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22jul2017
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Review by The Kansas City Star de Kansas City (MO, EUA) – 09/07
Confira a review do Show de Queen + Adam Lambert realizado em Kansas City (MO, EUA) em 09 de Julho, feita por Timothy Finn do The Kansas City Star:
Queen + Adam Lambert fielmente revivem os sons de uma banda ilustre e única em Kansas City Freddie Mercury é insubstituível. Esse ponto ficou claro no domingo à noite no Sprint Center. Mas as canções e a música da banda Queen são atemporais, indeléveis e dignas de um avivamento sob as circunstâncias certas, um ponto que foi enfocado na noite de domingo.
Por cerca de duas horas, dois dos membros fundadores da lendária banda britânica de rock, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, liderados pelo vocalista Adam Lambert, guiaram a multidão de aproximadamente 13 mil pessoas com um setlist que abrangeu duas dúzias de músicas, algumas com mais de 40 anos de existência. E proporcionaram uma noite sentimentalmente satisfatória e implacavelmente interessante.
Lambert, vice-campeão da oitava temporada do “American Idol”, é o substituo ideal para Freddie Mercury: ele é destemidamente extravagante e desinibido e seu poder vocal pode perfurar as paredes das arenas.
O trio, apoiado por outros três músicos, abriram o show com um teaser: aproximadamente 15 segundos de “We Will Rock You”, um clássico hino de estádios que faria mais uma aparição mais tarde.
Eles iniciaram oficialmente com “Hammer To Fall” e então “Stone Cold Crazy”, duas faixas relativamente obscuras, nenhumas das duas entrou em charts nos Estados Unidos, mas ambas tinham o reconhecimento da multidão.
A partir daí, eles invadiram a todo vapor seu sólido terreno de ouro, iniciando com a clássica funk-rock “Another One Bites The Dust”, que levou ao hino extravagante e libidinoso da arena, “Fat Bottomed Girls”, para então o reluzente e irresistível ritmo de “Killer Queen”, todas as quais Lambert executou com respeito e classe.
Ao longo do show, Lambert prestou homenagem a Mercury e sua enorme reputação. Ele também se referiu a May e Taylor, os chamando de “Deuses do Rock” e “Lendas”. Mas ele não recuou em comandar o palco vocalmente e fisicamente e em transmitir ao show sua própria personalidade e sabor.
Ele mudou de figurino várias vezes, embora todas as vezes emergiu vestindo aparentemente uma variação diferente do mesmo tema: uma jaqueta de couro (sem mangas, geralmente), calças de couro e botas, com tachas e lantejoulas adornando a maior parte.
O melhor foi o laranja-sanguíneo do conjunto que combinava com seu cabelo vermelho. Acho que ele estava a usá-lo quando pedalou ao redor do palco em formato de guitarra seu triciclo durante a maravilhosa versão de “Bycicle Race”, tocando a buzina.
Ele também pôs no show quantidades apropriadas de insinuações, giros e gestos sexuais que geralmente envolviam o pedestal do microfone. Durante a versão excitante de “Crazy Little Thing Called Love”, ele mostrou alguns movimentos impressionantes à la Elvis.
Mercury foi lembrado durante todo o show, com um limite de bom gosto. Um dos muitos destaques do show foi a versão solo acústica de May em “Love Of My Life”, uma adorável balada do álbum “Night At The Opera”.
May a tocou de forma simples e direta. No final, foi acompanhado por uma gravação de Mercury no telão cantando o verso final. Foi uma lembrança emocionante.
Eles encerraram a primeira parte com – o que mais?- “Bohemian Rhapsody”, com o vídeo original que apareceu no grande telão em partes do refrão. Para uma canção tão complexa e ornamentada, provocou um memorável, autêntico e alto coro da plateia em volume igual aos aplausos ao solo de guitarra de May no final da canção. Como ele fez durante toda a noite, Lambert cantou tudo corretamente: com muito drama e desenvoltura, mas sem exagerar.
O show terminou com o teaser que começou: uma versão de “We Will Rock You” que quase explodiu a arena. E então veio “We Are The Champions” um hino de opera-rock com um fervor de uma canção de luta.
Chegou ao fim uma noite que desde o início foi sobre vencedores e lendas e trouxe de volta a vida e ao cenário da música uma das mais criativas e singulares bandas da música de rock.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gabriela Macieira
Fonte: The Kansas City Star
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