Review by Blank Gold Coast do Show Queen + Adam Lambert em Brisbane (Austrália) – 24/02

Queen e Adam Lambert: Review ao vivo e galeria | Brisbane Entertainment Centre | Sábado, 24 de Fevereiro de 2018

Por JD Garrahy

Há apresentações que você nunca pensou que seria privilegiado o suficiente de ver pessoalmente. Também tem vezes que, como escritor, você tem dificuldade para formular uma review à altura de tal apresentação. Esta noite é uma dessas noites.

Queen, sim O Queen (bom, a banda, não a VERDADEIRA Rainha), está parando a multidão de Brisbane esta noite. Se você cresceu nos anos 70 e 80 como eu e muitas das outras pessoas que obtiveram ingressos para esta noite, então você conhece Queen muito bem. A música deles foi a trilha sonora dos nossos anos de crescimento e mantemos muito amor pelas músicas que eles presentearam a esta terra. Produzindo um dos vocalistas mais enigmáticos em Freddie Mercury, Queen detonava sucesso atrás de sucesso, construindo um repertório extenso. Quando Freddie morreu, fomos deixados com um vazio em uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Ainda bem que esse vazio foi preenchido por Adam Lambert, alguém com imensa confiança e talento. Poderosa e emotiva, a voz de Lambert é o acompanhamento perfeito para o som distinto do Queen.

As luzes diminuem, e a plateia se anima em entusiasmo enquanto as batidas de “We Will Rock You” ressoam pela arena. Incitar uma cantoria conjunta logo no começo é bem espetacular, mas incitar uma ‘batida-conjunta’? Bem, isso é completamente outra coisa. Toda a plateia junta, pisando e batendo palmas, fazendo uma arena tão grande sacudir é incrível de testemunhar. A banda dá as graças ao palco e os aplausos são estrondosos. Iniciando a todo vapor com “Hammer To Fall”, parece que estamos prestes a viver uma noite espetacular. O modo como Brian May manuseia a guitarra é de tirar o fôlego. Parece que a guitarra é uma parte dele, entregando riffs e solos sem esforço algum, que é difícil acreditar que ele possa chamar isso de ‘trabalho’.

Roger Taylor é um baterista que não pode ser criticado. Seu estilo icônico de tocar é tal que já foi copiado por muitos artistas, e com razão. De alguma forma tem uma complexidade e simplicidade de uma vez. É incrível de assistir e você consegue entender porque ele é um artista que muitos músicos admiram. O momento do solo de bateria usual da noite é ofuscado pela presença de dois bateristas no palco, fazendo o que pode ser intimamente descrito como um momento de ‘duelo de banjos’. É um espetáculo a se testemunhar. Taylor é o homem típico da banda, sendo o baterista genial, ou tomando as rédeas dos vocais em algumas músicas (perfeitamente preenchendo a parte de David Bowie em “Under Pressure”), Taylor parece não perder uma batida sequer. Todo membro desta banda dá o seu máximo no show desta noite e a plateia se alimenta desta energia. É difícil acreditar que eles estão quase em sua quinta década como uma banda. São muitos os tributos a Freddie ao decorrer da apresentação. De uma brilhante interpretação de “Love Of My Life” por May (com um acompanhamento espectral de luzes de celulares pela arena), a Lambert conversando com a plateia a respeito de seu predecessor, Mercury não está longe da mente de ninguém esta noite.

Sucesso após sucesso continua sendo entregue, de “Killer Queen” a “Crazy Little Thing Called Love”, este poderoso setlist contém de tudo. A multidão vai absolutamente a loucura quando o riff de abertura de “I Want It All” começa a soar pela arena, deixando todos frenéticos para dar a sua energia de volta aos nossos convidados da noite. Enquanto o set principal fecha com “Bohemian Rhapsody”, é difícil imaginar como o Queen entregaria um bis para ultrapassar isso. Ao saírem do palco, a plateia acena para retornarem, sem saber como eles irão encerrar sua apresentação.

Agora, ISSO é o que eu queria. Uma arena lotada, cantando, pisando, batendo palmas, fazendo tanto barulho quanto possível enquanto o Queen explode com “We Will Rock You” em toda sua glória. Mesmo não estando a céu aberto, eu imagino que isso é apenas uma fração do que Wembley sentiu em 1986 em termos de atmosfera. Entregando-nos “We Are The Champions” diretamente depois, é como receber um golpe de um boxeador peso-pesado, te deixa completamente no chão. Queen e Adam Lambert nos deram nada menos que uma apresentação formidável que abrange meio século de carreira. Sonhos foram vividos para algumas pessoas e em minha opinião, este vai ser um show difícil de superar neste ano.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fonte: Blank Gold

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *