Confira o podcast sobre Adam na série MTV Behind The Music (2021)

Em Julho do ano passado, Adam fez parte da série de podcasts MTV Behind The Music, em parceria com o iHeartRadio.

Cada episódio da série conta a história de um artista diferente, como Madonna, Christina Aguilera, Jennifer Hudson, Carrie Underwood, AC/DC, Guns N’Roses, Usher, Spice Girls, Duran Duran, e muitos outros. No podcast, podemos acompanhar toda a jornada do artista desde o início de sua carreira, através de entrevistas com eles próprios e com pessoas próximas a eles. Confira como foi o episódio sobre Adam:

O podcast inicia falando sobre como Adam começou sua carreira tomando a todos de surpresa com seu visual único, sendo que na adolescência ele lutou para encontrar sua identidade. É dito que na época, a indústria da música ainda não estava pronta para deixá-lo entrar, mas Adam batalhou e conseguiu alcançar o sucesso.

É mostrada uma entrevista com Adam, da época em que ele estava terminando a sua Glam Nation Tour, depois de seis meses na estrada. Adam conta que ser um artista e estar sob os olhos do público é uma grande oportunidade de poder ser ele mesmo, e ainda conhecer seus fãs, que sempre contam como Adam mudou a vida deles. Adam conta que ele é um resultado de tudo o que ele ama na música, de todos os gêneros que ele gosta, com uma abordagem vocal bombástica e muita sensualidade. Ele conta que é o tipo de artista que corre riscos e não se mistura com a maioria.

O narrador conta que Adam cresceu em San Diego junto de seus pais Leila e Eber, e seu irmão Neil. É mostrada uma entrevista com a mãe de Adam, em que ela conta que ele era uma criança com uma imaginação selvagem, e adorava vestir fantasias e se maquiar. Adam conta que seus pais o colocaram no teatro, o que o ajudou a gastar suas energias – algo que esportes não conseguiam fazer por ele. Ele conta que começou a sofrer com sua identidade aos doze anos, percebendo que não era como as outras crianças, e ele não estava pronto para falar sobre isso, até porque não sabia como seus pais iriam reagir, guardando tudo para si mesmo como se fosse um segredo profundo e se sentindo envergonhado. Ele conta que esta é a parte difícil de crescer sendo uma criança LGBT – ninguém diz a eles que aquilo é normal e que está tudo bem. Quando jovem, Adam passou a tentar se misturar, se vestindo como os outros e convidando as garotas para sair, apenas para não ser maltratado e ser aceito. Foi então que Adam encontrou refúgio no teatro, e focou em ser o melhor cantor e ator de seu grupo. É dito que a mãe de Adam encontrou a oportunidade perfeita para conversar com ele sobre sua sexualidade logo após o fim do colégio, quando eles voltavam de uma peça de teatro sobre um rapaz gay que fora deserdado pelos pais. Leila conta que perguntou a Adam se ele gostaria de ter uma namorada, ao que ele respondeu que não, então ela perguntou se ele gostaria de ter um namorado, ao que ele respondeu “talvez”. Adam conta que foi um alívio, e que sua mãe apenas não conversou com ele antes para não apressá-lo. Eber conta que foi um alívio para todos quando eles finalmente conversaram sobre isso.

Após cinco semanas na faculdade, Adam abandonou seu curso e foi para Los Angeles para seguir seu amor pelo teatro musical, ainda que seus primeiros anos na cidade tenham sido difíceis, morando em lugares deploráveis. Após dois anos, Adam conseguiu seu primeiro grande papel de protagonista no musical “Hair”, e saiu em turnê pela Europa. Adam conta que a cena de nudez do musical o deixou muito nervoso no início, mas conforme ele foi se acostumando passou a se sentir muito mais confortável em sua pele e em seu corpo, e passou a viver sob os ideais do musical, se tornando uma espécie de hippie pela Europa. Ele passou a frequentar alguns clubes que o inspiraram a expressar sua sexualidade, usando joias, esmalte, maquiagens e roupas extravagantes. No entanto, esse visual foi retalhado pelos produtores quando Adam estava fazendo o musical “Os 10 Mandamentos”, e esse tipo de comportamento dos executivos fez com que ele se afastasse do mundo do teatro. Em 2004, Adam realizou uma apresentação libertadora da música “A Change Is Gonna Come” de Sam Cooke, que foi um novo início em sua carreira, e na época ele percebeu que música era o que ele queria fazer na sua vida.

Em 2005, Adam começa a perseguir a carreira de rockstar. Ele conta que não era fácil tentar convencer os executivos de que um cara gay de 27 anos que usa delineador seria a próxima sensação. Ele se lembra de uma vez na casa de um amigo, quando assistiam ao American Idol, em que o amigo sugeriu que ele participasse do programa, mas Adam achou que não passaria nem pelo Simon, que o acusaria de ser teatral demais. Após participar do festival Burning Man, Adam teve um momento de clareza, em que percebeu que jamais conseguiria alcançar o sucesso se não se arriscasse. Assim, no ano de 2008, quando seus amigos sugeriram novamente, ele resolveu tentar o American Idol.

Adam avançou no programa e tudo ia bem, até que fotos dele beijando um ex-namorado vazaram na Internet. Sua mãe se lembra de pensar que aquele seria o fim. Adam conta que surtou com a notícia, não por saberem que ele era gay, mas sim por ele ainda não estar pronto para abrir sua vida pessoal desse modo para o público, quando ele estava ali para cantar – chocar as pessoas com suas performances. É relembrado o momento em que Adam apresentou a música “Mad World”, e sua mãe comenta que a letra remetia à infância de Adam, ao modo como ele nunca se encaixou, ao que Adam concorda, dizendo que foi essa a razão dele escolher a canção. Kris Allen relembra como ele e Adam chegaram juntos à final do programa. Eles eram colegas de quarto e completamente diferentes – Adam era todo descolado e usava maquiagem, enquanto ele tocava violão e cantava músicas românticas. Ele comenta que o programa sabia exatamente o que estava fazendo ao colocar um contra o outro. Alguns dias antes da final do programa, Adam apareceu na capa da Entertainment Weekly, – algo inédito para um competidor do programa -, em um artigo que dizia que Adam era o competidor mais excitante do Idol em muitos anos, mas se perguntava se sua sexualidade seria um problema para a América conservadora, que sempre elegera vencedores dentro do padrão, o que Adam não era. Adam comenta como na época os competidores não podiam dar entrevistas, então ele não podia falar nada, o que era assustador. Kris lembra de se sentir chocado quando ouviu chamarem seu nome como vencedor, dizendo que Adam era incrível e merecia tanto quanto ele. Mas Adam se lembra de falar com Kris antes da final, sobre como não importava quem ganhasse, pois a exposição que haviam ganhado até ali já seria o suficiente para que suas carreiras decolassem.

Após o Idol, Adam saiu na capa da Rolling Stone, naquela que seria a edição mais vendida de 2009, e na qual ele revelou que obviamente era gay sim. Adam conta que não iria querer esconder isso durante toda sua carreira, já que sentia orgulho de sua sexualidade. Logo, Adam assinou com a gravadora RCA para seu primeiro álbum, no qual ele trabalhou com artistas como Lady Gaga, Muse e Ryan Tedder, e combinou sua paixão pelo Glam Rock com letras muito pessoais – como “Aftermath”, a qual Adam explica que fala sobre o momento antes da pessoa se assumir, e ele queria passar esse sentimento de que tudo iria ficar bem assim que esse momento passasse; e “Strut”, que fala sobre empoderamento e assumir sua identidade sem se desculpar. Com esse álbum, Adam esperava poder inspirar as pessoas a ser quem eram. “For Your Entertainment” levou dois meses para ser gravado, e para a capa Adam escolheu uma foto em que ele esbanjava um look andrógino, propositalmente. É relembrado o momento em que Adam fez uma sessão de fotos para uma revista junto com uma modelo nua, em poses sensuais, novamente brincando com a sua sexualidade. Adam achou que seria divertido, já que, embora ele tivesse orgulho de sua sexualidade, ele não estava ali para ser um modelo de como ser gay. É relembrada a performance de Adam no American Music Awards, em que ele fez gestos sugestivos no palco e beijou seu baixista. Adam conta que aquela fora sua primeira performance televisionada após o Idol, e ele estava cheio de adrenalina. Ele se lembra de ser entrevistado após a performance e as pessoas perguntarem se ele não achou que foi longe demais, o que o fez perceber que muita gente iria ficar irritada. Vários programas que iriam entrevistar Adam nos próximos dias cancelaram, e ele se lembra de se sentir frustrado, já que, por exemplo, o beijo entre Britney Spears, Madonna e Christina Aguilera não havia sido censurado daquele jeito. Adam se lembra de ficar assustado, se perguntando se ele teria arruinado suas chances na indústria. Contudo, “For Your Entertainment” se tornou um sucesso, conseguindo um disco de platina mundialmente, e seu single “Whataya Want From Me” lhe rendeu uma nomeação ao Grammy. Adam ficou muito feliz e realizado com o resultado, já que era para isso que ele vinha trabalhando duro todos esses anos. Em seguida, ele saiu em turnê com sua Glam Nation Tour, para promover o álbum no mundo todo – algo incomum para alguém que acabava de sair do Idol – e alcançou um grande sucesso, com fãs indo aos shows vestidos como ele, e sendo inspirados por Adam a ser quem são. Adam comenta o quanto é recompensador poder cantar as músicas de seu álbum para um público, e poder criar um momento tão íntimo entre ele e a plateia.

Nos anos seguintes, Adam passou a apoiar o Trevor Project, em apoio às crianças gays e lésbicas. A mãe de Adam comenta que tudo o que Adam passou em sua vida o deu confiança para se expressar e viver no limite. Adam conta que ele se libertou, que aprendeu a se amar, e a ser simplesmente quem ele é. A carreira de Adam continuou avançando, até que ele se juntou à banda Queen em 2012, no que começou apenas como um projeto, além de aparecer na série “Glee”, no remake de “The Rocky Horror Picture Show”, e de retornar ao Idol diversas vezes, tanto para se apresentar quanto para servir de jurado convidado. Hoje, além de fazer turnês pelo mundo como vocalista do Queen, Adam também tem sua carreira solo de sucesso, e se solidificou como uma das vozes mais poderosas de sua geração.

Autoria do Post: Bruna Martins
Fontes: @4Gelly, All Access e Spotify

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