Review by Ambient Light do Show Queen + Adam Lambert em Auckland (Nova Zelândia) – 17/02

Queen + Adam Lambert, Auckland NZ, 2018

Por Bridget Herlihy

Mesmo com a parada anual do Orgulho Gay que ocorreu em Ponsonby, a Spark Arena foi o lugar mais quente para se estar nessa noite morna de verão, tanto literal como metaforicamente, o retorno da poderosa banda Queen + Adam Lambert aumentou ainda mais o calor com um show abrasador. Uma casa cheia para a primeira noite dos dois shows em Auckland foi a prova de que seu apelo não diminuiu durante a carreira de quatro décadas da banda.

Após receber críticas favoráveis da última vez em que visitaram o país em 2014, a antecipação para o show que prometia uma produção de ponta, foi grande. E certamente não ficou aquém das expectativas. Na verdade, as superou sucessivamente. Isso foi muito mais do que apenas setlist de hits; realmente foi um tipo especial de magia que entregou um banquete tanto para os ouvidos quanto para os olhos. Uma tela convexa exibia o logo Queen + Adam Lambert através do palco, com uma passarela que se esticava por um terço do comprimento da arena, prometendo um show de perto e pessoal, e eles não decepcionaram. A partir do momento em que subiram no palco, a banda fascinou o público.

E o que se seguiu foi uma caminhada de duas horas pela proverbial estrada da memória; um conjunto de grandes sucessos inegáveis, entregues com um impulso implacável que teve uma grande parte da audiência dançando e cantando a plenos pulmões em uma homenagem ao abandono imprudente de outrora. Iniciando com a famosa batida de “We Will Rock You”, a banda rapidamente seguiu com “Hammer To Fall”, do álbum de 1984, “The Works”, que foi rapidamente seguida por uma versão ardente de “Stone Cold Crazy”. As músicas vieram espessas e rápidas na primeira parte do show, mas foi só no final de “Fat Bottomed Girls” que Lambert se dirigiu à multidão, pedindo todas as suas “irmãs, todas as v* gordas” para subir em suas motocicletas, e ele rapidamente esclareceu que foi, de fato, um termo carinhoso. Lambert é, com certeza, um homem fascinante que quase sem esforço, comandou e manteve a atenção do público durante todo o show. Com nada menos do que seis mudanças de figurino, Lambert não só trouxe o poder vocal, mas também se parecia em cada centímetro, com uma estrela do rock. No entanto, Lambert não é uma diva. Pelo contrário, ele se mostra humilde e grato por sua posição como vocalista de uma das bandas de rock mais adoradas do mundo, fazendo uma pausa durante o show para admitir que, mesmo depois de cinco anos de atuação com o Queen, ele ainda precisa se beliscar diariamente. Lambert também tomou um tempo para lembrar o falecido e lamentado Freddie Mercury, reconhecendo sua personalidade única e carismática, reforçando que realmente “nunca haverá outro Freddie”.

A memória de Mercury estava bem e verdadeiramente viva ao longo do show, fazendo várias aparições em imagens de arquivo na tela convexa suspensa acima do palco, enquanto seus vocais distintos preenchiam a arena. O lendário Brian May também pagou seu próprio tributo pessoal, perguntando ao público se eles amam e sentem falta de Freddie, o que, obviamente, foi respondido com um retumbante SIM e gritos de adoração, antes que May, empoleirado em um banquinho no final da passarela com um violão de 12 cordas na mão, se lançasse em uma performance acústica requintada de “Love Of My Life”, completa com os vocais de Freddie soando no coro final. Esta é uma banda que não só reconhece, mas abraça seu passado e seu presente, sem cair na armadilha de um tributo cliché.

O show teve tantos momentos espetaculares que a mente surta tentando lembrar de todos; de Lambert sentado em cima da cabeça de um grande robô que surgiu debaixo do palco (o nome dele é Frank e, aparentemente, ele “cai de boca”); May subindo acima do palco para executar um longo e ressonante solo de guitarra para acabar com todos os solos de guitarra; Roger Taylor assumindo os vocais em partes de “Under Pressure “e “It’s A Kind Of Magic”; mais solos de guitarra e solos de bateria; máquinas de fumaça, canhões de confete e um dos mais impressionantes show de luzes que provavelmente você jamais viu. “Who Wants To Live Forever”, completa com um efeito de iluminação prismático de cair o queixo, foi em partes iguais hipnotizante e pura magia.

E, claro, nenhuma performance do Queen seria completa sem “Bohemian Rhapsody”, que misturou magistralmente vocais e imagens do videoclipe original da faixa no meio da música. Fechando a noite com a animada “We Are The Champions”, com Lambert e May adornados em roupas reais inspiradas no rock, terminando a noite em um alto astral absoluto. Nunca a qualidade atemporal do Queen foi mais evidente do que agora, pois sua música continua a ressoar com uma nova geração. Este é um show que não deve ser desperdiçado. Se você não tem um ingresso para o segundo show da noite na Spark Arena, apressa-se. O Queen realmente vai te balançar, e vai te balançar pra valer.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Ambient Light

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2 Comments

  1. Cada turnê essa magia aumenta e Adam Lambert sem dúvida nasceu pra isso!!!!???

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  2. 👏👏👏👏👏👏

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