Entrevista by Newcastle Herald (Austrália) – Março/2020

Adam Lambert traz o “funky” em seu álbum inspirado no passado

Adam Lambert acabou de lançar seu álbum depois de 5 anos, “Velvet”. Esse é um tempo grande para a indústria da música, no entanto, ele tem andado bem ocupado. Vocês sabem, viajando o mundo com a lendária banda de rock Queen. Esse tipo de ocupação.

A história de Lambert é uma muito marcante. Não que falte talento – ao contrário disso – mas porque ele encontrou a fama através de um reality show. Na indústria da música isso pode ser considerado um cálice envenenado. Lambert perdeu para Kris Allen na grande final do “American Idol” em 2009, e fãs até hoje discutem se ele deveria ter vencido.

Provavelmente foi uma coisa boa ele não ter vencido. Lambert tinha anos de experiências com performances mesmo antes de fazer uma audição para o “Idol”. E ele foi capaz de usar toda essa atenção e se aproveitar dela, ao invés de ficar preso a cláusulas contratuais. Quanto ao Allen, ele desde então não tem chamado a atenção do público.

Lambert cantou “Bohemian Rhapsody” em sua audição para o “American Idol”. Brian May e Roger Taylor do Queen acabaram vendo e, curiosos, aceitaram uma oferta de se apresentarem na final com Lambert e Allen. O resto é história.

Lambert lançou seu álbum de estreia, “For Your Entertainment” que incluiu o hit “Whataya Want From Me” que o rendeu uma nomeação ao Grammy. Seu segundo álbum, “Trespassing” foi o primeiro álbum de um artista assumidamente gay a ficar em número um nos EUA e Canadá. Seu terceiro álbum, “The Original High” inclui o grande hit “Ghost Town”.

E sobre seu outro trabalho, depois de fazer alguns shows em 2012 e 2013, como “Queen + Adam Lambert”, em 2014 a banda ofereceu a ele ser o vocalista permanente. Turnês esgotadas pelo mundo se seguiram.

Com “Velvet”, seu quarto álbum, ele decidiu “ignorar o que estivesse em alta ultimamente e ir com algo atemporal”.

“Esse álbum sou eu, absolutamente. Eu precisava fazer algo para mim, primeiro e acima de tudo. É muito fácil ficar preso ao jogo dos negócios”, ele disse.

“Eu confio nos meus instintos, sabe? Eu sempre amei as músicas das décadas de 70 e 80, tem tantas músicas boas sendo lançadas e eu ainda escuto esse tipo de música atualmente. E foi assim que muitos fãs me conheceram. No ‘American Idol’ eu estava fazendo muitos covers dessa era e nesse estilo”.

Lambert disse que ele gosta de ser capaz de “ir e vir” ao fazer turnês com o Queen e ter sua carreira solo. Ele não está tentando ser Freddie Mercury enquanto assume como vocalista – ele está homenageando um incrível talento e mantendo sua música viva para milhões de fãs no mundo todo.

“É realmente um prazer e me mantém equilibrado”, ele explica.

“Com o Queen eu posso cantar esses hits gigantes e icônicos para uma grande audiência e eles sabem todas as letras e cantam junto, é realmente uma honra. Eu amo poder fazer a minha parte para manter esse legado vivo. Com o meu trabalho solo eu posso mudar de cenário um pouco e cantar músicas que eu criei. É minha chance de ser compositor; é minha chance de ser um criador.”

Passar tanto tempo na estrada com os membros originais do Queen, Brian May e Roger Taylor, tem sido uma experiência muito educadora e inspiradora para Lambert. Ele ainda tem momentos que precisa se beliscar.

“Brian e Roger são muito inteligentes – eu aprendo muito apenas sentando com eles e conversando sobre o mundo”, ele disse. “Eles são um grande time também. Quando estamos nos palcos, sempre tentamos fazer o melhor. Nós três temos uma energia um pouco perfeccionista.”

Lambert está ansioso para apresentar ao vivo “Velvet”, mas ele teve que cancelar a primeira parte de sua turnê pelos EUA e está em uma auto quarentena em sua casa em Los Angeles.

“O que houve com ‘Velvet’ é que o momento de lançamento foi um pouco estranho, obviamente, bem no meio disso tudo, mas esperançosamente dará as pessoas uma hora de escape, sabe? Mesmo as músicas que são um pouco melancólicas te fazem querer se mexer. Meu coração está com as pessoas cujo trabalho as fazem estar na linha de frente ou aqueles que perderam seus empregos e as pessoas que estão sofrendo para conseguir pagar as contas nesse cenário. Eu realmente sinto por eles. Eu estou tentando ser positivo sobre ser produtivo. Eu tenho alguns projetos para fazer na casa e, como uma pessoa criativa, é bom poder hibernar um pouco. Eu espero colocar boa energia para fazer disso um tempo de inspiração criativa.”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: @dianik_bg (1), @dianik_bg (1), Newcastle Herald e @HanaFris

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