Review by Belwood Music do Show Queen + Adam Lambert em Los Angeles (CA, EUA) – 26/06

Confira a review do Show de Queen + Adam Lambert realizado em Los Angeles (CA, EUA) em 26 de Junho, feita por Tayler Anne Robinson do Belwood Music:

Queen + Adam Lambert, Hollywood Bowl, 26 de Junho

Há poucos shows que eu consideraria dignos para o calibre do Hollywood Bowl. Em 26 de Junho, o Bowl teve a sorte de receber lendas reais do rock, Brian May e Roger Taylor, o Queen e seu atual líder Adam Lambert.

O simples fato de possuir os ingressos, para começar já era um milagre, já que os dois shows no Bowl esgotaram-se rapidamente. Eu herdei, surpreendente, os ingressos de uma pessoa que não pode comparecer e antes mesmo que eu percebesse estava vestida de veludo e de batom vermelho, sentada (apenas) no Hollywood Bowl esperando para ouvir faixas clássicas que fizeram parte integral de minha infância.

Sem ato de abertura, sem bobagem, o show começou com um curto refrão e subsequentes batidas e palmas de “We Will Rock You”, a banda gritando o que pretendia fazer conosco. E sempre fazem!

Fomos apresentados ao talento cru e de ópera de Adam Lambert na primeira música completa da noite, “Hammer To Fall”. Tornou-se imediatamente evidente que Lambert não era uma inovação que a banda escolheu para visualmente deslumbrar a plateia e esperar pelo melhor. Lambert certamente deslumbrou a multidão com inúmeras trocas de roupa e grandes saltos altos, mas sua autenticidade como artista e performer eram incontestáveis. Após a metralhadora de riffs na segunda música da noite, “Stone Cold Crazy”, Adam Lambert parou para ter uma conversa franca com o público. Ele disse: “Eu sei o que vocês estão pensando”… Surgem risadas nervosas na plateia… “Eu não sou Freddie Mercury”. Então, gargalhadas. Ele continuou dizendo o quanto Freddie sempre foi um ídolo, e que nunca esperaria alcançar a magnitude que ele alcançou, mas que mesmo assim, ele era um fã como todos nós e que ainda não podia acreditar que estava a cantar com o Queen todas as noites. Ele dedicou o show a Freddie e a audiência celebrou. Foi um momento doce e autêntico de um showman selvagem e ultrajante, e se a conversa dele não bastasse para conquistar a multidão – sua voz logo resolveu o problema.

Meu momento favorito da noite ocorreu depois de vários hits favoritos do Queen: Apenas Brian May, com um violão acústico, um banquinho e um holofote, sentado para tocar “Love Of My Life”. Ele perguntou se poderíamos cantar, e se cantássemos, talvez algo mágico pudesse acontecer. A beleza de um Hollywood Bowl lotado cantando “Love Of My Life” em voz baixa e doce, foi mais bonito do que palavras podiam expressar.

E então: A mágica.

Durante o último refrão, no gigante telão de LCD, Freddie se juntou a Brian. O vídeo foi tirado da performance ao vivo do Queen em Wembley e ali eles estavam: Brian, envelhecido no Hollywood Bowl e Freddie imortal em Wembley cantando lado a lado. Sei que não posso falar por toda uma plateia, mas sei que minha fila inteira começou a chorar no momento em que Mercury apareceu no último acorde e quando o falecido Freddie e Brian levantaram seus punhos no ar. Um momento: inesquecível. Nenhum show futuro será capaz de superar.

Brian May criou mais um momento cósmico no show com seu solo. Subindo acima do palco em um elevador, os efeitos visuais criaram a imagem de May balançando pelo espaço. Sons atmosféricos dissonantes e luzes fortes vindas do palco e das montanhas de Hollywood por trás do Bowl me fizeram acreditar que eu estava prestes a ser abduzida por alienígenas, mas meu Deus… que forma de partir.

Depois da dançante “Under Pressure” e cantoria de braços abertos em adoração a “Somebody To Love”, fomos premiados com o clímax do show: “Bohemian Rhapsody”. Lambert simplesmente arrasou em cada nota, mas eu gostei muito que sua versão não era uma cópia em carbono da de Mercury. Ele cantou sua verdade, seu coração… em seu próprio modo.

Finalmente, com uma grandiosa coroa, Lambert e Queen fecharam o show com a completa “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. A experiência ao mesmo tempo foi tão surreal e agridoce. Como alguém que não havia ainda nascido para ver Freddie Mercury com Queen, nunca mais poderei experimentar a banda na sua capacidade mais verdadeira. Contudo, os talentos de Adam Lambert e as nostálgicas e confortantes palavras de Brian May me ajudaram a esquecer minha decepção e curtir uma noite incrível de música.

Você pode assistir Queen + Adam Lambert em sua turnê em andamento pela América do Norte e Europa neste ano.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gabriela Macieira
Fonte: Belwood Music

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