Review by Reverb do Show Queen + Adam Lambert em Sydney (Austrália) – 21/02

Review ao vivo – Queen + Adam Lambert (Sydney)

Por Annette Geneva

A maior parte da minha infância teve como trilha sonora o disco de maiores sucessos do Queen. Eu ainda tenho aquele mesmo disco até hoje, que herdei de meu falecido pai. A influência que Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon tiveram sobre mim foi enorme.

Por algum tempo entre 2004 e 2009, Queen teve Paul Rodgers da Bad Company liderando a banda, mas para ser completamente honesto, Adam Lambert – Tesouro Nacional Americano, como gosto de chamá-lo, faz isso não somente melhor, ele nem precisa “roubar o show” – ele apenas adiciona a ele. Em completa harmonia com o resto da banda, honrando a lenda para sempre imortalizada que é Freddie Mercury e ainda garantindo ser respeitoso com quem os membros originais da banda são.

Se você é uma dessas pessoas que diria: “Bem, ele não é o Freddie.” – “Não, m*. Sempre haverá somente um deus do rock.” – o próprio Lambert lhe dirá isso. Independentemente do que você pensa de Lambert, você fará parte daqueles que perdem de experimentar algo realmente mágico e ridiculamente inclusivo para uma grande multidão de pessoas que encheram a arena naquela noite.

O primeiro show australiano do Queen em 2018 aconteceu em Sydney na Arena Qudos Bank. Iniciando o show com uma pequena intro de “We Will Rock You”, “Hammer To Fall” recebeu Lambert ao palco, caminhando ao redor em um par de botas de salto alto, óculos de sol e uma roupa de rock n’ roll muito legal. O homem não é somente lindo, ele também é extremamente talentoso. O modo como ele capturou a plateia na palma de sua mão sem excluir os membros originais da banda foi realmente visível durante “Fat Bottomed Girls”.

A plateia logo ficou surpresa com Lambert aparecendo debaixo do palco no topo de uma escultura de cabeça de metal (chamado Frank, aparentemente), vestindo um terno rosa muito extravagante, dirigindo-se a todas as críticas de “mas ele não é o Freddie” e seguiu para uma gloriosa versão de “Killer Queen”, que com certeza foi merecedora da coroa de Mercury. Mas teve mais – logo que “Don’t Stop Me Now” começou, Lambert caminhou até o final do longo palco secundário recitando as letras de “Bicycle Race”, e uma vez que o holofote iluminou o final da passarela – havia um triciclo rosa com glitter esperando por ele com uma cesta cheia de flores, ele jogou algumas na plateia e pedalou a bicicleta de volta ao palco durante a versão menor da música. Roger Taylor assumiu daí com uma versão absolutamente surpreendente de “I’m In Love With My Car”, sendo um grande fã desta, eu fiquei chocada que consegui vivenciar aquilo.

“Get Down, Make Love” e “I Want It All” foram bem recebidas, mas o show realmente teve o seu auge quando Brian May finalmente saudou os fãs e anunciou uma música para Freddie, “Love Of My Life” – toda a arena brilhou com luzes de celulares e o eco da cantoria conjunta, algumas lágrimas foram derramadas quando Mercury apareceu no telão para terminar a canção. Que momento realmente especial.

Enquanto a plateia se recuperava de todo o sentimentalismo, May pegou um pau de selfie e filmou a multidão por toda a arena, girando e projetando tudo nos telões, o que entreteu bem os fãs. Lambert, vestindo uma calça com glitter, retornou ao palco para “Somebody To Love”, movendo-se para o final do palco secundário onde May, Lambert e Taylor tiveram seus momentos após Roger Taylor fazer uma incrível batalha solo de bateria com o baterista da turnê chamado Tyler Warren. Esperei ver o filho de Taylor – Rufus Taylor, que provavelmente está muito ocupado em turnê com sua banda The Darkness, mas o jovem rapaz de Nashville mandou muito bem também! As primeiras notas de “Under Pressure” sempre me eletrificam, os vocais compartilhados de Lambert e Taylor soaram ótimos! “Some Kind Of Magic”, apresentado por Taylor e May realmente me fez admirar Taylor ainda mais como um cantor habilidoso e talentoso.

Uma estranha mas agradável surpresa foi a música solo de Adam Lambert, “Whataya Want From Me” (originalmente uma música da Pink), deve ter sido incrível para Lambert ter seu sucesso tocado pela LENDÁRIA “banda de apoio” – foi sua hora de brilhar separado do Queen como uma banda, MAS ele preferiu permanecer próximo a May e não tomar toda a glória. Ele pareceu muito agradecido pelo gesto e abraçou May ao final da música.

“Who Wants To Live Forever” teve toda a arena iluminada por pequenos pontos de luzes projetados por um grande globo de discoteca, enquanto “Last Horizons” teve o palco levantado acima da multidão, como se Frank (a estátua de cabeça de antes) estivesse levantando Brian May na palma de sua mão de metal. Cheio de vários efeitos psicodélicos no telão, o solo de guitarra soou extraordinário, e finalizou a apresentação com “Radio Ga Ga” e uma comprida cantoria da plateia em “Bohemian Rhapsody”. Enquanto a multidão pedia mais, vimos Mercury aparecer no telão em uma velha gravação e sua imagem comandou a plateia em uma cantoria conjunta das harmonias de “Day-Oh”, enlouquecendo a todos, lembrando-nos o quanto ele realmente era atrevido.

Finalmente era hora de ouvir o hino favorito de todos os rebeldes: “We Will Rock You” – Lambert apareceu no palco em uma capa e coroa adornada de jóias, e May usava uma roupa prata tipo futurística. “We Are The Champions” encerrou o show, explodindo confetes enquanto a banda acenava em despedida. Foi um toque legal ouvir “Heroes”, de David Bowie, soando nos alto-falantes enquanto as luzes acendiam. A lista de cantores convidados do Queen foi maior que a quantidade de dedos em ambas as suas mãos, mas “Under Pressure” de Bowie e Mercury sempre será icônica.

Se você ainda é uma dessas pessoas “Ele não é o Freddie”, você realmente está perdendo de fazer parte da história da música que está sendo feita. Se adapte.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Bruna Martins
Fontes: @TEGDAINTY e Reverb

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