Review by Houston Press do Show Queen + Adam Lambert em Houston (TX, EUA) – 24/07

Queen + Adam Lambert (+ Freddie Mercury) é uma Fórmula Vencedora

A mais recente série de shows ao vivo do Queen com Adam Lambert nos vocais, A “The Rhapsody Tour”, fez sua parada em Houston, e já tinham tocado uma meia dúzia de músicas quando Lambert declarou o óbvio para uma multidão no Toyota Center.

“Vou dizer… eu vou abordar o elefante rosa na sala – eu não sou Freddie, porque não há como substituir o primeiro e único deus do rock, Freddie Mercury!” Lambert disse, parando graciosamente para permitir que os fãs do Queen em Houston homenageassem o falecido e lendário vocalista da banda.

Lambert disse que ele e o Queen se uniram há oito anos, atuando em todos os lugares para os fãs novos e antigos, incluindo os shows no Toyota Center em 2014 e 2017. A declaração de Lambert parece quase desnecessária a esta altura da união. Mas ele e os membros originais do Queen, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, estão navegando em novas águas nesta jornada. As primeiras turnês trouxeram uma mistura de fãs fiéis do Queen e “Glamberts”, seguidores do cantor americano e vice-campeão do American Idol. Os ingressos da “The Rhapsody Tour” estão sendo ‘roubados’ pelos fãs de Mercury, especialmente pelos novos seguidores que conheceram sua história através do filme biográfico premiado da banda, “Bohemian Rhapsody”, do ano passado. O filme arrecadou mais de um bilhão de dólares em todo o mundo. O filme arremessou a famosa música do Queen, “Bohemian Rhapsody”, de volta à parada da Billboard Hot 100, mais de 40 anos desde que esteve na parada pela primeira vez. Novas gerações inteiras de fãs do Queen surgiram nos cinemas, fascinados pela história de Mercury e pela música inconfundível da banda.

Essa música é a história do Queen, a que irá perdurar, e os fãs ouviram muita dela na noite passada, de músicas desconhecidas aos maiores sucessos, como “Crazy Little Thing Called Love” e “Radio Ga Ga” a preciosidades menos óbvias, como “’39”, do álbum “A Night At The Opera”. May mandou bem com um violão no final da passarela que generosamente alcançava a plateia para este número, que seguiu com sua versão de “Love Of My Life”. Essa música é destacada no filme e deu a May uma chance de conversar sobre seu velho amigo e colega de banda. Foi um momento não muito diferente daquele que Paul McCartney ofereceu a seus fãs em um show no Minute Maid há alguns anos atrás, onde ele apresentou “Something” em homenagem a George Harrison. A voz de May – que continua impecável depois de todas essas décadas – alcançou a Mercury e Mercury o alcançou de volta, através da sua imagem em uma sequência de vídeo.

Mercury apareceu várias vezes deste modo durante “Bohemian Rhapsody” e novamente para o público com o seu famoso “Ay-Oh”, que deu início ao bis. Mas sua imagem virtual era praticamente desnecessária. Seu espírito estava presente na sala em praticamente todas as músicas, particularmente em músicas como “I Want To Break Free” e “Who Wants To Live Forever”.

Fazendo sua parte, Lambert aprendeu a dividir o palco com esse espectro, o que é bem admirável. Eu admito que já me perguntei por que o Queen algum dia iria se apresentar ao vivo com alguém além de Mercury, mas a graça de Lambert frente a tal detração tem saído vencedora. E vê-lo entregar suas versões dessas músicas ao vivo foi divertido e impressionante. Ele foi todo teatral em músicas como “Killer Queen” (esparramado sobre o piano e piscando seus olhos a cada relance para um fã em seu campo de visão) e “Bicycle Race”. Ele nunca tentou incorporar Mercury, mas apenas apresentou as músicas a sua própria maneira com suas habilidades vocais notáveis. Minha esposa, sentada ao meu lado na seção 120, disse que provavelmente foi o seu show de rock clássico favorito, por causa da infusão de sangue jovem de Lambert nesses velhos tesouros. Eu concordei. A julgar pelos aplausos de pés estrondosos e as longas filas nas barracas de merchandising, a plateia lotada no Toyota Center também concordou.

May e Taylor se harmonizaram maravilhosamente como sempre na noite passada e, claro, os seguidores do Queen ficaram mais uma vez encantados pela maestria de May na guitarra. O palco do show era obviamente uma loucura, mas foi totalmente diferente para o momento de destaque de May na faixa instrumental “Last Horizon”. Os riffs que ele disparou eram combustível de avião que o impulsionou para o espaço. Ele ficou em cima de um meteoro e tocou entre os planetas como uma divindade adequada. O show contou com muitos momentos interativos. Houve uma cantoria no estilo karaokê em “Don’t Stop Me Now”, dança no estilo disco em “Another One Bites The Dust” e o familiar bater de palmas sobre a cabeça em “Radio Ga Ga”. Mas May como o centro do universo foi um momento para os fãs de música simplesmente colecionarem respeitosamente.

Preconceito pessoal: Na primavera de 1983, eu dava carona para alguns colegas estudantes da Marian Christian High School, para nosso humilde campus diariamente. Praticamente todas as manhãs, antes da aula de dicção da sra. Gagne ou dos estudos críticos de inglês da sra. Ball, eu torturava minhas caronas tocando “Bicycle Race” do Queen repetidamente.

Aquela música já tinha alguns anos de idade na época em que Kim, Karen, Tisha e Tish estavam se amontoando no meu Honda Civic marrom, mas por alguma razão eu apenas a descobri naquele ano e aquelas jovens mulheres resilientes suportaram a música que tocava repetidamente. Uma delas deve ter realmente amado (ou pelo menos o companheiro que amava) porque ela se casou comigo. Ela não disse nada para mim quando a banda tocou na noite passada (oferecida por um Lambert vestido de couro em uma Harley), mas apenas me deu um olhar fulminante que valeu a pena.

A Plateia: Sem nenhum pessimista presente, eles foram devotados a esta nova versão do Queen, como ficou evidente com seus diversos passos de dança interessantes e disposição, porém tentativas questionáveis ​​de cantar como o melhor vocalista de rock da história registrada. Eu assistiria tudo de novo com eles.

Observação Aleatória: Uma rara e gloriosa brisa fresca de verão passou por Houston ontem com o Queen. Se uma pausa na umidade sufocante e calor brutal não é símbolo do frescor que Lambert concede ao Queen em 2019, eu não sei o que é.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: Houston Press

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