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11jun2018
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[REVIEW] COMOexplicARTE: Queen + Adam Lambert no Wizink Center de Madrid (Madri, 09/06)
Queen + Adam Lambert no Wizink Center de Madrid por Gemma Ribera
O lendário grupo britânico voltou ao palco depois de 10 anos. Sim, Queen. A ausência de sua grande estrela é evidente, mas atualmente, Adam Lambert, embora jamais será Freddie Mercury, é um ótimo substituto. A diferença de idade não existe, porque o que realmente importa é que ele usa trajes igualmente extravagantes, tem uma potência vocal que também impressiona e pode ostentar um carisma que faz o público simpatizar por ele, portanto, se encaixa perfeitamente com o resto da banda. Hoje à noite se apresentarão em Barcelona, mas desta vez nós cobrimos o show em Madri no Wizink Center: a primeira das duas datas em nosso país durante a turnê europeia.
Comemorando o 40º aniversário do álbum “News Of The World”, eles têm Adam Lambert como vocalista, mas não há dúvida de que o líder absoluto do Queen é Brian May, ou pelo menos foi ontem à noite, inseparável de Roger Taylor. Embora, no fundo, esta turnê tenha outro protagonista especial: “Frank, o Robô”. Eles trazem ao palco uma animação do robô que estampa a capa do álbum lançado em 1977. A criatura aterrorizante foi quem deu um golpe na tela onde se leu “Queen + Adam Lambert” e “levantou a cortina” para receber o jovem cantor e os músicos que desde o começo da abertura começaram a tocar os riffs de guitarra e bateria.
Como uma diva, com um microfone vermelho junto com as roupas e plataformas, Adam Lambert desfilava pelo palco e quase sempre ao lado de May. Eles interpretaram clássicos como “Play The Game” e “Another One Bites The Dust”, e junto a “Bicycle Race” uma bicicleta surgiu no palco.
Trocas de roupa? Quatro ou cinco. E a maquiagem para não perder o costume. Um momento engraçado foi quando Lambert sentou em cima da cabeça do robô para interpretar “Killer Queen”. Era nítido que o ex-concorrente do show de talentos American Idol se orgulhava de compartilhar esta aventura com os músicos veteranos, e em todos os momentos demonstrava gratidão, pedindo aplausos para May e Taylor. “Podemos celebrar juntos nesta noite, Queen e Freddie?” Ele perguntou ao público antes de iniciar “Don’t Stop Me Now”. Seu desejo foi recebido como uma ordem e os 17.400 participantes não demoraram um segundo para obedecerem.
Os músicos deram o seu melhor. Do início ao fim. Os grandes sucessos vieram não apenas do álbum de aniversário, mas de toda a trajetória. “I Want It All”, “Crazy Little Thing Called Love”… O rock reinou no Wizink Center até que o guitarrista silenciou muitas bocas em seu minuto de ouro. Brian May sentou-se em um banquinho ao final do palco com seu violão especial de seis cordas e dirigiu-se à platéia em espanhol. “Buenas noches, España […] entiendo donde estoy” [“Boa noite, Espanha […] percebo onde estou”, ele comentou. Com seu breve discurso, ele queria deixar claro que eles estão cientes de que cada lugar para onde vão é diferente, não importa o quanto o amor por Queen e Mercury sejam intocáveis.
Logo depois que ele cantou “Love Of My Life” usando uma guitarra espanhola, o público ficou comovido porque, graças à tecnologia, Freddie Mercury fez uma aparição no telão central para terminar a música em um dueto com ele. Outra ideia fantástica de May foi pedir luz no recinto. Ele não fez isso para criar uma atmosfera mágica – já que também, as lanternas dos celulares deram mais luz do que as próprias luzes – mas para se fotografar juntamente com os fãs com a ajuda de um ‘selfie stick’, e logo depois o show continou com “Somebody To Love”.
A luz aumentava toda vez que o som da bateria ganhava força. Roger Taylor também atuou como solista e participou de uma “batalha” com o outro baterista. Um globo de espelhos girando acima indicava que a festa não podia parar. Veio “Under Pressure” e “I Want To Break Free”. Os agudos de Lambert eriçaram a pele mais de uma vez, especialmente em “Who Wants To Live Forever”, mas também surpreendeu com seu potencial em “The Show Must Go On”, “Radio Ga Ga” e na romântica e desejada “Bohemian Rhapsody”. Nesta, as projeções tiveram novamente a figura de Mercury.
O bis foi a grande final. Lambert, com uma coroa, ergueu os braços ao ritmo de “We Will Rock You” e finalizou as mais de duas horas de show com “We Are The Champions” e confetes, muitos confetes. A montagem do show é incrível. Entre tecnologia, projeções, elementos móveis… as vozes e os instrumentos se complementam e dão origem a um show inesquecível. A turnê europeia consiste em um ciclo de doze concertos. Esta noite, Barcelona.
Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: COMOexplicARTE
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