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09ago2019
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Review by 99.7 & AM 630 WPRO do Show Queen + Adam Lambert em Boston (MA, EUA) – 04/08
Queen, Adam Lambert trazem a majestade do rock and roll para o Xfinity Center Se alguém fosse apostar que, após a morte de Freddie Mercury em 1991, os membros restantes do Queen estariam vendendo 20 mil lugares nos shows quase 30 anos depois, as apostas certamente seriam “não”.
No entanto, com a ajuda do imensamente talentoso Adam Lambert e uma banda de apoio de primeira, Brian May e Roger Taylor fizeram um show sonoro e visual emocionante que deixaria Mercury orgulhoso.
May e Taylor mergulharam de volta ao mercado dos EUA e turnês pela primeira vez em 2005, em parceria com o vocalista da Bad Company, Paul Rodgers. Enquanto foi ótimo ouvir essas músicas clássicas ao vivo novamente, Rodgers, apesar de uma voz fenomenal, não era um ajuste perfeito. Quando se juntaram ao vocalista Adam Lambert para sua turnê nos Estados Unidos em 2014, eles estavam de volta à todo vapor, criando um setlist que ia desde os primeiros dias do Queen até o material posterior que Mercury nunca teve a oportunidade de apresentar ao vivo.
Impulsionada pelo grande sucesso do filme vencedor do Oscar de 2018, “Bohemian Rhapsody”, a turnê “Rhapsody” deste verão segue o mesmo modelo básico dos shows de 2014 – porém mais incrementado. Maior palco, efeitos maiores e guarda-roupa mais elaborado.
A produção intensificada é dinheiro bem gasto. Dispensando um ato de abertura, o show começa com uma abertura orquestrada de “Innuendo” em forma de gravação, antes da silhueta de May ser revelada tocando a introdução de “Now I’m Here” de 1974, seguida rapidamente por versões mais curtas de hits como “Keep Yourself Alive”, “Hammer To Fall”, e uma perfeitamente exagerada “Killer Queen”.
Em um ponto, Lambert se esforça para explicar que ele é um grande fã de Mercury e ele não está lá para “substituí-lo”. Isso não deveria ser explicado – sua atitude e presença de palco é completamente diferente da de Mercury, e seus fãs brilham enquanto ele homenageia as canções originais adicionando seus próprios floreios vocais – ele não tenta soar como um imitador de Mercury e isso é uma coisa boa.
Os hits continuaram aparecendo durante toda a noite – o público foi arrebatado pelas performances de primeira de “Don’t Stop Me Now”, a arrasadora “Somebody To Love”, e os vocais principais do baterista Roger Taylor em “I’m In Love With My Car”, que foi alvo de algumas piadas no filme “Bohemian Rhapsody”, mas ao vivo mantém seu status como uma música de rock esguia e mediana, onde Taylor pode mostrar suas impressionantes habilidades vocais, enquanto toca sua habitual bateria.
O grande sucesso “Another One Bites The Dust” seguiu, apresentando o baixo de Neil Fairclough, em turnê com o Queen no lugar do membro original aposentado John Deacon. A obscura “Machines (or Back To Humans)”, do “The Works” de 1984, veio como uma mudança bem-vinda, com visuais impressionantes e a aparição de Mercury como um robô mecânico acompanhado por seus vocais gravados.
Na sequência de um vocal impressionante de Lambert em “I Want It All”, uma seção descontraída do show serviu como um respiradouro, contando com um solo acústico de May apresentando “Love Of My Life” para uma multidão apreciativa que iluminou o Xfinity Center com suas 20.000 luzes de celulares erguidas. Foi um destaque emocionante da noite, completo por uma breve aparição de Mercury através do telão e “um pouco de magia” para cantar o último verso.
May seguiu com a vívida “’39”, antes de se juntar a Taylor e Lambert na frente do palco para “Doin’ Alright”, uma música pré-Queen gravada pela banda em seu primeiro álbum. As harmonias de três partes feitas por May, Taylor e Lambert foram um dos destaques de um show repleto de destaques.
Os hits continuaram chegando, com a banda tocando sem esforço “Crazy Little Thing Called Love”, Taylor e Lambert assumindo as partes de David Bowie e Mercury respectivamente em “Under Pressure”, “I Want To Break Free” e “Who Wants To Live Forever”.
O astrofísico May então conseguiu combinar duas de suas coisas favoritas – espaço e guitarra – em seu solo impressionante. Seu som permanece simplesmente excepcional. Graças a alguns efeitos visuais impressionantes e cenário elaborado, ele foi capaz de tocar seu solo enquanto montava um asteroide através dos céus.
A banda estava de volta para uma rápida demonstração de “Tie Your Mother Down” antes de mostrar mais proeza vocal e grandeza na guitarra em “Fat Bottomed Girls”. Uma resumida “Radio Ga Ga” seguiu, com a multidão imitando o vídeo e a famosa performance do “Live Aid”, batendo palmas junto, braços acima da cabeça, durante os refrões.
Essa música forneceu a maior prova do quanto a popularidade da banda se recuperou nos Estados Unidos – quando eles fizeram turnê pela primeira vez com Rodgers há quase 15 anos, as multidões americanas demoraram para entender isso. Em Mansfield, a multidão sabia que era sua deixa e se deixou levar.
Para o encerramento do set “Bohemian Rhapsody” incluiu alegremente a introdução de acapella para o primeiro tempo, com Lambert sem esforço misturando sua voz com a gravação clássica de 1975. É realmente algo para se ouvir, 20.000 pessoas cantando cada palavra junto com a banda – e May arrasou nas suas partes clássicas de solo.
Depois de uma sessão de chamada e resposta com um Mercury gravado de uma performance ao vivo de 1986, o bis com “We Will Rock You” e “We Are The Champions” mandou a multidão para casa feliz – muitos deles, incluindo este revisor, ainda um pouco descrentes de que a banda ainda poderia ser TÃO boa, tanto tempo depois que Mercury faleceu.
A voz excepcional e a presença de palco dominante de Lambert combinavam perfeitamente com o rock and roll bombástico do Queen. Graças a Deus eles ainda estão por aí para aqueles que desejam ouvir essa música ao vivo.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Créditos da Foto: @pengimay
Fonte: Rádio 99.7 & AM 630 WPRO
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