Entrevista de Adam na Revista Stellar (Austrália) – Fev/2020

Adam Lambert é sincero ao falar sobre tentar “ser mais discreto”, ser filhinho de mamãe e ocupar o lugar de Freddie Mercury

Como muitos músicos de sucesso da era moderna, Adam Lambert alcançou a fama através de uma competição de cantores – no caso dele, o American Idol. Em 2009, o agora cantor de 38 anos cantou ‘Bohemian Rhapsody’ e mais tarde durante o programa, se apresentou com Brian May e Roger Taylor do Queen. Embora Lambert não tenha vencido o Idol, May e Taylor ficaram impressionados o suficiente para eventualmente oferecer a ele o trabalho de frontman do Queen. Onze anos depois, com o interesse dos fãs renovado pela cinebiografia vencedora de vários prêmios, ‘Bohemian Rhapsody’, Lambert está viajando pela Austrália com o grupo, como parte de sua turnê mundial e se sentou com a Stellar para falar sobre como ele consegue manter uma carreira solo enquanto lidera a banda lendária – e presta homenagem à memória de Freddie Mercury.

Já faz anos que o Idol não produz uma estrela. Ainda é possível sair de um programa como esse e ter o nível de sucesso que você teve?
Eu honestamente não sei. Ainda é boa televisão, mas a transição entre o programa e a indústria ficou mais difícil. Também houve um tempo em que participar de um programa como esse causava olhares desconfiados da indústria e ninguém te levava a sério.

Você tem uma base de fãs forte nas mães. Por que as mães amam você?
É porque eu sou um filhinho de mamãe. Minha mãe e eu somos muito próximos, então talvez isso tenha a ver. E também, talvez elas me vejam como algo de sua juventude.

Quando você estava no Idol, você era assumido?
Eu fui exposto. Bem, eu não escondi minha sexualidade no Idol (risos). Todo mundo sabia que eu era gay, mas não houve perguntas sobre sexualidade, porque naquela época todos presumiam que você fosse hétero.

Que mudanças você percebeu na indústria, desde que começou?
Quando eu consegui o contrato, não havia muitos artistas gays no mainstream. Elton John era assumido, mas ele tinha um legado e nós sabíamos que Freddie Mercury era gay, mas ele já havia falecido. Ricky Martin e Sam Smith ainda não tinham se assumido. George Michael foi exposto e isso acabou com a carreira dele. Finalmente estamos vendo artistas queer terem sucesso comercial. Devagar, mas constantemente, a indústria está aceitando melhor. Por anos eu escutei “Vamos deixar mais discreto”, o que é a coisa que eu mais detesto ouvir.

Você nunca foi do tipo que “fica mais discreto”…
Exatamente. Imagine se eu não tivesse cantado ‘Bohemian Rhapsody’ no Idol. Eu não teria este trabalho… Eu não teria uma casa!

Como você negocia ser Adam Lambert cantando Queen?
Cinco anos atrás, eu ficava mais preocupado com isso; agora eu só faço. Eu decidi falar sobre Freddie já no começo. Eu abordo o elefante na sala. Eu digo para a plateia, “Ei, adivinha só? Eu sei. Eu não sou ele. Todos sentimos falta dele. Só haverá um Freddie. Estou aqui para celebrar a vida dele com vocês. Estamos fazendo isso juntos.”

Você vai se apresentar com o Queen no Fire Fight Austrália. Como isso aconteceu?
Nós estamos na Austrália para a ‘Rhapsody Tour’, então nos convidaram e foi um sim imediato. Nós adoramos vir para este país incrível – assim que a chance de ajudar a curar a devastação causada pelos incêndios apareceu, nós a agarramos.

Quem você está mais ansioso para ver?
O line-up é ótimo – Alice Cooper, meu amigo Guy Sebastian, Conrad Sewell, Delta Goodrem, Olivia Newton-John. Vai ser uma noite maravilhosa.

O novo Álbum de Adam Lambert, “Velvet” sai dia 20 Março.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: @breeplayer

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