Entrevista by Rádio 103.5 FM KTU, Nova Iorque – 03/03

Em 03/03 Adam concedeu uma série de entrevistas nas rádios: iHeartRadio, Z100 FM, 103.5 FM KTU, e 106.7 Lite FM, conforme publicamos aqui. Vamos conferir a seguir um resumo do que foi perguntado na Rádio 103.5 FM KTU de Nova Iorque:

Como foi fazer seu primeiro álbum de covers?
Foi muito divertido, obviamente eu fiz um monte de covers no American Idol e também tive uma recepção tão boa com a apresentação da Cher que a ideia meio que veio daí, por que não?

Foi um pouco mais desafiador fazer arranjos diferentes?
É totalmente diferente porque obviamente você está trabalhando com músicas que você sabe que são boas músicas e que as pessoas também conhecem, mas a parte criativa para mim foi como conseguir mudá-las, isso foi um desafio interessante no qual estava muito animado.

E você não ficou nervoso que talvez o artista original não gostasse que estivesse mudando seu trabalho original?
Na verdade, você não precisa de permissão, a menos que você reescreva ou mude a composição da música. Para que você saiba, os direitos autorais ou a publicação são as palavras, a melodia principal e a estrutura da música. Você pode fazer novos arranjos e você pode interpretar uma melodia, sem pedir permissão.

Você escutou a opinião de algum artista como Sia ou Boy George?
Boy George é meu amigo então quando fiz a versão da música, mudamos toda a estrutura dele. Colocamos o que costumava ser a introdução da música agora está no meio, o que costumava ser o refrão agora é o verso. Como nós mudamos muitas coisas, então tecnicamente precisei de sua permissão. Mas esperei terminar a música antes de entrarmos em contato com ele. Eu estava um pouco apreensivo porque ele é um amigo, mas no final ele gostou e disse que sim, então eu fiquei mais aliviado.

Como você escolheu as músicas do álbum?
Foi com algumas condições. Tinha que ser músicas que eu pudesse fazer algo totalmente diferente e também tinham que ser músicas com as quais eu poderia me relacionar e poder encontrar uma conexão autêntica.

Antes da pandemia, você lançou um álbum original e teve que parar tudo. Não conseguiu promovê-lo nem fazer uma turnê.
Sim, eu amo Velvet, mas tudo teve que pausar. Eu fiquei triste e um pouco deprimido por algumas semanas. Supostamente eu deveria ter saído em turnê com Christina Aguilera e isso teria sido muito legal.

Mas isso te inspirou a fazer e lançar um novo álbum mais rápido para os fãs?
Isso realmente me inspirou a ter tempo para explorar minha criatividade. Então comecei a trabalhar em um musical. Na verdade, eu já tinha essa ideia rolando cerca de seis meses antes. Eu já tinha conversado com algumas pessoas e estávamos trabalhando nesse projeto. A gente só adiantou algumas coisas, começamos rapidamente a trabalhar com diferentes produtores e compositores via Zoom. Foi bem produtivo, praticamente toda a partitura do musical está feita. Só falta alguns ajustes. Agora o script está sendo desenvolvido por um dramaturgo de Nova Iorque. Fazer um musical é um processo grande e mais lento do que lançar um álbum, mas eu tenho muitas pessoas na equipe criativa que são incríveis e continuamos trabalhando nisso.

Estou curiosa em saber mais sobre isso, é algo que você pode estrelar em si mesmo, há um enredo?
Sim, tem um enredo. Ainda não estou pronto para revelar mais detalhes, mas é baseado em uma história verdadeira e se passa nos anos 70 em Nova Iorque. Vai ser muito Glam e queer que são as coisas que eu amo. Mas provavelmente terá um álbum conceitual primeiro antes de fazer uma produção em palco.

Amo todas as representações também.
Sim é importante para mim e se tornou cada vez mais importante para mim, em pensar quanta mudança a indústria da música teve nos últimos 13 anos é emocionante. Há muitas coisas incríveis acontecendo agora. Há muita representação queer no mundo da música que de uma forma nunca teve antes. Quando eu terminei com o American Idol, e lancei meu primeiro álbum, não havia nenhum gay fazendo o circuito de música pop e tocando na rádio, então ver isso mudar é muito bom.

Falando sobre Queen agora, quando você está em turnê com o Queen e fazendo suas músicas, não sente que está fazendo covers de suas músicas?
Com eles é do jeito que sempre tocaram e é mais como se eu fosse um convidado. Eu amo estar no palco com Brian e Roger porque eles iluminam o palco e é o legado deles. Eu amo subir no palco e cantar suas músicas, mas sempre tive cuidado em não imitar e sim me manter dentro da essência e espírito do Freddie.

Você vai fazer alguma turnê com este álbum?
Há alguns shows que foram agendados. Há um show em Londres que foi anunciado no Royal Albert Hall. Há alguns shows durante o verão. E Finlândia, vou fazer um festival na Finlândia.

Queria saber sua opinião sobre como o TikTok está matando a ponte das músicas. As pessoas querem música mais rápida, então eles estão eliminando completamente a ponte das canções.
Oh sim, mas eu entendo, a forma que as pessoas estão digerindo a música está evoluindo e eu acho isso ótimo. O fato de que músicas de anos atrás estão voltando é muito legal. Existe muita criatividade no TikTok e estou amando isso.

E se alguém fosse retrabalhar uma de suas músicas seja no TikTok, acelerando ou desacelerando-a ou apenas fazendo um cover?
Estaria muito lisonjeado do mesmo jeito que você me perguntou se estava preocupado que esses artistas iam pensar do álbum, eu não estou preocupado porque eu acho que quando você faz um cover de uma música é um elogio.

Uma outra pergunta para você, você já esqueceu a letra de sua própria música?
Sim, várias vezes. Porque sempre estou pensando em muita coisa ao mesmo tempo. Estou pensando em como soa e como se sente. Estou olhando para a roupa de alguém na primeira fila, fico pensando se preciso de mais chá no palco, porque a luz está tão brilhante. Se preciso ouvir mais guitarra. Sabe, há sempre um zilhão de coisas na minha cabeça, então às vezes esqueço as palavras. Mas vou contar um grande segredo. Eu tenho as letras no palco usando um teleprompter.

Tenho mais uma pergunta antes de ir embora. Se você pudesse ter um encontro com qualquer pessoa viva ou morta, quem seria?
Freddie. Quero dizer, acho que gostaria de colocar licor no meu café se eu estivesse com Freddie, mas sim, eu devo muito a Freddie, ele deixou seu legado, suas canções, sua alegria, e sua arte. E ele causou um grande impacto na minha carreira, então devo muito a ele.

Adam Lambert e a todos muito obrigado!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Sandra Saez
Fonte: 103.5 KTU/YouTube

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