Entrevista by Billboard – Março/2020

Adam Lambert quer que o novo álbum ‘Velvet’ seja como um ‘abraço aveludado’ em tempos difíceis

“Espero que seja catártico para as pessoas”, diz Lambert sobre seu novo álbum no Pop Shop Podcast da Billboard.

Como todos os outros músicos lançando novas músicas no momento, Adam Lambert está tendo que ser criativo com a forma de promover seu novo álbum, “Velvet”. O set, lançado em 20 de Março, chegou no momento em que o distanciamento social estimulado pelo coronavírus se instalava nos Estados Unidos.

“Eu acho que há muitos artistas que estão olhando suas turnês canceladas, inclusive eu, e meio que perguntando: ‘OK, o que podemos fazer para conseguir chegar às pessoas? E para preencher o espaço que está faltando agora?’”

Lambert reconhece que a experiência de show ao vivo não pode ser recriada em um telefone, mas “é o melhor que temos no momento”.

Por fim, “a segurança e a saúde estão em primeiro lugar, essa é a prioridade”, Lambert disse ao Podcast da Billboard Pop Shop (ouça sua entrevista aqui). “Mas, enquanto isso, vamos nos divertir. Vamos nos conectar da melhor maneira que pudermos. Temos que fechar as portas da nossa casa? Tudo bem, mas pegue o telefone. Temos toda essa tecnologia, é incrível.”

“Velvet” é o primeiro álbum de estúdio de Lambert desde o “The Original High” de 2015. O novo projeto “descolado” apresenta uma colaboração com Nile Rodgers (“Roses”), juntamente com músicas coescritas por Lambert com nomes como MNEK, Sam Sparro, o falecido Busbee, entre outros.

Abaixo estão alguns destaques do bate-papo de Lambert com o Pop Shop Podcast, incluindo se ele pensou em atrasar o lançamento do álbum devido a preocupações com o coronavírus, como ele queria se manter verdadeiro no álbum e não fazer algo “moderno” e como ele espera que o álbum envolva os fãs como um “abraço aveludado e quente”.

Se ele pensou em adiar o lançamento do álbum devido a preocupações com o coronavírus, como vários outros artistas têm feito com seus próprios projetos:
Eu acho que fiz a pergunta. ‘Devemos adiar isso?’ Mas as coisas já estavam em movimento. Não parecia… era tarde demais, entende? E também acho que… a conclusão que cheguei com minha equipe foi: as pessoas estão em casa, estão entediadas, inquietas, estão procurando algo para fazer. E eu acho que o “Velvet” como um álbum… proporciona uma ótima fuga. É o seu próprio mundo, é o seu próprio som, e espero que as pessoas usem um tempo para conferir o álbum inteiro. Você pode sentar e ouvir do começo ao fim.

Sobre o conceito e a direção de “Velvet”, e não ser “sugado pela agitação” de fazer um álbum da moda:
Eu sabia que queria fazer algo que não necessariamente refletisse demais o que todo mundo estava fazendo na época. Eu não queria apenas estar na moda. Eu não queria seguir. Eu queria fazer minhas próprias coisas. Eu queria fazer música que eu amasse, que me fizesse querer subir no palco e me apresentar. E isso parece muito simples e meio óbvio para um artista, mas é realmente fácil nesse ramo ficar meio que sugado pela confusão de tudo. Sabe? E ser comercial e comercializável e, você sabe, o que é legal agora. É realmente fácil se desviar. E assim, com este projeto, eu realmente me forcei a isolar minha criatividade e meio que bloquear todas as forças externas, e apenas pensar no que eu amo na música. E também, na minha jornada pessoal, o que eu quero dizer aos meus fãs. E foi realmente o que saiu nessas músicas.

Ao escrever a faixa-título do álbum e trabalhar com o falecido produtor/compositor Busbee, que Lambert chama de “brilhante”.
Eu estava sentado na sala escrevendo com esses outros compositores, e estava contando a eles sobre o projeto, e toquei muitas músicas que já tinha para eles. E então eu disse: ‘sabe, eu não tenho uma faixa-título’. Eu já tinha inventado “Velvet” como o nome do álbum, mas não tínhamos uma faixa-título. E então, na verdade, o cavalheiro que produziu essa música, “Velvet”, se chama Busbee, e ele infelizmente e tragicamente faleceu no ano passado de tumores cerebrais. E foi muito repentino. Eu acho que ele terminou a música apenas alguns meses antes de seu diagnóstico. Eu só queria mencionar isso porque foi um verdadeiro prazer poder trabalhar com ele, e ele era muito bom no que fazia, um cara adorável. É um exemplo de alguém que se foi muito cedo, e essa música é uma amostra de sua arte. Quero dizer, ele era brilhante. Na verdade, foi ele quem disse: ‘você precisa fazer uma faixa-título’. E eu disse: ‘ok, ok! Eu vou fazer isso! Boa ideia!’ …No momento em que ele sugeriu, eu disse: ‘Ah, brilhante, sim, você está certo, eu deveria fazer isso’.

Sobre como ele espera que “Velvet” envolva os fãs em um “abraço aveludado”:
Acho que as pessoas precisam ser animadas, especialmente agora. O álbum, é brincalhão. Mesmo com as letras um pouco mais melancólicas, ainda há uma batida, sabe? Espero que seja catártico para as pessoas. Esperançosamente, neste tempo de estranho isolamento e distanciamento social, espero que colocar isso envolva você como um abraço aveludado e quente. Você pode vestir roupas descoladas e dançar pela casa. Coloque um pouco de brilho, entre na transmissão ao vivo e faça uma festa!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Billboard

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