Review by GF Sound do Show Queen + Adam Lambert em Glasgow (Escócia) – 03/12

Queen + Adam Lambert na SSE Hydro em Glasgow – 03 de Dezembro de 2017

É verdade, já que eu posso ouvir você me dizer que Adam Lambert não é Freddie Mercury. É também verdade que ele veio a destaque em um concurso de karaokê da TV (que ele não ganhou, aliás, que geralmente é um bom sinal). Com isto em mente eu fui vê-lo porque no palco com ele são apenas os membros restantes de Queen (um morto, um aposentado); que para mim, significa algo. Foi o que eu pensei sobre aquela experiência.

Antes de entrar nisto, porém, há a questão importante da configuração…

Sobre a experiência na Arena Hydro

Eu estive na Arena SSE Hydro em Glasgow já algumas vezes (para ver Black Sabbath e Iron Maiden em suas respectivas turnês de 2017 se você quer saber) e cada vez eu fiquei impressionada com o quão bem o local parece ser executado – filas para entrar e sair do local e seu estacionamento é dirigido por mordomos e fluem de forma relativamente rápida como resultado.

Dentro do espaço eu tive uma experiência mista de sua acústica. Para este concerto eu estava a poucos metros em frente à mesa de som, eu não fiquei nem um pouco surpreso de perceber que soava ótimo dali. Em presenças anteriores, eu tinha sentado do lado onde o som não estava tão balanceado.

Sobre o Setlist

‘Clássico Queen’ é uma frase que eu uso frequentemente mas basicamente costuma cobrir o desempenho. O tema acompanhante desta turnê é totalmente o 40º aniversário de “News Of The World” (1977), que foi representado no setlist mas de forma alguma foi o foco.

Se você ouve música, você provavelmente saberá a maioria das músicas da lista, então eu não vou entrar em mais detalhes além de algumas outras surpresas de entradas surpreendentes; nomeadamente a pesada “Stone Cold Crazy” (Sheer Heart Attack, 1974) e a fumegante “Get Down, Make Love” (News Of The World).

Sobre a performance dO Queen

Brian May (Doutor, título britânico, PhD, etc.) não está realmente ficando mais lento em seus setenta anos, até o ponto onde eu não tenho muito a dizer além da magnitude de uma performance que fui ver, embora talvez eu esteja tendencioso. Talvez conhecendo seus limites, alguns solos incluindo “I Want It All” (The Miracle, 1989) foram visivelmente mais lentos ou reorganizados.

A Velha Garota, a poderosa especial vermelha (guitarra de May, continua), também estava bem – trocada apenas duas vezes; uma vez por uma réplica que parecia ser em sintonia drop-D e novamente por uma Guild acústica de 12 cordas para “Love of My Life” (A Night at the Opera, 1975), durante a qual May levanta o público na música antes de duetar rapidamente com uma gravação de Freddie.

Taylor – junto ao baixista John Deacon, agora aposentado – foi sempre a espinha dorsal dO Queen, como toda banda de rock uma sessão de ritmo sólida é essencial, mesmo com as curtidas de May e Mercury na frente. Taylor foi sempre sólido antes e agora – mas eu não pude evitar de perceber que a banda está carregando um percursionista a mais; isto poderia indicar que Taylor está abrandando um pouco ou simplesmente ilustrar a complexidade dos arranjos em execução. De qualquer forma, o desempenho de Taylor parecia sólido durante todo o tempo, como eu esperava.

Sobre os músicos de apoio do Queen

Tradicionalmente um grupo de quatro, Queen assumia músicos extras quando necessário; O chefe dentre estes é provavelmente Spike Edney, que se juntou ao Queen na turnê Magic Tour (assim como os projetos solos de Brian May e Roger Taylor depois DO Queen) nos anos 80 como tecladista e guitarrista extra. Edney se juntou ao Queen novamente para esta turnê nos teclados, também nesta turnê está Neil Fairclough no baixo e Tyler Warren na percussão.

Edney, Fairclough e Warren em grande parte se mantiveram longe do foco, apenas realmente vindo para destaque onde as músicas requerem (baixo, por exemplo, em “Under Pressure” de Hot Space, 1982, e “Another One Bites the Dust” de The Game, 1980), mas oferecendo performances sólidas ao longo de todas.

Sobre Adam Lambert

Eu entrei nisto com uma mente bastante aberta, eu tinha visto Lambert na televisão algumas vezes e eu fiquei bem impressionado com o que eu ouvi, então. Vendo-o ao vivo com O Queen somente confirma o que eu já tinha visto. Em termos de alcance e poder, Lambert (embora bem maior no timbre) poderia facilmente derrotar Mercury.

Para comparar (porque você não pode mesmo) os dois artistas, eu iria certamente com Mercury como superior dos dois – embora eu teria esperado Lambert reinar em sua própria performance para não ultrapassar sua posição.

De qualquer forma, as dúvidas que eu poderia ter sobre Lambert se foram há muito tempo.

Sobre o Palco

Os valores da produção dO Queen estão em evidência ao longo do tempo. O palco parecia ter a forma da guitarra icônica de Brian May; as telas na frente e a parte de trás do palco exibem imagens e visualizações.

Eu mencionei antes que o tema desta turnê é o álbum “News Of The World”. A obra de arte do álbum apresenta um grande robô agarrando os membros da banda (é bem macabra, agora que penso nisto…), não há nada parecido com isto no show, embora o robô apareça no início do show para levantar a tela na frente do palco para revelar a banda e mais tarde ergUE May no Espaço durante seu extenso solo.

Não seria um show do Queen sem luzes, e tem muito delas. Notavelmente, uma grande plataforma em forma de disco é suspensa acima do palco, que pode ser levantada e abaixada., mas também inclinada para criar diferentes efeitos. Lasers e fumaça também são combinados magnificamente.

Se você vir a um show do Queen esperando efeitos visuais, basta dizer que você não ficará desapontado.

Para Concluir

Eu nunca iria a um show do Queen, seja o Queen original (improvável já que nasci depois de eles pararam de fazer turnês), Queen com Paul Rodgers (é lindo), ou Queen com Adam Lambert esperando um show ruim. Este, então, poderia superar qualquer outro show ao qual estive. A banda foi fantástica, completamente preparada com um conjunto de 20 canções ímpares ajustadas com teatralidade também claramente ensaiada à exaustão.

Você pode ser o tipo que lamente que este não é o Queen, você pode até estar certo, mas é uma maravilha a não se perder.

Deus salve o Queen.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Tabata Martins
Fonte: GF Sound

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