Review by Vancouver Weekly do Show Queen + Adam Lambert em Vancouver (Canadá) – 10/07

Queen + Adam Lambert brilham enquanto Mercúrio está em Retrocesso

A Rhapsody Tour de Queen + Adam Lambert começou nesta noite de quarta-feira, com um palco repleto de fumaça inspirado no Rococó na Rogers Arena. Foi um ataque absoluto de hits monumentais, do baixo sensacional de “Another One Bites The Dust” à absurda movida a motor “I’m In Love With My Car” do Roger Taylor.

Essa é a primeira de 41 datas da turnê mundial que vai até Fevereiro de 2020. A turnê foi anunciada após o sucesso de bilheteira da biografia vencedora do Oscar “Bohemian Rhapsody”. O filme, que foca no lendário vocalista da banda Freddie Mercury e sua ascensão ao estrelato, provou que há um apetite voraz aos hinos clássicos atemporais; mesmo que lantejoulas e strass substituam a joia da coroa do Queen.

“Eu gostaria de me dirigir ao elefante no salão”, disse Lambert após uma versão abreviada de “Killer Queen” no início do show. “Eu não sou o Freddie Mercury”, professou Lambert antes de explicar a premissa da noite, “Vocês podem me fazer uma promessa? Vocês e eu podemos celebrar Freddie Mercury juntos?” A plateia rugiu com o desafio e Lambert partiu para uma imitação sólida do Mr. Fahrenheit em “Don’t Stop Me Now”.

Lambert não é novo na cena do Queen. O vice-campeão do American Idol tem cantado as baladas em turnê com a banda desde 2014. Com os membros originais Brian May e Roger Taylor, Lambert é evidentemente uma adição vencedora, ajudando a esgotar a primeira parte de shows norte-americanos, com a promessa de um golpe nostálgico combinado com o glam da nova era.

Os fãs digeriram a confiança pretensiosa de Lambert. Ele passou a maior parte da performance desfilando no palco em vários looks de realeza; de um colete com ornamentos em prata à uma jaqueta vermelha decorada em dourado, completa com uma atrevida coroa em cima de sua cabeça para encerrar o combo final do show cheio de confetes com “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.

De jogar uma piscadela e um beijo para a multidão ao salto alto espetacular de lantejoulas na garupa de uma Harley-Davidson durante “Bicycle [Race]”, Lambert é um artista nato. Há uma energia inegável que ele traz ao palco e é combinada com um alcance vocal que dá vida a um catálogo de músicas em sua maioria mais velhas que o próprio Lambert.

Brian May e sua guitarra Red Special tocaram uma série de solos icônicos e arrasaram nos riffs pesados em sucessos como “Fat Bottomed Girls”, “Tie Your Mother Down” e “Hammer To Fall”. O bom doutor de astrofísica até presenteou a plateia com uma viagem pelas estrelas, tocando um contínuo solo etéreo enquanto era erguido acima do palco, aparentemente pairando entre projeções de planetas e galáxias.

Apesar de um som levemente turvo na arena e ocasionais conversas inoportunas, não houve um momento tedioso. Lambert entrega uma performance sólida enquanto May e Taylor garantem que o legado do Queen reine pelas próximas gerações. Com a pomposidade e ostentação associadas a história real da banda, você não pode evitar apreciar a ironia de que o início da turnê coincide com apenas alguns dias após o retrocesso de Mercúrio. Sendo isso uma brincadeira celestial ou um olho cego cósmico, Freddie, de todas as pessoas, sabe que “The Show Must Go On” [O Show Deve Continuar].

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Vancouver Weekly

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *