Review by Variety do Show Queen + Adam Lambert em Los Angeles – 20/07

Review do Show: Queen e Adam Lambert desfrutam do sucesso de “Bohemian Rhapsody”

A última turnê aproveita ao máximo o que os fãs adoraram no filme: a música de sucesso e uma visão quase consagrada da vida de Freddie Mercury.

Mais ou menos na metade do show de Queen e Adam Lambert no sábado à noite no The Forum em Inglewood, o guitarrista Brian May subiu ao palco sozinho para apresentar alguns números. Ele começou reconhecendo que aquele dia marcava o 50° aniversário da primeira chegada do homem à lua, enquanto o telão atrás dele mostrava um replay em tempo real da missão Apollo 11.

“Esse é o dia no qual três garotos americanos incrivelmente corajosos alcançaram pela primeira vez o corpo celeste mais próximo no céu”, disse May, que também é um famoso astrofísico. “Lembram disso? Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins mudaram o curso da história”. May seguiu referenciando o paradoxo da dilatação do tempo de Albert Einstein, antes de iniciar a música do Queen “’39”.

Um artista retrô fazendo referência a um momento histórico: Chegamos ao topo da nostalgia da cultura pop. Mas quando se trata de desfrutar do frenesi da reinício, o Queen fez tudo certo. A banda conseguiu permanecer relevante com o passar dos anos, graças aos seus momentos ocasionais no espírito das épocas – como “Quanto Mais Idiota Melhor” em 1992 e os covers do Queen de Lambert em 2009.

E então, é claro, veio “Bohemian Rhapsody” em 2018, a biografia do Queen que garantiu a Rami Malek o Oscar por sua interpretação do falecido vocalista Freddie Mercury. O sucesso desse filme acendeu a faísca para a “The Rhapsody Tour” neste ano, mais uma vez escalando o ex-“American Idol” Lambert para assumir o papel de Mercury. De fato, a última turnê aproveita ao máximo o que os fãs adoraram no filme: a música de sucesso e uma visão quase consagrada da vida de Freddie Mercury.

Lambert, é claro, é rápido em se certificar de que os fãs saibam que ele não está tentando ser o cantor lendário, que morreu em 1991. “Eu vou falar sobre o grande elefante rosa na sala”, Lambert falou à plateia. “Eu não sou o Freddie Mercury. Porque só haverá um Freddie Mercury. Eu sou apenas como vocês, eu sou um grande fã também. E não há como substituir o inigualável Freddie Mercury. A única coisa pela qual estou aqui esta noite é para celebrar Freddie e carregar a tocha para Freddie. Espero que o esteja deixando orgulhoso”.

Como qualquer reinício de sucesso, o novo Queen ainda oferece algo para os fãs mais antigos, com May e o baterista Roger Taylor, enquanto também oferece Lambert, e um retorno à relevância graças ao filme, para audiências mais jovens.

May sabe que isso está dando certo, chamando Lambert de “presente de Deus” em um momento. Lambert retribuiu o elogio: “Toda vez que eu subo no palco com esses caras eu percebo que honra isto é. E o quão sortudo eu me sinto”.

Houve um uso frequente da imagem de Mercury, incluindo um momento emocionante quando May cantou “Love Of My Life” de Mercury até o fim da música, quando apareceu um vídeo de Mercury cantando o verso final enquanto May sorria e assistia. Queen também continua a apresentar “Bohemian Rhapsody” ao vivo mesclado, cantado em maior parte ao vivo mas com a parte “mamma mia” com a gravação do famoso vídeo da música.

A plateia, em sua maior parte mais velha, aparentemente gostou de todas as referências ao Queen com o qual eles cresceram. Mas Lambert ainda fez muita parte do show dele próprio, inserindo sua própria confiança e personalidade na mistura – desde lamber um microfone à trocas de roupas frequentes e excêntricas.

O setlist ofereceu a costumeira coleção de sucessos, com muitas músicas do filme devidamente entregues. Não houve surpresa no fim: Queen e Lambert encerraram o set inicial com “Bohemian Rhapsody”, enquanto “We Will Rock You” e “We Are The Champions” serviram como bis.

Não foi uma coisa de fazer tremer a terra, mas reinícios raramente são. O que eles devem fazer é dar a audiência algo que eles ou estão animados por ver outra vez, ou curiosos para ver pela primeira vez. Para meu filho de 9 anos, recentemente obcecado pelo Queen graças a “Bohemian Rhapsody”, foi um primeiro show perfeito para ele. Para os frequentadores de shows mais velhos a nossa volta, foi uma chance de saltar na máquina do tempo e recapturar um pouco de alegria, todos esses anos depois.

Ou como o astrofísico Brian May pode sugerir, outra forma de praticar a teoria da relatividade especial de Einstein.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fontes: @franklinavenue e Variety

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *