NME: Rock n’ Roll mata células do cérebro?! – Adam Lambert

R*ock n’ Roll mata células do cérebro?! – Adam Lambert

Em “O Rock n’ Roll mata células do cérebro?!”, nós questionamos um artista mais velho sobre sua própria carreira para ver o quanto ele consegue se lembrar – e descobrir se a bebida, a música alta e/ou docinhos de turnê tiraram o conhecimento dele. Esta semana: a estrela pop e atual vocalista do Queen, Adam Lambert.

1: Cite os dois vocalistas das bandas de rock britânicas que recebem créditos por compor em seu álbum de estreia de 2009 “For Your Entertainment”.
“Justin Hawkins, do The Darkness, e Matthew Bellamy, do Muse.”

CORRETO.

“Foi um turbilhão. O álbum foi montado rapidamente após o American Idol, e meu A&R estava providenciando e conseguindo essas músicas incríveis. Eu não estava na sala quando elas foram escritas. Justin escreveu ‘Music Again’ e Matthew escreveu ‘Soaked’, e eu me apaixonei pelas duas músicas. Eu era fã das duas bandas e fiquei deslumbrado por eles quererem que eu fizesse isso. Mais tarde, conheci Matthew Bellamy rapidamente em uma after party de um festival em 2014 – ele foi legal. Acabei escrevendo com Justin alguns anos depois. Na verdade, o filho do Roger Taylor [baterista do Queen], Rufus, agora é o baterista do The Darkness, então cruzamos muito os caminhos agora.”

Lady Gaga também é compositora desse disco…

“Ela é ótima. Nós trabalhamos na música ‘Fever’ literalmente no dia seguinte ao final da gravação do vídeo de ‘Bad Romance’. Ela veio à sessão de estúdio com um casaco louco de papel de jornal e tudo o que ela vestia na parte de baixo era lingerie – que era fabulosa e muito rock n’ roll! Acabou que era a jaqueta que ela usou no vídeo – ela apenas levou embora do set e usou no estúdio.”

2: No vídeo “You Need To Calm Down” da Taylor Swift, o que a tatuagem que você escreve em Ellen DeGeneres diz?

“Cruel Summer.” [“Verão cruel”]

CORRETO.

“O que eu descobri mais tarde que é o título de uma música do álbum dela. Eu havia encontrado a Taylor algumas vezes antes, mas esse vídeo foi uma coisa de última hora. Nós estávamos no The Ellen Show naquele dia gravando, e ela entrou no meu camarim, disse oi, conversamos um pouco, então ela disse: ‘Ei, nós vamos fazer essa coisa daqui a 20 minutos logo ali – você quer estar nisso?’. E eu disse com certeza!”

O vídeo se mostrou divisivo, com alguns alegando que era culturalmente deficitário equiparar a homofobia a odiadores online ou a uma briga que você teve com outra estrela pop…

“Bem, no final das contas, se você consegue deixar todo mundo falando sobre isso, você já fez seu trabalho no mundo pop. Ser polarizador quando você está nesse nível pode ser útil para sua carreira. Você sabe, eu definitivamente pude ver os dois lados do argumento que foi surgindo, mas acho que o importante é lembrar que ela estava chamando as pessoas para a ação – houve uma grande petição [em apoio à Lei da Igualdade] que ela estava pedindo que as pessoas assinassem que realmente faria algo. Então não era apenas algo para ganho comercial, havia uma mudança social real sendo incentivada – e eu admirei e respeitei isso.”

3: Quais são os nomes das duas bandas que você se junta como Elliott ‘Starchild’ Gilbert em Glee?

“Oh Deus! (Risos) Não me lembro!”

ERRADO. Starchild se juntou a Pamela Lansbury e One Three Hill.

“Acho que eu nunca realmente falei esses nomes das duas bandas nos meus diálogos, então talvez eu apenas não tenha memorizado! (Risos). Foi uma série realmente inovadora – eles exploraram alguns tópicos que nunca haviam realmente sido explorados na tela antes. Foi a primeira vez que eu fiz um trabalho na televisão. Eu tenho experiência em teatro, mas eu era bem inexperiente se tratando de filmagens. Me lembro de estar no set no primeiro dia com Chris Colfer [que interpretava Kurt Hummel], que estava na primeira cena em que eu estava. Eu disse a ele: não tenho ideia do que estou fazendo! (Risos) Ele me tranquilizou: ‘Tudo bem, você vai descobrir rapidamente’. Eu adoraria trabalhar mais com o criador Ryan Murphy, que é brilhante. Se surgisse a oportunidade de fazer American Horror Story, eu me jogaria nela.”

4: Que presente Alan Carr lhe deu uma vez para dar ao guitarrista do Queen, Brian May?

“Não foi o removedor de frizz? (Risos)”

CORRETO.

“Não, eu não dei a ele – não achei que fosse ser apropriado! Foi um presente retórico! (Risos)”

Quais foram seus momentos favoritos à frente do Queen?

“Abrir o Oscar este ano foi uma viagem para todos nós. Eu moro em Los Angeles há 20 anos e é a maior noite da cidade. Por anos, eu passei pelo local e os vi montando o tapete vermelho – então, andar sobre ele de fato, abrir o show, olhar para o público e ver todas essas estrelas de cinema que eu amo dançando foi louco. O motivo foi o sucesso e as indicações para Bohemian Rhapsody, e foi emocionante fazer parte do Queen durante este capítulo porque o sucesso do filme revigorou o status deles na cultura pop – e eles não estavam se saindo muito mal antes disso! (Risos) O filme levou as coisas para outra estratosfera para nós e fazer parte da equipe em meio a toda essa empolgação foi legal.”

Alguma chance de um novo álbum do Queen?

“Todo mundo pergunta isso e, honestamente, não discutimos sobre isso – na verdade o assunto não surgiu”.

5: Quem disse que você matou sua carreira ao se assumir gay?

“Oh, Gene Simmons!”

CORRETO.

“Eu não falo com ele desde então. (Risos) Não há necessidade! Dez anos atrás, percebi que, se eu não for 100 por cento transparente sobre isso, isso vai me matar. Seria um fardo e tanto para carregar. Sinto uma forte convicção sobre o princípio das coisas e sabia que eu não poderia não ser sincero e aberto e verbal sobre quem e o que sou. Seria um desserviço aos fãs, à comunidade gay e a mim mesmo. Tive sorte de isso ter acontecido quando eu tinha 27 anos e já tinha vivido um pouco. O comentário dele sobre ‘Ah, ele matou sua carreira ao se assumir’, eu não achava que tinha outra opção. Eu estou assumido desde os 18 anos – eu não iria voltar atrás! (Risos) Felizmente, as coisas mudaram muito.”

Seu amigo Sam Smith recentemente se assumiu como não-binário e mudou seus pronomes para they/them. A reação que Sam enfrentou lembra como você foi tratado no início?

“É interessante, sim. Eu acho que é uma conversa totalmente nova e não é um tópico amplamente explorado. A mídia ama algo que parece novo e há dez anos – nos Estados Unidos de qualquer maneira – não havia muitas pessoas da música mainstream se identificando como gays, então era uma novidade, e acho que pode haver alguns paralelos aí. Em um nível pessoal, eu estou realmente feliz por Sam ter encontrado sua verdade e estar se sentindo liberto por ela.”

“Em algum momento, é preciso romper as barreiras e discutir questões trans ou não-binárias e tenho muito orgulho de Sam – ele está realmente fazendo uma coisa corajosa. Está na hora. Grande parte da reação negativa a isso ocorre porque as pessoas simplesmente não estão sendo empáticas.”

“Se você parar por um minuto e não fazer isso ser sobre você e se colocar no lugar da pessoa que está sendo comentada e tentar entender a experiência dela – apenas por um segundo -, perceberá que o que está sendo pedido é que você apenas seja um ser humano decente. As pessoas ficam na defensiva, dizendo: ‘Como você ousa me pedir para mudar a maneira como eu penso!’, e apenas um pouco de empatia ajudaria.”

O que você achou de Matty Healy desafiando as leis anti-gays de Dubai beijando um fã durante o show da The 1975 lá?

“Eu vi isso. Eu já o conheci antes também – ele foi muito legal. Eu acho isso corajoso! Eu definitivamente me deparei com coisas semelhantes. Quando foi anunciado que eu faria um show televisionado na véspera de Ano Novo em Cingapura em 2015, houve um protesto dizendo nós não gostamos do estilo de vida desse cara, o que ele representa, não é apropriado. Eu pensei: você ainda nem viu meu show e não sabe o que vou fazer. Se eu estiver em um programa de família na véspera de Ano Novo, garanto que será apropriado (Risos). E foi.”

6: Com quem você fez o dueto “I Got You Babe”?

“Cyndi Lauper – no Kennedy Center Honors no ano passado.”

CORRETO.

“Ela foi adorável. Eu fiz uma apresentação beneficente anos atrás em Nova Iorque com ela. Ela é uma figura – muito engraçada, realmente excêntrica.”

Você fez a Cher chorar quando cantou “Believe” no Kennedy Center Honors deste ano…

“Isso foi especial. Eu sou um grande fã da Cher – eu tive aquele álbum quando foi lançado. Eu tinha acabado de receber minha carteira de motorista e o ouvia bem alto no meu carro novo, então eu o associo à libertação e a ser adolescente e se sentir livre.”

Quem mais disse que gosta da sua voz que o deixou impressionado?

“Eu estava assistindo um musical em Nova Iorque e estava tomando um coquetel durante o intervalo. Patti LaBelle estava do outro lado do bar e fez contato visual e disse ‘eu te amo!’ para mim. Eu fui até ela, tipo ‘Você sabe quem eu sou?!’. Eu fiquei encantado – ela é uma lenda.”

7: Qual é o nome do grupo de garotas para o qual as drag queens estavam fazendo audição no episódio de RuPaul’s Drag Race: All Stars em que você apareceu?

“Oh Deus – eu não me lembro!”

ERRADO. Eram as Kitty Girls.

“Isso mesmo! (Risos) Meu banco de memórias está um pouco nebuloso! Eu tenho frequentado bares gay desde que eu tinha idade suficiente para beber e drag queens são fabulosas e hilárias. O que eu amo sobre Drag Race é que ele elevou a forma de arte e a tornou popular – e fez disso uma indústria real para essas pessoas performarem. Pode ser uma carreira real para uma drag queen de sucesso – eu não acho que esse tenha sido necessariamente o caso antes. Criou um espaço para a comunidade queer poder celebrar a si mesmos.”

Qual seria o seu nome de drag?

“Eu joguei aquele jogo em que você faz a combinação da sua primeira rua e primeiro animal de estimação. Então, eu sou Maggie Longfellow. (Risos) Meio que perfeito!”

8: De que o stripper está vestido no seu vídeo de “Another Lonely Night”?

“De que ele estava vestido? Ele estava apenas vestido como… um cara. Eu não acho que houve um tema!”

ERRADO. Ele aparece como bombeiro.

“Oh – não reparei nisso! (Risos) Só me lembro de um boné de beisebol ao contrário em um momento. Oh, bem – eu obviamente não estava olhando para o chapéu de bombeiro dele! (Risos)”

Já usou alguma boa fantasia de vestido chique?

“Há uma linha embaçada entre fantasias e moda neste ponto da minha vida – não sei dizer a diferença! (Risos) Eu vivo para o Halloween e levo isso a sério. Em um ano, eu fiz um lobisomem cafetão dos anos 70, em um traje de três peças. Eu adicionei cabelo em todos os lugares e tinha cabelos longos, orelhas pontudas, olhos amarelos e dentes.”

9: Qual comediante polêmica o convidou para cantar “Mad World” com ela em 2011?

“Kathy Griffin?”

CORRETO. No Los Angeles Equality Awards.

“Só me lembro vagamente disso acontecendo! Quando eu inicialmente disse não a ela! (Risos)”

O que você achou da reação que ela recebeu por sua foto de 2017 segurando uma cabeça de manequim decapitada de Trump?

“As pessoas exageraram. Ela estava fazendo arte satírica e política. Ela é uma artista e estava entrando em território arriscado e fazendo algo ousado – e as pessoas levaram isso um pouco fundo demais”.

10: Você já estrelou uma produção de ‘Debbie Does Dallas: The Musical”. Quem estrelou o filme original de Debbie Does Dallas, de 1978?

“(Rápido como um flash) Linda Lovelace!”

ERRADO. É a Bambi Woods.

“Ah droga! Oh – Linda Lovelace fez Garganta Profunda! (Risos) Eu não assisto muita pornografia direta! (Risos) Na verdade, é uma peça muito engraçada – uma paródia total com músicas extravagantes, que foi realmente um sucesso fora da Broadway. Infelizmente, essa produção não estava de acordo com aquele padrão – eles estavam tentando transformá-la em uma revista de topless. Então eles fizeram uma versão resumida e eu e a garota que interpretava o papel principal éramos os únicos talentos reais em teatro musical – o resto do elenco eram dançarinos de topless! Eles não eram atores ou cantores. Isso foi interessante. (Risos) Eles tentaram combinar dois tipos diferentes de entretenimento que eu não acho que se encaixaram bem. Eram principalmente despedidas de solteiro que iam nos ver. Eram caras que estavam lá para ver peitos – então eles não estavam prestando atenção no que eu estava fazendo! (Risos) Foi um trabalho difícil.”

O veredito: 7/10

“70 por cento! Nada mal! Considerando há quanto tempo estou na vida de rock n’ roll, é uma boa quantidade de células cerebrais que ainda me restam!”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fontes: Adam Lambert/Twitter e NME

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