Review by The Sydney Morning Herald do Show Queen + Adam Lambert em Perth (Austrália) – 23/02

Queen dá aos fãs de Perth alguém para amar com show de rock em estádio

Por Hamish Hastie

Com a horda de estrelas de rock envelhecendo, e atualmente atravessando o mundo para aumentar sua renda com a aposentadoria, não é de se admirar que os fãs tenham grandes preocupações ​​de que eles possam ter pago centenas de dólares para assistir um tipo de remake do filme “A Weekend At Bernie’s” [Um Morto Muito Louco], e não as bandas que compuseram a trilha sonora das suas juventudes.

Felizmente para dezenas de milhares de fãs do Queen no Optus Stadium em Perth na noite passada, não havia uma fila à vista.

Em seu antepenúltimo show da turnê The Rhapsody Tour de 2020 na Austrália, os membros originais do Queen, Brian May e Roger Taylor impressionaram em um estádio quase lotado, graças em grande parte ao talentoso ex-vice-campeão do American Idol Adam Lambert, que agora lidera o banda.

Após um atraso de 15 minutos, a banda iniciou com “Innuendo” do álbum de 1991 que leva o mesmo nome, com os vocais impressionantes de Lambert definindo o tom para o resto da noite.

Para o início da noite, Lambert pareceu seguir conselhos de moda de George Michael, vestindo um extravagante casaco de couro roxo. As roupas ficaram mais deslumbrantes com o passar da noite.

May usava uma camisa cintilante no início do show, mas, à medida que o show prosseguia, ele optou por roupas mais confortáveis ​​até o final da noite, onde acabou vestindo uma camiseta e jeans. O guitarrista ainda ostenta seus longos cabelos encaracolados, embora sejam mais brancos do que no auge da banda.

Os destaques da noite também foram os destaques da discografia da banda.

A versão de Lambert de “Killer Queen” seguiu o estilo exagerado ‘diva’ do falecido vocalista Freddie Mercury, enquanto em “Bicycle Race”, ele apareceu a frente do palco em uma Harley Davidson coberta de diamantes.

O ritmo acelerou nas faixas de “Another One Bites The Dust” e “I Want It All”, até quando May pegou um violão e cantou uma versão de “Love Of My Life” ladeada por imagens de Mercury também cantando a faixa. Em um momento emocionante, May enxugou uma lágrima dos olhos depois de terminar a faixa.

O ritmo contagiante de “Under Pressure” foi suficiente para animar a multidão, mesmo aqueles em que o médico recomendaria evitar ficar em pé por longos períodos de tempo.

O cover de “Whole Lotta Love” de Led Zeppelin, e de “Heartbreak Hotel” de Elvis [Presley], foi seguido pela faixa de 1984, “I Want To Break Free”.

Uma das últimas músicas de Mercury, “Who Wants To Live Forever”, foi acompanhada por um impressionante espetáculo de laser e precedeu um solo de guitarra atmosférico de 10 minutos de May, que aparentemente estava no topo de um asteroide iluminado por um refletor vermelho.

A banda terminou a noite com “Radio Ga Ga” e “Bohemian Rhapsody”, antes do bis de “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.

Embora eles possam se movimentar um pouco mais devagar do que costumavam, nenhum dos membros mais velhos vacilou.

May e Taylor podiam tocar esses instrumentos com os olhos fechados, já que tocaram essas músicas milhares de vezes ao longo de suas carreiras. Na verdade, durante grande parte do tempo dos seus solos, May fez exatamente isso.

May descreveu Lambert como um “presente de Deus” no início da noite, e é fácil entender o porquê. Embora ele não esteja substituindo Mercury (o que ele admitiu), seu carisma e vocais são tão envolventes e ele faz justiça às músicas como poucos outros poderiam.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: The Sydney Morning Herald

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