos meus shows. Eu acho que Miami me dá um pouco mais disso. Mas eu realmente gosto de me apresentar para as pessoas que se conectam com a minha música e essa é a minha intenção. Eu não discrimino. Eu amo mulheres, mulheres heterossexuais, mulheres homossexuais, homens heterossexuais e homossexuais. Eu amo qualquer um no público que queira se divertir.

Qual é sua música favorita que você lançou?
“Whataya Want From Me” é uma música ótima. E também há músicas que são muito especiais porque estão falando sobre algo real na minha vida. “Aftermath”, “Outlaws Of Love”, “Underneath”. Essas músicas tratam de assuntos que eu tive que lidar, que eu acho que muitas pessoas lidam com isso. Essas músicas são as favoritas dos fãs porque estamos nos conectando em um nível emocional com essas músicas.

O que poucas pessoas sabem sobre você?
Muitas pessoas se surpreendem que sou alto. Quase metade das pessoas que me encontram dizem: “Oh, você é alto.” [risos] E essas mesmas pessoas dizem: “E você é legal!” Porque todos pensam que eu sou baixinho e um babaca? Eu sou alto e amigável, eu juro.

Como vai o seu relacionamento?
Na verdade eu não estou mais em um relacionamento. Você é a primeira pessoa para quem eu realmente disse isso.

Quando terminou?
Foi sobre como as coisas se desenrolaram nos dois últimos meses. Eu e Sauli continuamos bons amigos. E eu sei que é clichê dizer isso, mas é totalmente verdade. Eu servi a ele café e rosquinhas hoje de manhã. Ele é uma grande pessoa, e nós tivemos dois anos incríveis juntos. E, honestamente, as coisas têm apenas que seguir o seu curso.

Tenho estado muito ocupado e viajado muito e e ele também foi ficando muito ocupado, porque tem um programa que ele está filmando para a televisão finlandesa. Então nós decidimos nos separar.

Bem… Lá vai a minha próxima pergunta, que era “planos sobre se casar?”
[Risos] Eu acho que todos devem ser livre para se casar. Algum dia eu gostaria.

10 e 15 anos atrás essa não seria uma pergunta que entrevistadores fariam a casais ou pessoas gays.
É interessante porque é um conceito novo para nós também. Eu tenho 31 anos. Assim que percebi que era gay eu não achava que o casamento seria uma opção. Não fazia parte do que eu pensava ser a realidade gay. Então é muito emocionante e interessante que as coisas mudaram tanto nos últimos 10 anos. A minha geração, de pessoas que se formaram em torno do ano 2000, estavam naquele limbo com a próxima geração chegando com tudo diferente e da geração anterior tendo suas tradições. Interessante como geracionalmente a comunidade gay está mudando.

Não foi algo que cresceu comigo. Era tão estanho. É louco como as crianças estão chegando, hoje em dia. Em geral, elas não têm que ser tão confidenciais quanto a ser gay. É algo muito mais aberto. É muito mais aceito. Está na mídia. Na geração antes de nós, na minha e sua, eles tinham que esconder coisas e ser muito particulares, foi um tabu. Acho que isso gerou uma certa vergonha. Um monte de maus hábitos da comunidade gay que saiu daquela vergonha. É interessante ver esta nova geração chegar e acho que vai haver um pouco mais de auto-respeito de determinadas maneiras, porque eles têm a oportunidade de ser assim.

O que é um dia de folga para Adam Lambert?
Eu sou bem de boa. Eu estava em turnê por seis semanas. Acabei de voltar para casa. Venho tentando me reconectar com meus amigos. Conheço um monte de gente aqui em Los Angeles, estive aqui há 10 anos. Mudei-me para um lugar novo alguns meses atrás, quando eu estava longe, enquanto estava em turnê, para que eu pudesse ir às compras e procurar um bom travesseiro [risos]. Eu comprei algumas plantas no outro dia para minha varanda. Eu sou uma pessoa normal. Eu gosto de sair e conhecer pessoas.

Alguma história de fãs loucos?
Eu estava em Nova York fazendo um show com a Cyndi Lauper. Isso foi depois do show. Havia alguns fãs esperando do lado de fora atrás das barricadas. Eu estava andando em direção ao carro e o segurança foi me conduzindo para ele com as portas abertas. Logo antes de eu entrar no carro uma mulher se arrastou furtivamente para dentro do carro e sentou no banco do passageiro. Ela nem sequer olhou para mim, ela só olhava para a frente, como “se eu não olhar para ele, ele não vai me ver” [risos]. Eu entrei no carro e falei: “Espere, quem é você?” [risos] O segurança veio do outro lado muito rápido e disse: “Madame, você tem que sair do carro, por favor.” E ela apenas ficou sentada lá olhando para a frente sem dizer nada, como se eles não fossem vê-la se ela não falasse nada. Foi hilário [risos]. Ela estava determinada.

Se você pudesse fazer um dueto, com quem seria?
Eu poderia fazer uma lista de divas com quem seria divertido cantar. Todas, de Gaga para Beyoncé, para Cher e Christina. Seria muito divertido fazer um dueto com qualquer uma das grandes cantoras.

Além de música, o que mais você gostaria de fazer?
Eu tenho curiosidade sobre fazer algo em filmes, seja na TV ou qualquer coisa do tipo. Eu acho que seria uma comédia, mas talvez drama. Eu tenho o meu futuro inteiro na minha frente. Então, eu não estou com uma super pressa. Eu definitivamente amo mais a música, e vou focar nisso. Talvez fazer design de algo. Talvez moda. Ou talvez, em algum momento, nos bastidores, produzindo ou dirigindo.

O que podemos esperar do seu próximo álbum? Será semelhante aos dois primeiros?
Espero que não. Eu definitivamente me vejo como alguém que quer explorar algo novo cada vez que eu faço um novo projeto. Então eu acho que a inspiração será algo diferente.

Música country então?
Com certeza esse é o plano. Como é que você sabe? [Risos]

Na verdade, nós começamos a ponderar o que este próximo projeto vai ser. Eu não posso dizer mais nada sobre isso agora, mas eu estou animado.

Vou começar a trabalhar em novas músicas em breve. Eu não sei exatamente quando. Eu não sei quanto tempo isso vai levar para alavancar.

O que mais há de novo?
Eu estou fazendo um monte de pequenos shows aleatórios. Eu também estarei me apresentando no Pittsburgh Pride [sábado, 15 de Junho]. Estou indo para a China logo após o Miami Pride para fazer parte de uma premiação onde estou recebendo um prêmio internacional. Estarei no Life Ball em Maio, em Viena, que é para levantar fundos para a AIDS. É enorme. É o maior da Europa. Eu tenho ouvido sobre isso há anos. Então, eu estou animado para me apresentar lá.

Algo que você gostaria de acrescentar?
Estou animado para vir a Miami para pegar um sol [risos]. As pessoas devem saber que eu sou um cara simpático. Eu gosto de conversar, especialmente se a primeira coisa que saiu da sua boca não é “ai meu Deus, posso tirar uma foto?” [risos]. Diga-me o seu nome e sobre você primeiro, vamos fazer isso decentemente, não apenas para colocar no seu papel de parede do Facebook. [risos]

Fontes: Adam Lambert Fan Club e South Florida Gay News

Tradução: Elisa Ferrari

Compartilhar
Share

One Comment

  1. LLOOLL…!

    1

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *