Mark Goodman e Alan Light da Rádio SiriusXM entrevistam Adam Lambert, Nova Iorque – 07/05

Mark Goodman e Alan Light entrevistaram Adam Lambert no início de Maio (07) para o programa Debatable da Rádio SiriusXM. Confira como foi a entrevista:

A entrevista começa com um dos apresentadores comentando sobre as novas datas da turnê de Queen + Adam Lambert e a residência que farão em Las Vegas. Adam responde como foi assumir o papel de vocalista de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, dizendo que pra ele sempre foi a busca de um equilíbrio e sempre lembrou que era algo feito para os fãs e que ele tinha que lembrar disso e nunca se afastar demais da essência da banda e honrar a banda. Também comentou que teve uma conexão muito boa com Brian May e Roger Taylor após a primeira turnê e eles sempre foram muito compreensíveis e abertos. Adam brinca que não gosta que deem ordens para ele, e que sempre sentiu que foi uma colaboração com Brian e Roger. Também comenta que se sente mais confiante e confortável devido ao sucesso da colaboração deles. Sobre o “American Idol” brincam que não saberiam o que teriam acontecido se Adam tivesse cantando outra música em sua audição para o programa e Adam conta que foi influenciado como performer pelas canções do Queen.

Adam comenta o que ele pensa sobre as músicas do Queen: “Essas canções são muito atemporais, uma vez que elas lidam com o coração na maioria do tempo. Elas não são direcionadas para um tipo de pessoa, são para todo mundo. E eles estavam muito à frente do seu tempo como uma banda pop, e sim, eles tocavam rock’n’roll e isso era popular naquela época, mas eles descobriram como incluir todo mundo na festa. Eles descobriram como se conectar com as pessoas de uma forma massiva e mundial. Eles cantavam sobre coisas que quase todo mundo conseguia se identificar, o que é muito importante.” Adam fala que muitas das músicas poderiam ser lançadas hoje, porque a melodia é universal e atemporais. Eles comentam também sobre “The Show Must Go On”, que foi uma música que eles apresentaram pouco com Freddie e é algo que Adam e a banda gosta sempre de apresentar porque é uma grande música e bem difícil de cantar, mas que vale a pena.

Adam fala: “No começo eu disse a mim mesmo que eu tinha que parar de escutar as gravações deles porque eu poderia começar a tentar imitá-las inconscientemente. Então foi uma experiência interessante tentar me desplugar do original e ainda aprender, mas não aprender escutando muito as gravações porque eu não queria imitar porque isso seria estranho. […] Mas foi difícil porque eu estava tentando aprender as canções sem imitá-las e a maioria dos grandes hits da banda eu conhecia, mas tinha algumas músicas do lado B que eu não estava tão familiarizado, também algumas músicas de álbuns mais antigos. Eu sabia a coleção de grandes hits, isso que eu sabia desde que eu era mais novo e tudo que não estava nessa coleção era difícil. Então eu ia até Spike no piano e pedia para ele tocar como foi gravado e tentava aprender sozinho. Foi um desafio interessante, mas eu gosto de um desafio.”

Adam diz que não sabe como vai ser esse novos shows em Las Vegas, que estão acostumados a tocar em grandes arenas, então vai ser diferente tocar em um lugar menor. Então teriam que mudar o cenário do palco, alguns visuais. E também não discutiram como será o setlist dos shows ainda, mas que terá algumas mudanças e que tentarão fazer uma produção digna de Las Vegas. Eles brincam que terão um orçamento bem generoso e que podem contratar “show girls” que poderiam se encaixar no estilo Vegas e em música como “Fat Bottomed Girls”, então Adam comenta que essa é uma música muito empoderada.

Adam fala que não imaginava que a parceria ia durar tanto tempo, e eles também não pensaram que seria assim, só que propostas continuaram aparecendo e eles se sentiam bem com isso e continuam. Mas que ele está trabalhando em seu trabalho solo entre as temporadas de shows. “Eu lancei meu último álbum enquanto estava trabalhando com eles, e então tive praticamente um ano dedicado a minha carreira solo. Eu acho que o próximo ano será mais dedicado ao meu trabalho solo do que fazendo turnês com o Queen. E talvez vou ter algo sendo lançado antes do ano acabar se tudo der certo. E é engraçado porque eu vejo muitos comentários de fãs dizendo que estão felizes em me ver em show, mas querem saber sobre minha carreira solo e essas coisas, e eu penso que tem tanta logística. Vocês não iam querer ouvir sobre, é tanta negociação. Muita coisa acontece para que um álbum seja lançado, o cronograma e ter todos pensando da mesma forma e tudo isso, então estou trabalhando nisso. […] Em relação as músicas, escrevê-las tem sido muito satisfatório. Eu me sinto muito bem em relação a elas.” Adam responde que tem mais influência do Queen nesse novo álbum do que em todos os outros. “Eu acho que por um tempo eu pensei que eu amo rock clássico, eu amo essa banda que é da década de 70/80, mas eu estou fazendo na minha carreira solo música que é para essa audiência pop, para tocar nas rádios hoje e eram duas coisas completamente diferente, então eu tinha que manter tudo compartimentalizado. E naquela época aquilo funcionou para mim, mas agora eu acho que vale tudo na música hoje desde que pareça certo. E streaming tem se tornado essa grande ‘besta’ e se você pode conseguir a música certa para a audiência certa. E eu me senti muito bem me apoiando nessas influências e esses sons que eu tenho apresentado. […] Eu acho que estou tentando evitar modas específicas que mudam a cada ano. Estou tentando voltar a um tempo em que a maioria das músicas eram tocadas com instrumentos ao vivo. Então eu estou incorporando muito mais elementos naturais. Muito das músicas tem um som meio da década de 70, mas feita de uma maneira que é para os dias atuais. Algumas fusões estão acontecendo. Estou animado, eu gostei. Muito som de contrabaixo, muita guitarra.”

O entrevistador comenta que Adam pensa em aproveitar essas oportunidades já que Brian e Roger não serão capazes de fazer isso para sempre. E Adam diz que é amigo dos dois e vê como eles se alegram por estarem nos palcos e deve lembrar eles de suas juventudes e que eles estão apreciando junto com a audiência o legado que criaram através dos anos. O entrevistador comenta que eles são um fenômeno global, que já estiveram em muitos lugares e Adam responde: “E algumas audiências eram gigantes e nunca nem sonhei em me apresentar na frente dessa quantidade de pessoas. Nos apresentamos para meio milhão de pessoas na Ucrânia e 85 mil pessoas no Rock in Rio. É tipo, o que? […] Foi louco e eu realmente me sinto agradecido porque trabalhar com esses caras, ajudou muito a minha carreira. Me deu uma credibilidade que significa muito para mim. Significa muito para mim que eu sou capaz de usar meu talento do lado deles e funciona, é algo que as pessoas entendem, isso ajuda.”

O entrevistador brinca sobre ter que lembrar quem ganhou o “American Idol” aquele ano, e Adam rapidamente responde que foi Kris Allen. E Adam comenta que programas de talentos é sobre você conseguir abrir um pouco a porta para entrar na indústria musical, porque é muito difícil conseguir seu lugar.

Para encerrar é perguntado se tem sido conversado se os próximos shows terão uma nova versão ou alguma música nova. E Adam responde que eles tem conversado por email sobre como serão os próximos shows, e comenta sobre o robô que aparece nos shows, que foi uma ideia muito boa de Brian e Roger, mas não sabe se o robô vai continuar ou não em Vegas porque é sobre “The Crown Jewels” e brinca que serão grandes joias.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: gelly414/YouTube

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