Review by The Oakland Press do Show Queen + Adam Lambert em Detroit (MI, EUA) – 27/07

Queen + Adam Lambert continuam a ser os “Campeões” na Little Caesars Arena

Apenas alguns meses antes de sua morte em 1991, Freddie Mercury declarou que “The Show Must Go On” [O show deve continuar]. Então é justo dizer que ele seria a última pessoa a ter um problema com o Queen passados 28 anos – principalmente pelo fato da banda estar se mantendo de forma exemplar pelos colegas Brian May e Roger Taylor com Adam Lambert.

O show da trupe na noite de sábado (27 de Julho) na Little Caesars Arena – sua terceira vez na área metropolitana desde 2014 e a primeira apresentação do Queen em Detroit desde 1982 – foi realmente um encanto. Esta tem sido a formação permanente da banda desde que Lambert cantou com May e Taylor durante sua participação na final do “American Idol” em 2009, o qual está cada vez melhor. E esta turnê de verão “The Rhapsody Tour” chega com a Queenmania em alta graças ao sucesso de bilheteria do filme biográfico “Bohemian Rhapsody” – foi o melhor show de verão ao lado do show de Bob Seger no DTE Energy Music Theatre, realizado no mês passado.

Queen + Adam Lambert tinham tudo preparado para seus fãs para agitar ao longo de 29 músicas em duas horas e 15 minutos. O set estava repleto de grandes sucessos e eles mergulharam o suficiente no catálogo do Queen, apresentado tanto versões completas quanto em forma de medleys – como o forte trio de “Seven Seas Of Rhyme”, “Keep Yourself Alive” e “Hammer To Fall”. A produção do Queen também arrasou no trabalho; havia muito menos adereços do que o show realizado em 2017 no Palace of Auburn Hills, com foco desta vez em efeitos visuais, tendo como tema um teatro Vitoriano nos telões (incluindo reais fãs em camarotes atrás do palco) e, mais na metade do show, lasers.

Então, houve a musicalidade, desde a bateria de Taylor até a investida de solos de guitarra fluidos e tonais de May. Mas a arma não tão secreta continua sendo Lambert, que consegue se entregar na performance e também tem esse senso teatral e consciente de respeitar o espírito de Mercury, enquanto mostra o seu próprio estilo. No sábado, isso permitiu que ele usasse todos os cinco trajes extravagantes durante o show (terminando com um manto real Eduardiano e uma coroa durante o bis), como também usar um look perfeito encima de uma motocicleta que emergiu do palco e foi até a extremidade da passarela em “Bicycle Race”.

Lambert – que entoou um “Feliz Aniversário” a Taylor, que havia completado 70 anos no dia anterior – prestou uma grande homenagem à companhia que ele tinha ao seu lado e à companhia que estava ausente, e abordou o “elefante rosa na sala”. “Não há como substituir o primeiro e único deus do rock”, disse ele sobre Mercury. “Eu sou um fã como todos vocês… Vamos juntos celebrar Freddie e o Queen!”. Mercury também fez algumas “aparições”: “fez um dueto” com May durante um solo acústico de “Love Of My Life”; na parte lírica do vídeo de “Bohemian Rhapsody”; e, através do telão, “liderou” a multidão em seu famoso “Ay-Oh!”, antes que o pessoal do Queen (incluindo três músicos adicionais) retornasse para um bis. “Ele ainda está conosco todos os dias“, disse May – que exibiu uma camiseta de Mercury no final do show.

Mas Queen + Adam Lambert fizeram suas próprias declarações durante toda a noite, das músicas favoritas emotivas e melodramáticas, como “In The Lap Of The Gods… Revisited”, “Somebody To Love”, “The Show Must Go On”, “I Want It All” e “I Want To Break Free” aos hinos de rock – “Now I’m Here”, “Tie Your Mother Down” (que saiu da versão solo de guitarra de May da “New World Symphony” de Dvorak), “Fat Bottomed Girls”, “Radio Ga Ga” e, claro, “We Will Rock You”/”We Are The Champions”. Lambert saltou através da animada “Don’t Stop Me Now”, enquanto ele, May e Taylor brincaram com “Crazy Little Thing Called Love” e “Under Pressure”, no final da passarela.

Entretanto, o momento mais emocionante da noite foi o dueto de May-Taylor em uma versão resumida de “Doin’ Allright” – uma alusão perfeita para o estado da banda em 2019. Na verdade, melhor que isso; eles ainda são os campeões, e não há razão para detê-los – nem agora, nem nunca.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: The Oakland Press

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