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20jul2018
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[ENTREVISTA] The Scottish Sun: “O vocalista substituto do Queen, Adam Lambert, diz que seu antecessor Freddie Mercury foi a primeira estrela pop sexualmente fluida”
Já publicamos aqui fotos dos bastidores da entrevista realizada por Dan Wootton do The Scottish Sun antes do show de Adam com o Queen na The O2 em Londres no início do mês (02/07); agora, confira a tradução desta entrevista:
O vocalista substituto do Queen, Adam Lambert, diz que seu antecessor Freddie Mercury foi a primeira estrela pop sexualmente fluida O astro Gay do American Idol, elogiou Freddie por “não dar a mínima,” enquanto falava na última edição do podcast The Dan Wootton Interview.
Dado o relativo conservadorismo sexual dos anos setenta, seria fácil supor que o lendário vocalista do QUEEN era um homem gay que, em sua maior parte, foi forçado a entrar no armário.
Mas o cantor substituto da banda, ADAM LAMBERT, acredita que seu antecessor pode ter sido igualmente inovador quando se tratava de sua sexualidade – sendo a estrela pop original sexualmente fluida.
A estrela do American Idol foi uma das primeiras estrelas pop americanas modernas a se assumir gay.
Ele passou os últimos sete anos desde que se juntou ao grupo, pesquisando a vida pessoal do ícone cujo lugar ele agora ocupa, incluindo falar extensivamente com seus colegas de banda ROGER TAYLOR e BRIAN MAY.
Adam me diz: “Ele era totalmente destemido. Eu penso: ‘Esse cara é livre’. Ele não dava a mínima para o que as pessoas pensavam. Ele fazia o que queria fazer.”
Nos últimos dois anos, pop e rockstars de alto nível – incluindo DEMI LOVATO, MILEY CYRUS e SAM SMITH – se sentiram à vontade para se identificar como bissexual ou pansexual.
Falando no novo episódio do meu podcast The Dan Wootton Interview – em que você pode se inscrever gratuitamente agora em qualquer aplicativo de podcast – Adam reconhece que FREDDIE chegou lá primeiro, décadas antes.
Claro, seu único amor verdadeiro foi Mary Austin, a quem ele se referia como sua esposa e quem deixou para controlar sua fortuna.
No entanto, seu relacionamento terminou em 1976, quando ele se assumiu para ela como gay, em particular, algo que ele nunca confirmou em público.
Adam diz: “Por definição, acho que Freddie era bissexual. Eu conversei com muitas pessoas que o conheceram, incluindo seus companheiros de banda e antigos amigos. Eu acho que em algum momento depois que ele se separou de sua primeira esposa, ele ficou predominantemente com homens. Mas ele teve um relacionamento com uma mulher em um ponto e ele dormiu com mulheres aqui e ali pelo que eu entendo. Eu acho que isso está realmente à frente de seu tempo, de certa forma, porque acho que você está vendo mais dessa conversa sobre sexualidade agora. E a fluidez e as pessoas dizendo: ‘olha, tanto faz o que eu sou, não quero me rotular porque eu exploro isso, aquilo e aquilo lá’. O que é difícil para as massas entenderem, e é difícil para as pessoas compreenderem as fronteiras umas das outras, quando não há um rótulo colocado nelas”.
Ele acrescenta: “Eu acho que o pêndulo balançou mais do que apenas para frente e para trás, mas de um lado para o outro também. Houve movimentos interessantes. Se você olhar para os anos setenta, tudo se baseava nesse movimento andrógino e “ele é ou ele não é” e toda essa fluidez. Você tinha pessoas como Freddie e BOWIE e MARC BOLAN e até mesmo no começo dos anos 80 você tinha BOY GEORGE. Isso foi legal. Foi legal brincar com a percepção, mas ainda era um tabu falar sobre isso.”
Espera-se que a sexualidade de Freddie e seu amor duradouro por Mary estejam no coração do próximo filme biográfico sobre o Queen, de BRYAN SINGER, Bohemian Rhapsody, que terá RAMI MALEK no papel principal.
Adam revela: “Eu conheci Rami, ele está interpretando Freddie. Ele é um cara adorável. Eu vi uma cena e ele parece com ele. É fascinante. Eu mal posso esperar para ver o filme; eu acho que vai ser ótimo.”
De sua parte, Adam é muito claro sobre sua própria sexualidade.
Ele explica: “Eu sou gay, sim. Eu não sou fluido, embora eu respeite a fluidez. Eu acho bonito, se você quiser explorar. Eu estou fora do armário desde que eu tinha 18 anos. Eu nunca não estive fora. Eu falava de garotos bonitos para todos porque eu sou louco por eles! Não havia segredo. Estamos entrando em uma era onde, espera-se, um pouco do estigma, do medo e da vergonha, sejam retirados da sexualidade; onde as pessoas possam ser quem são, se divertir e se conectar.”
Isso não quer dizer que não houveram sérios desafios para artistas como Adam, que abriram caminho ao serem tão corajosamente abertos sobre sua sexualidade desde cedo em suas carreiras.
Ele explica: “Ironicamente, avançando para os últimos dez anos, é um tabu parecer andrógino. Mas agora você pode se identificar como gay, mas não se mostra como gay. Você poderia dizer: ‘Eu sou gay, sou bi, sou lésbica’, mas se você mostrar isso em sua arte comercial, é aí que todo mundo começa a ficar nervoso. Por exemplo, o pronome ‘ele’ em uma canção de um artista gay cantando sobre um amante, obviamente que seria um homem nesse estilo de vida, por que não podemos simplesmente dizer ‘ele’? Essa é a conversa que está acontecendo no momento. Sinto-me privilegiado por estar nessa mistura, porque acho que há um punhado de artistas que vão dizer ‘ok, eu vou dizer ele’. Mas o mais complicado é que você tem o lado comercial disso, infelizmente. Não é necessariamente sobre arte e apenas sobre integridade, mesmo que devesse ser assim. Você tem pessoas investindo dinheiro, que estão preocupadas com o marketing. Estou realmente empolgado com isso, porque precisa ser um problema menor, mas, para chegar a esse ponto, ainda é um problema.”
Adam foi totalmente acolhido por Roger e Brian para ocupar o lugar de Freddie.
Ele diz: “A banda me fez sentir muito confortável, eles sempre foram muito calorosos e abertos e sempre foi uma colaboração. Eles poderiam ter me dito exatamente o que queriam que eu fizesse e eu teria escutado, porque eles são Brian e Roger. Demorei um pouco para me sincronizar com os caras e absorver as músicas no meu corpo, então eu não estava pensando; Eu estava apenas fazendo e sentindo”.
Sua primeira residência em Las Vegas começa com dez shows em Setembro.
Ele fala sobre seus colegas de banda: “Eles são incríveis. Estou chocado porque às vezes eu saio do palco e estou exausto, e penso comigo mesmo: ‘Esses caras têm 70.’ Eles ainda estão fazendo isso.”
Com enormes fortunas e o legado do Queen preservado, por que continuar trabalhando tanto?
“Eu acho que eles percebem a conexão que têm com a cultura pop e com essas pessoas e fãs que os têm apoiado”, diz Adam.
“É interessante porque é algo que me ensinou muito sobre por que faço isso. Isso me lembra o verdadeiro coração do porquê você entra na indústria da música como artista.”
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: The Scottish Sun
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