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05jan2018
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No Livro “Queen in 3-D”, Brian May conta como Adam Lambert entrou para a família do Queen
O Livro de Brian May ‘Queen in 3-D’ conta a história da banda, do primeiro álbum à chegada de ‘Madam Lambert’. May revela como a Adam se tornou parte da família Queen. Confira abaixo um trecho do livro:
“Depois que terminamos a turnê com Paul Rodgers, novamente eu e Roger sentimos como se tivéssemos terminado, e que provavelmente esse seria o fim das turnês do Queen. Não saímos por aí procurando um vocalista que soasse como Freddie e nem fizemos buscas num desses programas de TV que procuram por estrelas. Mas o destino interveio. Um presente de Deus?!
Em 2009 nós estávamos bem na época em que as mídias sociais dominaram – mas também dos programas de talentos na TV como o ‘Idol’. De repente comecei a receber mensagens que diziam: ‘Há um cara incrível no American Idol que cantou uma de suas músicas na competição, e parece que ele vai vencer a temporada.’
Então imediatamente procurei no YouTube para descobrir o que estava acontecendo e, de fato, havia um jovem incrível cantando ‘Bohemian Rhapsody’ – Adam Lambert. E ficou evidente que ele era alguém completamente fora do comum. E no meu inbox apareceu várias pessoas falando ‘vocês têm que se juntar a esse cara; ele é o sucessor natural de Freddie; é com esse cara que vocês deveriam estar se apresentando.’
Então recebemos uma ligação, Roger e eu,fomos convidados para tocar em LA no American Idol com os dois finalistas, sendo Adam um deles. Então fomos e fizemos nossa entrada dramática e heroica com esses dois rapazes, e foi realmente uma experiência divertida. Eles eram ambos bons cantores e tinham boa presença de palco, e foi fácil interagir com eles. Mas sem dúvida ficou óbvio que houve logo uma química entre nós e Adam. Isso aconteceu de forma completamente natural e fez todos nós sorrirmos. A reação do público foi enorme, e então eu acho que a partir desse momento a ideia de nos juntarmos com Adam surgiu nas nossas mentes.
Porém não aconteceu por um bom tempo, porque Adam, como a maioria dos participantes desses programas, assinou com uma gravadora depois da competição, em que ele acabou não ganhando. Mas claro que isso não fez diferença. Adam já era percebido como estrela por seus fãs e a mídia, e isso sem o Queen ter nada a ver com isso.
Com o tempo, aconteceu de nós sermos convidados para um show em uma premiação em Belfast, e Adam foi convidado para o mesmo show. Nós todos pensamos que seria a oportunidade de aparecermos juntos, só ara ver o que acontecia. Então nós ensaiamos por uns dias e então, totalmente ao vivo (como sempre estamos), na British TV nós tocamos ‘The Show Must Go On’, ‘We Will Rock You’ e ‘We Are The Champions’. A reação foi estupenda. Foi bem unânime que ‘isso funcionou’. Então imediatamente nós começamos a pensar, ‘vamos tentar uns shows, só para ver o que acontece.’
As coisas rolaram bem rapidamente, e nós demos início à uma longa e bem sucedida associação com Adam, que se tornou um de nós, parte da nossa família. Ele nunca tentou ser o Freddie, e acho que isso faz com que os fãs gostem dele, além de ser um cantor extraordinário de muita presença.
Roger e eu vimos literalmente milhares de cantores em nossas vidas, incluindo alguns ótimos fazendo audição com nossa ‘We Will Rock You’ (qual, eu mencionei, concorreu por 12 sólidos anos no ‘The Dominion Theatre do Tottenham Court Road’ em Londres?) mas nós nunca vimos ou ouvimos nada como o Adam. Eu sempre penso que Freddie, com um sorriso malicioso, diria algo como ‘eu te odeio, Madam Lambert’, porque até Freddie ficaria impressionado com seu alcance e sua habilidade de reinterpretar essas músicas que nós quatro originalmente criamos juntos.
Há pessoas por aí que pensam ser imperdoável que estejamos ainda nos apresentando em turnê. Eles acham que deveríamos juntar nossas coisas e ir para casa, como pessoas velhas.
Mas é bem óbvio que não apenas os caras mais velhos, mas ao menos duas novas gerações ao redor do mundo têm ouvido as músicas do Queen e amaram, e tem feito parte de suas vidas, e eles adoram nos ver tocar com esse ‘garoto’.
Ele está um pouco mais velho agora, mas ainda é um garoto comparado a nós, velhos roqueiros. Mas a diferença de idade não importa. Nós temos a mesma ética de trabalho, a mesma alegria em tocar esse material, e nessas arenas e lugares maiores que tocamos, tudo o que vejo são rostos satisfeitos, pessoas que sentem, como nós, que é um privilégio compartilhar desses momentos, muito depois da morte de Freddie. E – meu Deus – é divertido!”
O livro contém 256 páginas, incluindo 300 fotos 3-D do Queen, sendo algumas inéditas, e muitas tiradas pelo próprio Brian, foi publicado em 25 de Maio de 2017 pela London Stereoscopic Company e já está a venda e custa 50 euros, podendo ser adquirido aqui. O livro também vem com o Owl Viewer, um dispositivo projetado por Brian May para visualizar imagens estereoscópicas.
Confira algumas imagens do livro abaixo:
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fontes: Classic Rock Magazine e Gay Star News
Muito bom!