Review by Variety do Show de Queen + Adam Lambert em Newark (NJ, EUA) – 26/07

Confira a review do Show de Queen + Adam Lambert realizado em Newark (NJ, EUA) em 26 de Julho, feita por Michele Amabile Angermiller do Variety:

Queen vai ao extremo com Adam Lambert como seu fã e frontman

Já tinham se passado cinco músicas do show arrasador do Queen na quarta-feira à noite (26 de julho) no Prudential Center em Newark, Nova Jersey, quando Adam Lambert parou para se questionar: “Isso é a vida real? Ou é apenas fantasia?”

A frase de Lambert, referente às primeiras linhas de “Bohemian Rhapsody”, pode ter sido confusa, mas não deixa de ser uma verdade para o vice-campeão da oitava temporada do “American Idol”, que teve a sorte de ser escolhido para liderar os vocais do Queen e se juntar a seus membros originais, Dr. Brian May, na guitarra, e o baterista Roger Taylor (Neil Fairclough tocando no baixo, Spike Edney nos teclados e Tyler Warren completa a formação na percussão).

É um grande trabalho, como Lambert explicou, principalmente porque o cantor original da banda, Freddie Mercury, faleceu tragicamente em 1991. “Vamos ser honestos, há apenas um Freddie Mercury”, disse o cantor de 35 anos do palco. “Eu sou um fã como vocês. Estou aqui em um assento realmente caro”.

E é uma posição que Lambert ganhou, como evidenciado pelo espetáculo de rock repleto de luzes e lasers, com duração de duas horas, que ele liderou. O setlist foi cheio de hits, mas também polvilhado com algumas outras canções menos conhecidas e até mesmo a música de trabalho solo de Lambert, “Two Fux”, que foi habilmente executada graças à sua extensão vocal de outro mundo e a uma presença de palco que atraiu o público de verso em verso.

Lambert – cuidadoso para não imitar Mercury – trouxe sua própria arte e interpretação para a música. Especificamente, sua interpretação emotiva de “Who Wants To Live Forever”, bem como trabalhando com os vocais de Mercury em um dueto em “Under Pressure” com Taylor dando arrepios. Foi simplesmente magnífico.

A interpretação de Lambert de “Killer Queen” foi outro destaque. Na turnê de 2014, Lambert cantou a música deitado em um divã. Desta vez, ele emergiu de baixo do palco sentado na cabeça de “Frank”, o robô que adorna a capa do álbum de 1977 do Queen, “News Of The World” (que comemora seu 40º aniversário neste ano). A veia teatral de Lambert entrou em jogo nesse momento, enquanto interpretava com brilho nos olhos e um pequeno toque vampiresco – coisa que esperaria se estivesse em um pequeno teatro da Broadway.

O robô foi uma parte importante do show, construindo o clima antes que os músicos subissem ao palco quando suas mãos gigantes cruzaram o set, levantando o palco para revelar a banda, com Lambert provocando a multidão com um trecho de “We Will Rock You” antes de quebrar tudo com “Hammer To Fall”. A recompensa de “We Are the Champions” (com Lambert vestindo sua merecida coroa) viria mais tarde, mas teve muito do que se aproveitar antes disso.

Com sua jaqueta de couro, óculos de sol e sapatos de salto alto (contamos cinco trocas de figurino durante o show), Lambert mostrou-se a própria estrela do rock, arrebentando em clássicos como “Stone Cold Crazy”, dominando o palco enquanto se pavoneava em “Another One Bites The Dust” e montando um triciclo durante “Bicycle Race”. No momento em que “Fat Bottomed Girls” começou, a banda viu o Prudential Center em um coro frenético. Um solo de guitarra estrelado por May – um dos muitos presentes no show – elevou o nível ao extremo.

Lambert não era o único no microfone. Taylor, que comemorou seu 68º aniversário na noite de quarta-feira, hipnotizou no palco com “I’m In Love With My Car” (de “A Night At The Opera” e do lado B de “Bohemian Rhapsody”). Mais tarde ele enfrentou Warren em uma batalha de bateria épica e teve um momento surpresa em que Lambert cantou junto com a multidão “Parabéns a Você”.

May, de 70 anos, sentou-se com seu violão acústico a frente do palco para tocar uma adorável versão de “Love Of My Life”, um lindo momento em que se sobrepôs a imagem de Mercury nos telões cantando os últimos versos da música ao lado do guitarrista. May disse: “Acho que uma boa música nunca deve morrer”.

Verdades que nunca foram ditas.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Diego Girardello
Fonte: Variety

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