Review by LA Weekly do Show Queen + Adam Lambert em Los Angeles – 20/07

O show continua para Queen + Adam Lambert

“Deixe-me abordar o grande elefante rosa na sala”, disse Adam Lambert durante sua primeira conversa entre as músicas no meio da plateia no The Forum em Inglewood no sábado à noite. “Eu não sou Freddie Mercury.”

Não havia uma alma na arena que não sabia disso, mas ainda assim, Lambert foi muito aplaudido. Já com oito anos de carreira como vocalista da banda mais icônica de rock & roll, deve ser cansativo justificar sua presença noite após noite. Mas isto só mostra a sua humildade e honestidade em abordar o assunto desde o início do show. Porque Lambert sabe como as coisas funcionam. A banda disse que as chances de novos materiais desta formação “Queen + Adam Lambert” são remotas, porque as pessoas só querem ouvir as coisas antigas.

Claro que eles já tentaram isso antes. Queen com Paul Rodgers da Free/Bad Company lançou o “The Cosmos Rocks” em 2008 (mais o álbum ao vivo “Return Of The Champions” em 2005), e as pessoas não manifestaram qualquer interesse. A propósito, o experimento Queen + Paul Rodgers é considerado praticamente um fracasso por causa do estilo blues-rock de Rodgers, mas essa opinião ignora alguns shows ao vivo espetaculares.

Mas Lambert, que tem uma carreira solo de sucesso que lhe permite esticar suas asas criativas, parece contente em cantar as velhas canções com o Queen. No que lhe diz respeito, ele está prestando homenagem a essa banda e ao seu cantor incomparável. “Só há um Freddie Mercury”, Lambert grita, e recebe mais aplausos histéricos.

Dito isto, Lambert faz um trabalho fenomenal. Uma leitura rápida nos setlists de shows anteriores nesta “The Rhapsody Tour” revela que há poucas lacunas. Eles têm essa coisa ensaiada até o ponto da perfeição. E essa atenção aos detalhes permite uma experiência teatral espetacular. Há lasers (tantos lasers) e uma grande bola de discoteca, algumas criativas utilizações nos telões atrás deles, e uma motocicleta para Lambert se esparramar durante “Bicycle Race” (não exatamente ao pé da letra com base nos versos, mas próximo o suficiente – pois é difícil se esparramar em uma bicicleta).

O cantor se diverte muito durante “Killer Queen”, abanando-se e fazendo beicinho com elegância, enunciando cada palavra com um prazer explícito. Cada música favorita da plateia, incluindo a abertura “Now I’m Here”, bem como “Seven Seas Of Rhye”, “Don’t Stop Me Now”, “Somebody To Love” e “Radio Ga Ga”, é tratada com a reverência que merece por Lambert.

Enquanto isso, Brian May e Roger Taylor absorvem cada pedacinho do carinho que lhes foi dado por essa plateia em L.A. Eles também soam revigorados, pois aproveitam a oportunidade para mergulharem um pouco no brilho pós filme biográfico. Taylor pega no microfone para cantar “I’m in Love with My Car” (um grande roqueiro que deu uma sacudida naquele filme “Bohemian Rhapsody”) e, mais tarde, as partes de Bowie em “Under Pressure”. May canta “Love Of My Life”, equipado apenas com um violão, e duetos com Mercury no telão – um dos momentos mais emocionantes da noite.

Outros destaques incluem May vestido como uma espécie de robô espacial, aparentemente de pé em um asteróide para seu solo de “Last Horizon”, enquanto os planetas giram em torno dele. Há algumas músicas mais desconhecidas magníficas – particularmente “In The Lap Of Gods” da obra-prima do álbum “Sheer Heart Atack”, “Dragon Attack” do álbum “The Game” de 1980 e “Machines (Back to Humans)” do “The Works” de 1984.

Mercury está de volta às telas para sua famosa interação com o público de “Ay Oh”, antes do bis duplo com “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.

E com isso, é o fim. A banda se curva e sai do palco, e a plateia se mistura, a adrenalina desperta. Da próxima vez que o Queen tocar, nós ainda estaremos falando do Freddie Mercury – esta é a realidade. Esta versão da banda me agrada e presta a homenagem da maneira mais justa possível – dando a plateia o que querem de maneira espetacular, todas as noites.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: LA Weekly

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One Comment

  1. Deveriam parar de comparar Adam Lambert com Freddie Mercury! Freddie foi um compositor fenomenal! Um showman e vocalista incrível! Não haveraá outro Freddie! Claro,quem não sabe! Mas, também não haverá outro Adam lambert! Sou fã do Freddie, e nunca aceitei a idéia de alguém o substituir no vocal do Queen! Até o Adam aparecer! Na minha opinião,ele é tão fenomenal quanto o Freddie,como showman e vocalista! E ,ao vivo a voz do Adam é perfeita e o seu alcance vocal é espetacular! Ele nasceu para cantar ,interpretar,as músicas do Freddie,as músicas do Queen! E ,para mim, a banda está perfeita,tocando como nunca! Com muita energia! Sou fã do Queen desde os anos 70,mas ver o Queen atual,com o Adam, é um show de outro mundo!

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