Tradução da Entrevista de Adam Lambert na Ajouré MEN Magazine – Julho/2019

Já havíamos publicado aqui anteriormente que Adam tinha sido entrevistado pela Ajouré MEN Magazine, agora, confira a tradução desta entrevista:

O superstar e seu novo álbum, “Velvet”

Dez anos atrás, sua carreira começou no American Idol e desde então as coisas ficaram melhores e melhores para ele. Apenas algumas celebridades que conhecemos nos últimos dois anos foram tão legais e carismáticas quanto ele. Ele adora trabalhar e parece que nunca está satisfeito com o que está fazendo. Agora seu novo álbum “Velvet” será lançado em breve com seu novo single “New Eyes” já no ar e ele ainda está em turnê com o Queen por todo o mundo. Como ele gerencia tudo isso, que paralelos existem entre ele e Freddie Mercury e por quê um “faraó” está morando em sua casa, você descobrirá nesta engraçada entrevista com Adam Lambert.

Entre 2009, quando você se tornou o vice-campeão do American Idol, e hoje, 10 anos depois, você alcançou inúmeros objetivos. Primeiras posições em paradas de sucesso, milhões de álbuns vendidos, turnês mundiais com as lendas do rock do Queen, que foi chamada de “Majestosa” pela Rolling Stone e assim por diante. Como você se sente quando acorda de manhã?

– Para ser honesto? Estou pensando sobre o que devo fazer a seguir? (risos) Eu sou uma daquelas pessoas que nunca estão satisfeitas. Eu acho que é uma coisa boa, mas pode ser uma maldição também. Por um lado, isso me motiva, mas, por outro lado, me impede de aproveitar as coisas que realizei até agora. Mas eu preciso desse cabo de guerra! (risos) Nos últimos 4 anos, eu sempre tive algum tempo de folga, o que foi muito importante para mim. Eu estava em turnê com o Queen, mas eu ainda podia recarregar minhas baterias. Depois do meu último álbum e da turnê, eu precisei de algum tempo para encontrar novas inspirações e novos ideais.

Tudo que você faz é amado por todos. Cantar, se apresentar, atuar – você é Multi Talentoso. Depois de todos esses elogios nos últimos anos, você ainda está nervoso com o lançamento este ano do seu novo álbum “Velvet”?

– CEM POR CENTO! Estou extremamente nervoso com o lançamento do “Velvet”. Ao mesmo tempo, não estou, sinto que o peso está sendo tirado de mim. O álbum é muito bom e é 100% eu. Eu estava sentado no banco do motorista e fui capaz de tomar todas as decisões importantes sobre isso. Eu trabalhei em todas as músicas com outros compositores e parece que encontrei uma linha que mostra a mim, Adam. Estou muito orgulhoso dos meus últimos álbuns, mas o “Velvet” parece diferente e novo, e estou muito ansioso por isso.

Como você diria que sua música mudou de seus álbuns anteriores para o seu novo álbum “Velvet”?

– Eu acho que “Velvet” é completamente contemporâneo. Não é sobre seguir uma tendência. É o oposto, é a música que eu ouvia quando estava crescendo. No álbum há uma influência perceptível que recebi da coleção de vinis dos meus pais – música dos anos 70 e 80. Nos últimos anos, eu ouvia música alternativa mais do que o Top 40. Isso basicamente abriu um pouco meus ouvidos e me influenciou para essas direções. A música pop sempre soa igual e sempre começa da mesma forma. Eu queria criar algo novo e acho que consegui fazer isso. Eu queria criar um álbum com valor real, independentemente dos streams ou vendas. O que importa é se eu gosto ou não. E eu amo isso.

Na minha opinião, o problema com a indústria musical atual é que somos empurrados para um gênero em que nem queremos trabalhar. Eu falo com muitos outros músicos e todos eles dizem que eles fazem música porque adoram e não por causa das posições dos gráficos. Eles amam suas músicas e é disso que se trata. É mais fácil do que pensamos e resumindo: é por isso que voltei às raízes do porquê eu queria me tornar um músico e entrar na indústria da música.

Você escreveu todas as letras sozinho ou não é possível por causa do tempo?

– Tudo é uma colaboração. Há muitas pessoas trabalhando comigo e todas as músicas foram escritas por algumas pessoas. Letras e ideais foram jogadas de um para o outro, elas foram alteradas e otimizadas. Assim que tudo encaixou, a música ficou pronta rapidamente.

Qual música é sua favorita no álbum?

– Todas elas são completamente diferentes. Não sei dizer qual é a minha favorita. Eu gosto de “Superpower”, que é uma música muito forte, te dando força quando você está em uma situação em que você não está confortável ou feliz. E é isso que a música vai fazer você sentir, ela vai te dar o “Superpoder” e controle de volta para encontrar sua mágica novamente. Eu acho que isso pode significar muitas coisas. Depende de quem você é. Eu gosto do espírito rebelde que “Superpower” tem.

Você está incrivelmente ocupado. Performances, mentor convidado no American Idol, turnê com o Queen de Julho a Agosto, dublador em “Playmobil: The Movie”. Como você conseguiu trabalhar em um álbum entre tudo isso?

– Demorou alguns anos. O filme “Playmobil: The Movie” foi gravado há algum tempo e eu tenho trabalhado neste álbum nos últimos quatro anos. Tudo é um processo e não acontece de uma só vez. Caso contrário, teria sido difícil de lidar.

Você é fã do Freddie Mercury. Você vê algum paralelo entre a vida dele e a sua?

– Sim, eu realmente vejo alguns. O mais óbvio é que eu sou um músico homossexual. Freddie viveu em uma época em que você não podia falar publicamente sobre sua sexualidade. Isso não existia naquela época. Às vezes me pergunto como ele seria hoje, como se comportaria, se ainda estivesse vivo. Seria um livro aberto? Algo me diz que ele seria. Seu comportamento durante esses momentos de mudança seria normal? Olhe para Elton John. Ele foi muito fechado naquela época e está extremamente aberto hoje. Ele é um ícone que está confortável em sua própria pele. Então, sim, acho que há alguns paralelos entre ele e eu. Ele adorava ser teatral, ele adorava ser exagerado – com sua música, mas também com todo o resto. Por um lado, anda de mãos dadas com a sua sexualidade, mas, por outro, é algo completamente diferente. Eu cresci fazendo teatro. Eu adorava me fantasiar e também sou um pouco exagerado.

Você estava inseguro no início de sua carreira sobre o público aceitar você do jeito que é?

– Quando me mudei para LA depois da escola, fiz teatro. O mundo do teatro era normal para mim, meu mundo, tudo que eu conhecia, e por um tempo eu pensei que seria o caminho que eu seguiria para o resto da minha vida. A comunidade de teatro é muito diversificada porque muitas pessoas diferentes trabalham nela e é por isso que eu me encaixo perfeitamente. Isso não me fez trabalhar na indústria da música, mas quando eu tinha 25 anos, pensei em experimentar esse caminho também. Eu me senti mais atraído pela música e acho que a busca por minha própria identidade também foi uma razão para isso.

Acho que percebi que a vida no teatro é controlada. Há um diretor que lhe diz o que fazer, o que vestir, o que dizer e o que cantar. Você não decide nada sozinho, porque é assim que funciona. Especialmente quando você trabalha em um show que é muito popular. Depois de um tempo, parecia errado porque eu queria fazer o que eu queria, queria fazer minhas próprias ideias se tornarem realidade. Eu acho que essa autorrealização foi o que me levou para longe do teatro e para a indústria da música.

Qual foi a melhor coisa nos seus 10 anos de carreira?

– Eu acho que o American Idol foi inacreditável porque deu início à minha carreira. Mas também há o Queen, que mudou minha vida, minha carreira e meu estilo de vida. Eles me fazem viajar pelo mundo e eu conheci ícones que eu não conheceria de outra forma, e todos me ensinaram muitas coisas.

Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

– (silêncio) Isso é uma boa pergunta. (silêncio) Essa é uma pergunta muito difícil. (risos) Essa é uma pergunta muito boa (toda a equipe ri) Espere, eu sei! Eu tenho um cachorro há pouco mais de um ano, o que significa muito para mim. Minha família costumava ter um cachorro quando eu era mais jovem, mas hoje sou adulto e queria meu próprio cachorro. Então eu tenho um mestiço Chihuahua-Basenji que pesa cerca de 15 quilos. Ele adora ser abraçado. Por outro lado, ele é um cão muito orgulhoso. Quando ele suspeita de perigo, a parte Basenji nele, que se originou na África, aflora. Ele então age como um caçador orgulhoso. Mas ele é muito gentil. Em um momento ele fica lá como uma princesa, no momento seguinte ele age como um soldado. É muito engraçado. É por isso que eu o chamei de Pharaoh, como um rei do Egito, porque é assim que ele se parece quando está sentado.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @AdamLambNation e Adam Lambert Nation

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