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14set2019
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Review by The Atlanta Journal-Constitution do Show Queen + Adam Lambert em Atlanta (GA, EUA) – 22/08
Queen + Adam Lambert cativam Atlanta com show deslumbrante Para aqueles que passaram os últimos oito anos reclamando que o Queen liderado por Adam Lambert é uma banda cover glorificada, bem, supere isso.
Esta é uma parceria a ser celebrada porque funciona com perfeição, mas, mais importante, porque Freddie Mercury teria encontrado uma pessoa com o mesmo gosto no extremamente talentoso Lambert.
Na quinta-feira à noite, a turnê “Rhapsody” – assim chamada para se conectar não apenas a um dos hinos mais famosos da banda, mas também ao ressurgimento do Queen que resultou do sucesso mundial do filme “Bohemian Rhapsody” – visitou Atlanta na lotada “State Farm Arena”.
É a primeira vez que a encarnação da banda liderada por Lambert tocou na região, e sua terceira turnê juntos. Os mais de 12.000 fãs cumprimentaram Lambert fervorosamente, mas salvaram seus gritos mais altos para os membros originais do Queen, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor.
A etapa norte-americana de 25 datas termina sexta-feira em Charlotte – os lasers e lantejoulas serão ressuscitados no início de 2020 para uma volta pela Ásia, Nova Zelândia e Austrália – mas não tinha uma molécula de cansaço no palco, pois as três figuras-chave e o trio adicional de músicos brincaram durante duas horas com o diversificado catálogo do Queen.
Lambert, de 37 anos, trocou de roupa várias vezes durante o show, mas iniciou o espetáculo glam rock vestido em bordados dourados e babados pretos, colocando todo seu vocal operático na abertura com “Now I’m Here”. May, com seus característicos cabelos esvoaçantes cor cinza, mandou riffs afiados durante “Hammer To Fall”, a coisa mais ostensiva sobre ele, o brilho de sua camisa, enquanto Taylor, escondido atrás de sua bateria, sacudia sem esforço suas baquetas em “Keep Yourself Alive”.
Aos 72 e 70 anos, respectivamente, os dois homens continuam a se destacar. Taylor domina sua bateria com estilo, enquanto May lembrou suas proezas na guitarra durante um interlúdio musical delicado e de bom gosto no final do show que, fiel à forma Queen, seguiu ao rock “Tie Your Mother Down”.
Eles são os heróis de sua história contínua, mas parabéns a eles – e aos cosmos – por confiar no experimento com Lambert.
Lambert não só é uma alegria de assistir – seja pulando no piano para se abanar diante de uma deliciosa “Killer Queen” ou balançando os babados da camisa enquanto ele desliza pela passarela durante a cinética “Don’t Stop Me Now”, que ele cativa – mas ele também sabe qual é o seu lugar.
Não houve muita conversa durante o show, mas Lambert se dirigiu à plateia cedo para pedir aplausos para as “lendas do rock ‘n’ roll” que dividiam o palco com ele, chamou seu papel de “uma grande honra” e prestou homenagem ao “insubstituível” Mercury. “Eu farei o meu melhor para deixá-lo orgulhoso”, disse Lambert.
Ele não apenas produziu do ponto de vista teatral – a jornada de Lambert foi bem documentada durante sua temporada no “American Idol” há 10 (!) anos -, mas seus vocais por vezes eram de outro mundo. (Meu colega e especialista em “Idol”, Rodney Ho, se juntou a mim no show e tem algumas considerações adicionais sobre Lambert.)
A bateria resistente de Taylor levou a banda ao clímax em “Somebody To Love”, mas a voz de várias oitavas de Lambert pontuou a performance. Ele até injetou uma nova energia na desgastada “Another One Bites The Dust” com uma versão durona e uma dancinha do Gumby, e abraçou seu Elvis interior – enquanto exibia suas tatuagens que cobriam o braço todo sob um colete longo – durante “Crazy Little Thing Called Love”.
O palco reluzente apresentava assentos atrás dele – como caixas de teatro – uma tela de vídeo curvada pendurada nas vigas e outros painéis de vídeo que se separavam e se moviam, até inclinavam-se para frente durante “I Want It All”. Um show de luzes acompanhado pela maioria das músicas e lasers nas cores do arco-íris encobriram Lambert enquanto ele cantava a comovente “Who Wants To Live Forever”.
Embora o espírito de Mercury nunca será separado da música do Queen, a banda atual sabiamente incluiu sua presença em vídeo durante o show. Na última letra de uma versão deslumbrante de “Love Of My Life”, cantada por May, enquanto ele se sentava sozinho no final da passarela com seu violão, Mercury surgiu para cantar.
“Acho que ele ainda está aqui”, disse May, com uma pitada de melancolia.
O bis também prestou homenagem a um dos maiores vocalistas do rock, com sua chamada e resposta “Ay-oh”, a introdução para o final da obrigatória “We Will Rock You/We Are The Champions”.
Numerosos destaques surgiram do enérgico set – a batida constante e a diversão dos globos espelhados de “I Want To Break Free”, o drama doloroso de “The Show Must Go On”, o colete de franja prateado de Lambert e as calças justas que deixariam Cher com inveja – um testamento ao tesouro das joias musicais, bem como suas apresentações profissionais.
Queen + Adam Lambert estão usufruindo de uma clássica mostra de hits que são parte integrante da história do rock, mas, felizmente, com Lambert no comando, o legado do Queen continuará a permear o futuro.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Denise Scaglione
Fonte: The Atlanta Journal-Constitution
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