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16jun2018
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GLAAD: Adam Lambert, O único homem que já amei

Adam Lambert, O único homem que já amei por Taylor Dolniak
Quando a maioria das pessoas ouve o nome de Adam Lambert, eles tendem a dizer: “Esse é o cara do American Idol, certo?” Mas pessoas como eu – em cujos corações ele deixou uma marca de delineador borrado – o conhecem por muito mais do que um reality show.
Em 2009, o enérgico Adam Lambert entrou pela primeira vez na sala de audições da 8ª temporada do American Idol e cantou “Bohemian Rhapsody” do Queen. Eu soube, naquele momento, que havia uma razão significativa para me agarrar a ele. Como um garoto no colegial que cresceu na zona rural da Pensilvânia e que nem sabia o que era o armário, Adam Lambert mudou a direção de toda a minha infância. Mas quando eu estava sentado a 60cm da televisão, assistindo a Final e soluçando incontrolavelmente em minha camiseta de Adam Lambert, enquanto ele era coroado vice-campeão, eu sabia que o que eu sentia era muito mais do que uma paixão comum.
Em uma entrevista pós-Idol com a Rolling Stone, Adam Lambert falou sobre ser gay e como o programa não o deixou discutir sua sexualidade publicamente. Para os espectadores queer que investiram seus corações, tempo e votos no rockstar glam, a honestidade de Lambert simbolizava a necessidade de mudança na representatividade na mídia e televisão.
Eu tive dois encontros formidáveis com Adam Lambert depois de sua passagem pelo Idol. Quando os 10 melhores competidores da temporada de Adam Lambert fizeram turnê pelo país, eu sabia que queria vê-lo cantar ao vivo. Embora minha família tenha se recusado a me comprar ingressos para o show de Pittsburgh, eu milagrosamente ganhei um concurso de uma estação de rádio local e ganhei um par de ingressos para o show. Era o destino, pensei, e meu eu histérico e extravagante ia encontrar meu ídolo. Durante o meet and greet pós-show, consegui uma foto assinada e toquei sua mão. Recusei-me a lavá-la durante dias.
Avançando um par de anos para o meu último ano do ensino médio. Adam Lambert foi escolhido para cantar no Pride in the Streets, de Pittsburgh, um concerto ao vivo nas ruas do centro de Pittsburgh, que dá início às comemorações da semana do Orgulho. O show era para 18 anos, e mesmo que eu tivesse 17, eu não deixaria que isso me impedisse de participar. Acompanhado por minha mãe, pude ver o espetáculo cercado de pessoas estranhas que eram como eu. Foi uma das experiências mais transformadoras da minha vida. Eu não era assumido – e ainda não sou completamente – mas o ambiente naquela noite me aproximou muito mais da auto-aceitação e do amor-próprio.
Muitos anos se passaram desde aquelas fatídicas noites, mas minha adoração por Adam Lambert permanece. Desde então, me mudei do meu quarto de infância coberto de pôsteres do Idol para o meu apartamento de adulto (onde ainda tenho fotos dele na minha parede). Agora sou uma pessoa um pouco mais confiante em minha identidade queer e sei que Adam Lambert transformou-se de minha paixão em meu mentor.
No ano passado, tive a sorte de ir a Cleveland e ver Adam Lambert como o vocalista do Queen. De alguma forma, eu peguei assentos na pista e, quando me agarrei à borda do palco, aquela mesma mão que pôde tocar nele muitos, muitos anos atrás, se estendeu mais uma vez. Nós fizemos contato. O tempo parou, e eu pensei no quão maravilhoso era aquele momento.
Mesmo que a representação LGBTQ na mídia ainda não esteja onde precisa, Adam Lambert é um dos únicos homens que eu já amei e está perseguindo destemidamente a igualdade e a visibilidade, uma realidade com a qual Freddie Mercury certamente sonharia.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @glaad e GLAAD
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