The Straits Times: Lambert atinge as notas altas com o Queen (Singapura – 17/09)

Lambert atinge as notas altas com o Queen

O cantor Adam Lambert deve ter um dos trabalhos mais difíceis do mundo da música moderna – substituir o falecido Freddie Mercury da banda britânica Queen, que é amplamente considerado como um dos vocalistas mais dinâmicos da história do rock and roll.

Mas, como seu desempenho no show dos ícones do rock britânico Queen aqui no Grande Prêmio de Singapura no último sábado atesta, o ex-finalista do American Idol se garante na função. Ele deu seu toque extravagante no catálogo de canções da banda, muitas das quais se tornaram clássicos do rock muito antes de ele ter nascido.

Cheio de confiança, Lambert, de 34 anos de idade, que começou a se apresentar com os membros do Queen que ainda estão vivos e tocando com a banda – Brian May e Roger Taylor – em 2009, parecia muito consciente de que não havia nenhuma razão em tentar emular os movimentos de Mercury e seu estilo singular de cantar.

Ele pode atingir com facilidade o alcance vocal extremamente amplo de Mercúrio e, em músicas como “Somebody To Love”, cantou as notas altas de forma mais suave do que o cantor fez.

O set de duas horas de duração da banda foi visualmente grande, condizente com o enorme Padang Stage, que, tal como nas corridas de anos anteriores, é o maior palco na cena de shows local. Foi o primeiro show do Queen em Singapura nos seus 46 anos de existência, enquanto que Lambert cantou aqui várias vezes.

A forte multidão de 55.000 pessoas cantou junto com gosto, hinos do rock tais como “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.

A seleção de músicas correu como o álbum “Greatest Hits” da banda – não foi um setlist recheado de canções pouco conhecidas para saciar os fãs hardcore, foi uma coleção popular preenchida com hits dos anos 1970 (“Seven Seas Of Rhye”, “Somebody To Love”) e 1980 (“Radio Gaga”, “I Want It All”).

A presença de Mercury se avolumou grandemente no show, de um dueto virtual com Lambert em uma interpretação majestosa do rock épico “Bohemian Rhapsody” via imagens de vídeos antigos, até o monólogo de Lambert sobre o falecido cantor e como ele representava o poder do amor.

May teve muitos momentos no centro das atenções também, com um solo visual e auditivo impressionante em um pódio que se ergueu do palco, com um show de luzes extravagante, e exibindo sua ótimas cordas vocais em “Love Of My Life”, originalmente cantada por Mercury.

O baterista Taylor brilhou em seus segmentos solo, fosse um duelo de bateria com seu filho, Rufus Tiger Taylor, ou canalizando os vocais de Mercury no hit de 1985 “A Kind Of Magic”.

A banda também prestou homenagem ao falecido ícone do rock David Bowie, tocando uma versão animada de sua colaboração de 1981, “Under Pressure”.

No início da noite, os colegas britânicos da banda Bastille apresentaram um conjunto decididamente mais contemporâneo. Pesado nos teclados e sintetizadores, hits cheios de ganchos como “Pompeii’ e “Things We Lost In The Fire’ eram hinos e eram atrevidos o suficiente para se espalhar por todo o grande público. O que faltava ao vocalista Dan Smith em movimentos de dança coesos, ele compensou com entusiasmo. Seu set de uma hora de duração com músicas de seu segundo álbum lançado recentemente, “Wild World”, bem como covers que incluíram uma interpretação triste do clássico da R&B/pop “No Scrubs” da TLC.

Ainda assim, o seu set ávido dificilmente poderia se comparar com a atmosfera eletrizante da performance poderosa de Queen e Lambert. Em algum lugar lá em cima, Mercury deve estar sorrindo.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: The Straits Times

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