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01Maio2019
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Ultimate Classic Rock: The Show Must Go On: A Trajetória de Queen + Adam Lambert
The Show Must Go On: A Trajetória de Queen + Adam Lambert Adam Lambert tinha 27 anos quando se apresentou com seus heróis, Brian May e Roger Taylor do Queen, ao vivo na TV.
Ele é fã da banda desde que os descobriu na adolescência, enquanto lidava com sua sexualidade e via o falecido cantor, Freddie Mercury, como um ícone não apenas de autoidentidade, mas também de performance.
Quando o que se esperava ser apenas uma aparição em um show de talentos pareceu acender uma nova faísca em May e Taylor; era apenas uma questão de tempo até que o trio aparecesse novamente. E de novo. E de novo. Uma década depois, Queen + Adam Lambert é uma das bandas em turnê mais rentáveis do mundo, sempre garantindo que haja um lugar no palco para a música de Mercury.
Em 2009, Lambert fez o teste para a oitava temporada do American Idol cantando “Bohemian Rhapsody” – e, em um momento sem-noção épico, recebeu críticas dos jurados por ser excessivamente teatral. Aos 27 anos, ele já tinha experiência no teatro musical, o que o colocou perfeitamente no mundo de Freddie Mercury.
Com o passar do tempo, May começou a receber mais e mais mensagens de amigos dizendo que deveria dar uma olhada em Lambert. O Queen estava adormecido desde que a parceria com Paul Rodgers terminara, então May assistiu alguns clipes de Lambert no YouTube.
“Era evidente que ele era algo completamente fora do comum”, escreveu May em 2017 no livro Queen in 3-D. “Então recebemos uma ligação, Roger e eu, nos convidando a vir tocar em Los Angeles no American Idol, com os dois finalistas, um dos quais era Adam. Ambos eram bons cantores e ambos tiveram uma boa presença no palco, e foi fácil interagir com eles. Mas era realmente óbvio que já havia uma química entre nós e Adam. Aconteceu muito naturalmente e nos fez sorrir. A reação do público foi enorme, e então eu acho que a partir daquele momento a ideia de trabalharmos com Adam foi semeada em nossos cérebros”.
Nada surgiu da ideia imediatamente, já que o contrato de Lambert com o programa de TV incluía a exigência de lançar um disco se o Idol quisesse – o que ele quis, mesmo que Adam tenha ficado em segundo lugar. Mas quando começou sua carreira solo, ele continuou mostrando flashes do estilo de Mercury. Ele foi criticado por ter exibido “agressividade sexual” em uma performance no American Music Awards, durante o qual ele beijou seu baixista e colocou seus quadris no rosto de um dançarino.
“Artistas do sexo feminino fazem isso há anos – desafiar as barreiras da sexualidade – e no minuto em que um homem faz isso, todo mundo enlouquece”, disse ele mais tarde. “Estamos em 2009 – é hora de assumir riscos, ser um pouco mais corajosos, hora de abrir os olhos das pessoas… e se as ofende, então talvez eu não seja para elas. Meu objetivo não era irritar as pessoas, mas promover a liberdade de expressão e a liberdade artística”.
Em 2011, Lambert se juntou a May e Taylor para uma aparição no show da MTV Europe Awards em Belfast. May lembrou que os artistas já haviam sido agendados antes de considerarem tocar juntos.
“Nós todos pensamos que seria divertido aparecer juntos, apenas para ver o que acontecia”, disse ele. “Então nós fizemos alguns dias de ensaio e depois, totalmente ao vivo, como sempre fazemos, na TV britânica, nós tocamos ‘The Show Must Go On’, ‘We Rock You’ e ‘We Are The Champions.’ A resposta foi estupenda. Foi praticamente por unanimidade, ‘Isso funciona’. Então, imediatamente começamos a pensar: ‘Vamos tentar alguns shows, só para ver o que acontece’.”
Falando em uma entrevista de TV após o show, Taylor disse que a voz de Lambert era “uma em cem milhões”, enquanto Lambert notou que Mercury e Queen o inspiraram “no dia-a-dia”. “Freddie e eu temos muitas outras coisas em comum”, acrescentou. “Acho que isso é algo que fala de uma grande progressão que está acontecendo em nossa sociedade. Estamos avançando e podemos ser honestos e abertos sobre quem somos.”
Em 2012, após meses de especulação, o título “Queen + Adam Lambert” fez sua primeira aparição oficial. “A intenção é homenagear Freddie e a banda cantando ótimas músicas”, disse o cantor ao Daily Star. “É para manter a música viva para os fãs e dar-lhes uma energia de que Freddie teria orgulho.”
A breve turnê foi originalmente composta por quatro festivais, o primeiro com Elton John na Ucrânia; mas quando o festival Sonisphere do Reino Unido foi cancelado, foram criados três shows em Londres para substituí-lo. Olhando para trás, para o caminho entre o American Idol e seus primeiros shows com o Queen, Lambert disse ao Huffington Post: “Eu não fiquei intimidado, apenas estupefato. …Brian e eu tivemos uma interação adorável, ele é um cara legal, depois cantamos ‘We Are The Champions’ e conversamos sobre fazer algo no futuro. …Algo precisava acontecer.”
Os críticos foram, talvez previsivelmente, indelicados. “É tão ruim quanto temíamos”, disse Antiquiet, dizendo que o show de Kiev produziu “resultados terríveis”. O crítico do Telegraph disse que o show em Londres foi “um dos mais estranhos que já vi” e observou: “Para ser justo, Queen sempre foi uma banda peculiar”, antes de admitir que Lambert fez uma performance que os fãs gostaram.
Em 2013, Lambert, May e Taylor se reuniram para um pequeno set no iHeartRadio Music Festival em Las Vegas – sua primeira aparição nos EUA e uma que foi geralmente bem recebida.
“[Lambert] traz sua própria abordagem e ele tem essa incrível variedade, um tom ginástico e bonito e ele realmente se encaixa muito bem com nosso material”, Taylor disse à Rolling Stone nos bastidores. “Ele tem todos os elementos – ele tem a paixão, ele tem o humor, um pouco de extravagância”, acrescentou May. “E quando é pra valer, ele tem o poder. É incrível.”
Em 2014, May e Taylor finalmente deixaram Lambert solto, abandonando os vários momentos em que eles mesmos assumiam os vocais. Antes de sua turnê norte-americana de 19 shows, Lambert disse que a ideia de estar na frente o show todo era “lindamente surreal”.
“Estou completamente impressionado com o fenômeno Queen”, disse ele. “Eu sei que essa turnê será um grande marco para mim, e com o apoio de Brian, Roger e o resto da banda, eu sinto que a mágica estará lá.” May disse que sua intenção era “balançar essas belas arenas mais uma vez.” Mas a banda ainda não tinha terminado.
Como resultado da resposta do público, a turnê foi estendida para todo o mundo e chegou ao ano seguinte. Arrecadou cerca de US$ 70 milhões e foi listada como a 35ª maior bilheteria de turnê de 2014 e a 46ª maior em 2015. Outras aparições incluíram um convite para o show de talentos da TV britânica The X Factor e um concerto de Ano Novo em Londres. Os ingressos para o Rock in Rio em Setembro de 2015 esgotaram em três horas.
Em 2016, a banda anunciou uma série de aparições de alto perfil – Rock in Rio Lisboa, Suécia Rock, Isle of Wight Festival e o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Cingapura – que se transformou em uma turnê mundial de 22 datas. Naquela época, Lambert ficou feliz em relembrar seus sentimentos quando a jornada começou.
“Freddie era inacreditável – ele é mítico”, disse ele. “Isso era parte de eu estar tão intimidado no começo… eu estava tipo, ‘Ugh, eu vou ser comparado… Como eu abordo isso?’ Brian e Roger foram tão receptivos e abertos comigo em trabalhar juntos, e essa é uma grande razão pela qual isso foi tão bem-sucedido”.
Em 2017 e 2018, sua turnê mundial começou na América do Norte e teve 69 datas, seguida por uma residência de 10 datas em Las Vegas, intitulada “Joias da Coroa”. As atividades do ano renderam cerca de US$ 60 milhões e as vendas de ingressos atingiram aproximadamente 94% da capacidade.
Durante a noite de abertura da passagem por Las Vegas, Lambert disse à plateia: “Alguns de vocês podem estar dizendo: ‘Isso é ótimo, mas ele não é Freddie’. Não me diga! Só pode haver um. …Vocês amam Freddie? Vocês sentem falta do Freddie? Eu também. Eu sou exatamente o mesmo que vocês. Eu também sou fã.”
Naquele ano, ele admitiu que não esperava que a colaboração com o Queen continuasse por tanto tempo, dizendo ao Guardian que era “o presente sem fim”.
“Eu descobri como fazer essas músicas funcionarem para mim”, disse ele. “Eu não estou fazendo um papel, estou interpretando-as do meu ponto de vista e muito do que Freddie estava explorando é algo que eu estou explorando. …Eu não entrei nisso para ser um modelo, mas depois, lentamente, percebi que era uma responsabilidade que eu queria. Há muito bem que pode vir de ser um líder e ser aberto”.
Em 2019, Queen + Adam Lambert anunciou a “Rhapsody Tour”, o título segue o sucesso da cinebiografia de 2018, Bohemian Rhapsody. Aproveitando-se na glória de um novo nível de atenção, May disse: “Nossa última turnê apresentou nossa produção mais ambiciosa de todos os tempos e nos trouxe nossas melhores críticas de todos os tempos. Então decidimos desmontá-la e ficar ainda mais ambiciosos!”
“Estamos projetando um novo espetáculo visual que irá reeditar essas músicas icônicas e estamos empolgados em revelá-lo”, acrescentou Lambert.
O trio abriu o Oscar em Fevereiro de 2019, apresentando-se antes de Bohemian Rhapsody ganhar quatro Oscars no evento. Embora a era de Lambert com o Queen não tenha sido mencionada no filme, ele revelou que fez uma participação especial, interpretando um motorista de caminhão que espera que Mercury termine um telefonema com sua namorada para que os dois possam ter uma experiência íntima.
Com a chegada do documentário “The Show Must Go On: The Queen + Adam Lambert Story”, em Abril de 2019, a colaboração parece orgulhosa, confiante e pronta para celebrar a si mesma.
“Eu sempre acho que Freddie, com um sorriso perverso, diria algo como ‘eu te odeio, Madame Lambert'”, disse May em 2017. “Porque até Freddie teria ficado chocado com o alcance dele e sua capacidade de reinterpretar essas músicas que nós quatro criamos originalmente juntos.”
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Ultimate Classic Rock
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