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27jul2019
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Review by Dallas Voice do Show Queen + Adam Lambert em Dallas (TX, EUA) – 23/07
Review do Show: Queen NO ACC “Vamos abordar o elefante rosa na sala”, Adam Lambert exortou a plateia no American Airlines Center esta noite, reunida para ver o finalista do American Idol e o falecido vocalista da banda Queen. “Eu não sou Freddie; ninguém poderia ser”, disse Lambert, referindo-se ao falecido vocalista (e tema do filme biográfico vencedor do Oscar do ano passado, “Bohemian Rhapsody”). Em vez disso, ele disse que nós estaríamos, coletivamente, celebrando Freddie Mercury e Queen juntos.
E por mais de duas horas, foi o que aconteceu da melhor forma possível.
O Queen foi uma das primeiras bandas de rock de arena, cuja teatralidade e extravagância ajudaram a definir a música (e a cultura) dos anos 70. Mas não havia uma música na programação que eu pudesse dizer que foi gravada depois dos anos 80 – o Queen era ótimo, e é ótimo, não como artistas nostálgicos (apesar da presença dos membros originais Brian May e Roger Taylor), mas pelo som que transcende gerações. Essas coisas simplesmente não envelhecem.
Lambert está na frente do Queen há oito anos, e é verdade – ele não é Mercury… mas ele é Adam Lambert, um poderoso cantor. O concerto poderia parecer um pouco como uma banda de covers, apenas recriando padrões antigos, mas é mais emocionante do que isso. Lambert gira (em “Don’t Stop Me Now”), geme (em “Another One Bite The Dust”) e dramatiza (em “Somebody To Love”), mas ele não está fazendo o Freddie – ele está fazendo a si mesmo, o produto de um cenário musical para o qual o Queen era inevitável. Quando ele se veste com um traje de couro cravejado (uma das pelo menos cinco mudanças que eu contei), sua versão de um homem vestindo couro é menos Distrito de Castro e mais Greenwich Village [ver nota]. Todos nós temos um pouco de Freddie em nós, e Lambert deixa seu brilho transpassar.
Novamente, May e Taylor não precisam imitar ninguém – eles já são um dos maiores guitarristas de todos os tempos e um sólido baterista de rock. Taylor assume os vocais de Bowie em “Under Pressure”, e May também recebe o tratamento real, com uma introdução especial, muitos solos de guitarra entre as duas dúzias ou mais de números e até mesmo um solo. Quando May mencionou o quanto a banda sempre gostou de Dallas; como a cidade tinha sido, na verdade, uma inspiração, talvez tenha soado como um exagero de show de rock… Quando a banda tocou “Fat Bottomed Girls” e as cheerlarders do Dallas Cowboys se juntaram a eles, você soube que May não estava brincando quando prestou homenagem por ter sido inspirado pela reputação “acima dos padrões” do Texas.
A interpretação do Queen de “Who Wants To Live Forever” se tornou em uma triste angústia, em decorrência dos últimos dias de Mercury (que faz várias aparições através da tecnologia de vídeo (o visual é luxuoso e lembra um teatro de ópera, com recriações de capas originais dos álbuns, e até filmes como “Metrópolis” – foi maravilhoso), passando por “Radio Ga Ga”, a já esperada “Bohemian Rhapsody” e o previsível bis (“We Will Rock You / We Are The Champions”), provou que o Queen, quase 50 anos depois, ainda pode arrebatar bandas menores.
NOTA: O Distrito de Castro, em Eureka Valley, é um sinônimo de cultura gay. Os amantes da vida noturna muitas vezes se espalham pelas calçadas dos numerosos bares como a Twin Peaks Tavern, que tem janelas do chão ao teto que foram revolucionárias quando o bar foi aberto em 1972. O Greenwich Village foi o epicentro do movimento de contracultura da cidade na década de 1960. As ruas arborizadas agora se transformaram em um centro de famosos cafés, bares e restaurantes. Clubes de jazz e teatros off-Broadway também podem ser encontrados entre os antigos prédios e os edifícios da Universidade de Nova Iorque. No centro do bairro está o Washington Square Park, onde as pessoas se misturam ao redor da praça central. Bandeiras de arco-íris atestam a atmosfera amigável do bairro ao movimento LGBT.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Denise Scaglione
Fonte: Dallas Voice
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