Review by Manchester Evening News do Show Queen + Adam Lambert em Manchester (Inglaterra) – 09/12

Queen e Adam Lambert na Manchester Arena

“Obviamente, Freddie Mercury não está aqui. Mas ele está em espírito e pessoalmente, nos momentos certos.”

O Queen é uma banda que criou algo tão incrivelmente bom que gerações caíram sob seu feitiço décadas após a perda do sol no centro de seu universo – Descanse em Paz, Freddie.

Eu me sinto ousado dizendo isso, mas depois de cinco anos permitindo a Adam Lambert a honra inacreditável de levar o microfone enquanto Brian May e Roger Taylor apresentam o seu repertório formidável, acho que a galáxia está de novo em movimento. Ele é uma enorme estrela brilhante. Assim como Freddie. Não é Freddie. Mas meu Deus, com todas as melhores partes.

A decisão de permitir este tipo de show é um testemunho do fato de que May e Taylor esperaram por muito tempo até mesmo para debater a opção de ter alguém cantando essas músicas. E, independentemente da prática e esforço (e comprometimento), o esforço valeu.

Quando chegamos, os visuais se tornaram uma grande parte do show com o palco envolto em telas que se parecem com blocos enferrujados, que levam um robô a atravessar sua prisão de metal.

Os olhos do robô não são ameaçadores, mas incertos, hesitantes. Sua mão atravessa a caixa metálica. É uma metáfora óbvia para mim: uma banda lendária que toma a corajosa decisão de libertar esses acordes e letras novamente.

E que começo, uma amostra de “We Will Rock You”.

Lambert é um grande showman. Ele chega em seu figurino cintilante e botas, completamente à vontade com essas músicas e essa multidão.

May ataca sua guitarra como uma estrela do rock com metade de sua idade, parecendo imenso em seus formidáveis jeans e cabelos grisalhos, elétricos sob a luz.

Depois de liberar seu vocal com “Hammer To Fall”, Lambert atravessa “Stone Cold Crazy” enquanto se aventura sozinho pela passarela pela primeira vez.

xxxA versão é fresca, assim como “Another One Bites The Dust”, que é tocada com uma atitude roqueira renovada.

“Fat Bottomed Girls” começa com a brilhante multi harmonia de May e Taylor, então Lambert volta ao palco para “Killer Queen”, vestido com um terno rosa e saltos assassinos. É o momento dele para compartilhar sua situação incomum com os fãs. Lambert promete “comemorar Queen e Freddie juntos” e depois explode em “Don’t Stop Me Now”.

Obviamente, não há Freddie Mercury. Mas ele está aqui em espírito e em pessoa, ocasionalmente, e nos momentos certos. Parece uma celebração.

“Bicycle Race” permite que Lambert aumente o nível de extravagância com seu triciclo rosa, que ele pedala pelo palco enquanto canta. Seu alcance é incrível, suas acrobacias vocais ao lado de May para a introdução de “I Want It All” é um momento especial.

Para mim, é o único momento em todo o show onde Freddie é perdido. Quero vê-lo nesse colete, naquela coroa.

Depois de um segmento emocional, May acalma um pouco os ânimos, ocupando o centro das atenções por um lindo momento, falando sobre como começou a tocar música, através de seu pai.

Ele mergulha em “Leaning on a lamppost” de George Formby em uma homenagem a seu pai.

Então acontece: Freddie aparece. É durante uma versão do “Love Of My Life”, onde Mercury explode na tela atrás, tecnologia que combina os dois como se os reunisse no palco. É ensaiada, tão ensaiada, mas provoca lágrimas.

“Somebody To Love” é a continuação perfeita na “coroação” de Lambert. Aparecendo em trajes de ouro e prata com uma coroa, parece um último aceno do rei May. A química do trio é tão próxima que é fascinante, mais ainda com “Under Pressure”, um dueto com Roger e Lambert.

O único ponto de colisão de todo o conjunto é “It’s A Kind Of Magic”, onde Roger Taylor é o vocal principal. Simplesmente não funciona. Lambert deveria estar lá para isso.

Não precisamos esperar o homem principal por muito tempo, ele está de volta com um vigoroso autocontrole em “I Want To Break Free”.

E então acontece, chegamos ao pináculo da viagem que estamos fazendo.

A versão de “Who Wants To Live Forever” é brilhante, muito especial.

Na última etapa do show, temos: “Radio Ga Ga”, “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, quando a multidão está finalmente de pé.

Nós vimos um líder sem escassez de ego, que está maravilhado com a forma como ele conseguiu chegar onde ele está, mas também dois velhos garotos do rock, que se depararam com alguém que os permitiu compartilhar esse belo catálogo de músicas com a geração original de fãs e aqueles que vieram depois.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Manchester Evening News

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