Review by 13th Floor do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Nova Zelândia) – 17/02

Queen + Adam Lambert nos leva para uma montanha russa de emoções…

Por Reuben Raj

Depois de cinco anos de turnês e performances com o Queen, Adam Lambert sustentou inquestionavelmente sua coroa como legítimo herdeiro do trono de Freddie Mercury. Queen e Lambert aperfeiçoaram seu show com um ataque incessante de hits em meio a elaborados shows de luzes, automação e animações gráficas. Cada canção permaneceu nova e revigorada com o charme e vitalidade juvenis de Lambert. Não houveram pausas no passeio de bicicleta que evocou sentimentos de alegria, nostalgia, exaltação, e uma ou duas saudáveis pitadas de melancolia.

Como um crítico e apreciador de shows, eu devo me esforçar para não descrever muitos detalhes nessa revisão, porque as pequenas surpresas durante o show é o que o faz ser único, especial e inesquecível.

A plateia lotou a rua inteira e a área do parque na frente da arena mesmo antes de os portões serem abertos. Houve um zumbido de antecipação no ar e eu acabei ouvindo muitas pessoas orgulhosamente segurando seus ingressos e descrevendo apaixonadamente suas experiências em shows anteriores do Queen.

Andando pela arena, não tem como não ficar cativado pelo palco. Uma variedade enorme de telas curvas envolveu todo o palco com uma passarela que se estendia até metade do chão da arena.

Vestidos de preto, o Queen detonou no show com uma introdução de “We Will Rock You” antes de rapidamente mudar para “Hammer To Fall”. Eu senti uma diferença de como esse show começou, comparado a quando a banda se apresentou na Europa no ano passado. Essa foi rapidamente se tornando uma noite cheia de surpresas inesperadas, e de fato era.

A impressionante e complexa instalação de luzes para o show foi evidente quando elaborados padrões de luzes cobriram o palco e toda a arena. Luzes estroboscópicas e lasers piscavam e brilhavam com a música e a tela gigante cheia de gráficos chamativos, animações e imagens ao vivo.

Lambert estava confortavelmente em casa no palco, girando com seu suporte de microfone, balançando o punho com as batidas das músicas e lançando olhares sedutores para o público. No entanto, a combinação de som na primeira seleção de música não mostou adequadamente seu alcance vocal. As variações vocais e solos de baixo de “Stone Cold Crazy”, “Tie Your Mother Down” e mesmo de “Another One Bites The Dust” foram difíceis de distinguir. Agradecidamente, a qualidade do som aumentou quando Lambert, num terno rosa, sentou no topo da cabeça de Frank e cantou sem esforço e representou a letra de “Killer Queen”.

Então, agora Lambert é oficialmente o novo Mercury? Lambert abordou essa questão com uma estrondosa proclamação de que havia apenas um verdadeiro Deus do Rock e era Freddie Mercury. Ele se sentiu honrado e privilegiado de se apresentar com as lendas do rock, Brian May e Roger Taylor. Depois de cinco anos performando pelo mundo juntos, o crescente respeito e apreço genuíno por sua parte na história do Queen foram admiráveis e cativantes. Não importa se Lambert foi escolhido por May e Taylor e que suas habilidades vocais são comparadas a Whitney Houston e Aretha Franklin, Lambert estava contente por cantar na sombra de Freddie Mercury.

Nesse ponto, a plateia se divertiu bastante enquanto se mantinha em seus assentos. Foi inevitável que celulares se erguessem para fotografar e filmar o show. Eu entendo a necessidade de algumas fotos e pequenos vídeos para ter uma ‘lembrança visual’, mas não vejo razão para tantas pessoas gravarem músicas do começo ao fim e obstruir a visão de outros do show. Uma irritante distração que agora está forçando um número cada vez maior de estabelecer maiores restrições para filmagens e o uso de celulares.

No momento, eu senti que o ponto alto do show foi quando Lambert apresentou uma poderosa apresentação de “Don’t Stop Me Now”, seguida de uma mistura de canções incluindo “Bycicle Race” e “I’m In Love With My Car” por Roger Taylor. Com uma jaqueta cáqui verde, calça preta e uma maquiagem chamativa, Lambert parecia um vitorioso soldado quando apresentou “I Want It All” debaixo do enorme equipamento de luzes que rodava ao tempo da música. Eu estava errado porque os sucessos continuaram vindo em adoráveis porções, com show de luzes ainda mais elaborados que acompanharam as formidáveis batidas de Taylor e os nostálgicos solos de guitarra de May.

No meio dessa extravagância visual e celebração de música, o espírito de Freddie Mercury esteve sempre presente e permaneceu sendo uma parte profunda do show. As emoções aumentaram e lágrimas caíram durante a versão de May de “Love Of My Life” em um violão de 12 cordas. Outra parte carregada de emoção do show foi quando Lambert apresentou “Who Wants To Live Forever” sob luzes em forma de pirâmide nas cores do arco-íris.

Durante o show, May e Taylor tiveram espaço para demonstrar suas habilidades conquistadas com décadas de performances. Taylor escolheu uma batalha de solos de bateria com apoio do baterista/percussionista Tyler Warren enquanto May impressionava o público com sua obra instrumental, “Last Horizon”, acompanhado de gráficos que foram claramente uma inspiração de seu trabalho com astronomia e astrofísica. O forte vínculo e camaradagem entre esses dois titãs do rock foi indiscutível quando eles apresentaram “It’s A Kind Of Magic” juntos.

Ao final do show, os altos e incessantes gritos por bis foram uma clara indicação de que o público chegou ao limite e queria ainda mais. Queen e Lambert retornaram com “We Will Rock You” e “We Are The Champions” antes da reverência final. Eles se juntaram aos colaboradores de longa data Spike Edney (teclados), Neil Fairclough (baixo) e Tyler Warren na percussão e bateria.

Até o fim a voz de Lambert se manteve forte e limpa. Ele não vacilou nem hesitou em apresentar cada música, caminhando confiantemente pela estreita linha entre introduzir um pouco de sua personalidade enquanto se manter fiel aos verdadeiros clássicos do Queen… canções que resistiram à prova do tempo e, pode-se dizer, até alcançaram um tipo de imortalidade.
Quem quer viver pra sempre, você deve se perguntar? Bem, Freddie claramente é alguém que quer.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fonte: 13th Floor

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