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18Maio2020
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Entrevista by Jornal The Sydney Morning Herald (Austrália) – 16/05
‘Ela viu o que eu era antes mesmo que eu pudesse dizer’: as mulheres na vida de Adam Lambert Adam Lambert. Profissão Cantor. Idade 38 anos. Estado Civil Solteiro. Mais conhecido como Vice-Campeão do American Idol de 2009. Atualmente Vocalista do Queen.
Minha avó materna, Annette, foi uma figura de destaque na minha infância. Depois que meu avô morreu, eu e minha mãe Leila fomos morar com ela em Nova Jersey durante alguns meses. Eu tinha 6 anos de idade. Meu pai, Eber, tinha conseguido uma transferência de trabalho para San Diego e nos juntamos a ele logo depois. O início da minha infância que passei com as duas mulheres que eu tanto amo me influenciaram muito espiritualmente.
Annette mais tarde veio morar conosco em San Diego por uns tempos. Ela era muito divertida. Ela pegava uma lata de chantilly e com cuidado surpreendia a mim e a meu irmão Neil borrifando atrás das nossas orelhas ou na cara mesmo. Ela era boba assim.
Minha avó foi também a minha maior fã em se tratando do meu trabalho no teatro. Ela morreu quando eu tinha 20 anos. Foi um momento agridoce. Ela ficou muito tempo sozinha depois que meu avô morreu e conheceu um homem nos últimos meses da sua vida. Ela estava apaixonada, se casou, então de repente adoeceu e morreu de câncer. Ela me contou que pelo menos tinha conhecido alguém que ela amava e tinha companheirismo entre eles e se sentia grata. Foi uma boa atitude da sua parte.
Você sabe o que dizem sobre caras gays e suas mães! Sempre fui próximo da minha mãe. Foi ela que me fez me assumir quando eu tinha 18 anos. Na adolescência sempre gostei de revistas de moda, maquiagem e estilo. Eu estava me tornando um fã de estilistas e comecei a ajudar minha mãe com seu estilo, fazendo críticas construtivas. Fazíamos compras e eu tentava convencê-la a comprar a blusa sexy e não a blusa de mãe.
Minha mãe é uma típica mãe judia – ela se preocupa com quase todas as coisas, mas é sempre em nome do amor. Ela só quer a minha felicidade.
Minha mãe tem um grande senso de humor também. Ela nasceu em Nova Jersey e se divertiu na sua juventude. Ela viveu no Distrito de Castro [ver nota] em San Francisco em 1975 e 1976 com seu irmão e irmã. O melhor amigo deles era gay e eles estavam sempre no meio de gays. Foi a década para isso! Quando eu era criança, encontrei uma foto da minha mãe na Parada do Orgulho Gay rodeada por drag queens e eu sempre me perguntava o que se passava ali!
Meu primeiro beijo foi aos 14 anos com uma garota chamada Bridget. Ela era de LA, 4 anos mais velha do que eu e estava na mesma escola de teatro. Ela me perguntou se eu queria fumar uns cigarros na praia e eu aceitei. Fizemos isso, depois curtimos.
Minha professora de canto, Lynne Broyles foi uma grande inspiração para mim. Eu tinha aulas de canto com ela fora do horário escolar e paralelamente, ela fundou a sua própria companhia de teatro. Ela viu o que eu era antes mesmo que eu pudesse dizer.
Lynne criou um espaço seguro sem me expor. Ela me vestiu como uma drag para um papel quando adolescente – um choque para as outras mães e crianças – mas para Lynne era entretenimento. Ela me apresentou a ícones gays como Barbra Streisand, Liza Minnelli e Cher. Ela não só me tornou um cantor melhor, como também me deu um mundo inteiro de entretenimento para digerir.
A minha primeira colega de quarto, Johanna, era uma menina forte, independente e determinada, que fazia me sentir mais confiante por ser gay. Ela é do signo de Leão, autoconfiante e engraçada. Conviver com ela era exatamente o que eu precisava naquela época da minha vida. Agora, ela é mãe de duas crianças.
Eu tive um longo relacionamento com Sauli Koskinen [apresentador de TV na Finlândia], de 2010 a 2013. É o que desejo a longo prazo, uma vez que as circunstâncias permitirem. No fundo sou um romântico, mas estou tão ocupado viajando a trabalho que está difícil manter uma ligação permanente.
Tenho muita sorte em encontrar ligações amorosas nos lugares em que os encontro. Eu os trato com o maior respeito, mas muitos deles são passageiros. Esta é a minha vida. Eu gosto de manter contato para ver se podemos construir uma amizade e talvez nos vermos novamente.
Eu não sou tradicional. Eu não sei muito sobre casamento e filhos – acho que você não precisa se casar para provar seu compromisso com alguém. Neste momento eu não tenho tempo suficiente para crianças. Se eu tivesse um filho, gostaria de ter um com um parceiro e gostaria de ser o mais amoroso possível.
“Velvet”, o álbum de Adam Lambert já está à venda.
Este artigo vai constar na Revista Sunday Life, no Sun-Herald e no Sunday Age, à venda em 17 de Maio.
NOTA: O Distrito Castro é uma das comunidades mais vibrantes e culturalmente diversas de São Francisco, lar de belas casas Vitorianas, bares populares, restaurantes e discotecas.
Autoria do Post: Josy Loos
Fontes: @shoshannastone, The Sydney Morning Herald e @smh
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