Tradução da Entrevista de Adam Lambert na Revista Winq de Londres – Jun/Jul 2016 (2ª Parte)

Já publicamos aqui uma parte da entrevista de Adam Lambert na edição de Junho/Julho da Revista Winq de Londres. Confira a seguir a última parte desta entrevista:

Adam Lambert
Que seu reinado seja longo

Bem, funciona muito bem!
Sim, têm sido muito divertido. Eu acho que no começo eu estava um pouco intimidado e meio nervoso e inseguro sobre como essa parceria seria recebida, e é incrível porque nos últimos quatro anos, eu sinto que nós ficamos melhores e melhores como uma unidade. Tanto os fãs quanto os críticos têm dado muito apoio e estão animados com o que fazemos e isso faz todos se sentirem bem.

Você acha que essa conexão com o Queen e se apresentar com eles mudou a demografia dos seus próprios fãs?
Eu acho que o interessante sobre ter participado de uma competição como o Idol é que você alcança muitas demografias diferentes, é mais amplo do que, por exemplo, a típica audiência da rádio. Você tem essas e você consegue pessoas de fora e eu acho que o Queen é bem parecido com isso, em alcançar várias gerações. Quando eu olho para a plateia do Queen, eu vejo crianças, eu vejo os pais dessas crianças e então eu vejo os pais dos pais, então há muitas plateias de três gerações – e na verdade, eu vejo muito disso nos meus shows solo também, então é uma visão familiar.

Você ouviu muito sobre Freddie dos outros caras? Você disse recentemente que gostaria de representar um dos amantes dele na biografia que está para ser lançada, eu presumo que você não tenha tido notícia dos produtores sobre isso?
Eu meio que estava brincando, mas seria apropriado, você não acha? Eu fiz muitas perguntas, ele parece ter sido um sujeito incrível.

Seria muito apropriado e poético, com certeza!
É, eu acho que sim também – Seria muito divertido.

Mas você ainda está esperando pela ligação… Eles podem estar tentando chegar a você agora mesmo!
[Risos] Eu aceito!

Quando Freddie Mercury estava vivo, não era muito fácil ser abertamente gay, enquanto que você tem sido aberto e honesto desde o começo. Você enfrentou muita pressão para se apresentar de forma diferente quando você começou? Você meio que deixou seu visual mais discreto nos últimos anos…
É, sabe, é interessante porque, eu ouvi pessoas dizendo recentemente, “Oh, seu visual está mais discreto”, e eu não sei – Quer dizer, eu ainda uso algumas m***** bem estranhas! Eu apenas estou usando m***** diferentes. Foi em uma direção diferente, mas eu acho que sou só eu experimentando, evoluindo… Eu não sinto que a mudança no meu estilo, ou na forma como eu me apresento seja uma reação consciente a algum tipo de pressão. Eu acho que sou só eu me sentindo atraído por estilistas, tendências e coisas diferentes. Todo o conceito por trás do primeiro álbum foi o glam rock moderno, então minhas roupas refletiam onde minha mente estava, obviamente. Eu acho que sou assim conceitual, como artista. Meu guarda-roupa e estilo sempre foram parceiros da minha música, então eu sinto que a música que eu estou fazendo agora está bem vestida.

Parece haver uma crescente presença de artistas e atores LGBT fazendo sucesso, mas ainda parece desproporcional. Você tem feito suas coisas e sido bem aceito; te frustra saber que outros não conseguem ou não fazem o mesmo?
Eu acho que o que está acontecendo agora é que nós estamos ultrapassando essa conversa, e o ponto onde nós estamos agora é mais sobre as áreas cinzentas no meio. Isso é o mais interessante neste momento. Se você olhar, por exemplo, se vestir de forma extravagante, eu acho que talvez o público mainstream pode simplesmente associar isso com ser gay, mas a ironia é que muitos artistas em quem eu me inspiro em relação à moda, que se vestem de forma extravagante, são heterossexuais! Que ele descanse em paz, mas olhe para o Prince, por exemplo. Prince era fabuloso! Quer dizer, ele usou algumas coisas que eram tão afeminadas e loucas e ele era um cara hétero… Eu acho que eu sempre me senti atraído por coisas incomuns e eu acho que isso é muito interessante porque neste momento nós estamos vivendo um tempo em que podemos desafiar as suposições das pessoas. Não é sobre o binarismo de gay ou hétero, homem ou mulher, negro ou branco – isso é tão básico. Agora, estamos entrando neste momento bonito lenta, mas seguramente, onde é mais sutil do que isso. A geração jovem chegando agora é capaz de experimentar e se sentir confortável com a fluidez e misturar tudo, e eu acho que isso é lindo. E eu acho que é isso o que sempre me atraiu.

Você mencionou o Prince e obviamente, este ano nós lamentamos a perda de David Bowie, outro gênio da música. Ambos pavimentaram o caminho para artistas masculino como você, serem provocativos e sexuais e diferentes. Eles foram grandes influências quando você estava crescendo?
Definitivamente, eles foram dois grandes ícones, para todo mundo. David Bowie e Prince, sua música e arte… Eu acho que eles foram o tipo de artista que afetou todos os artistas que estão por aí hoje. Agora você pode ouvir partes e pedaços de suas músicas nas músicas de todo mundo. Michael Jackson é outro, você pode ouvir a influência deles em todo lugar, é muito legal. E você pode ver isso também estilisticamente.

Com certeza. Eu também quero perguntar a você sobre Rocky Horror – Você terminou de filmar o remake. É sempre uma decisão controversa refazer um clássico cult tão popular – o que vem por aí?
Eu acho que é brilhante, porque traça cuidadosamente a linha entre prestar homenagem ao original, mas também foi reinventado e modernizado um pouco. Eu acho que se eles tivessem tentado recriar o filme cult, teria sido um erro. Kenny Ortega, o diretor, é brilhante e ele veio com algumas ótimas modificações no conceito, na trama, no visual e no som – e até mesmo no elenco. Eu acho que Laverne Cox é absolutamente brilhante, eu me diverti muito trabalhando com ela, ela é tão inteligente e engraçada e é muito sexy [risos]! Ela apareceu em um dos figurinos e eu fiquei tipo, “Caramba!”

Soa incrível!
O elenco é ótimo, eu gostei de trabalhar com todos os atores, todos foram muito legais – havia uma energia ótima no set. É um papel pequeno e doce, eu faço Eddie, então é literalmente uma música e eu sou morto. Foi muito divertido.

É um momento tão divertido do filme, não é? Essa música está no topo da lista das que as pessoas vão conhecer… Você era fã de Rocky Horror quando era mais novo?
Totalmente, sim! Eu fiz toda aquela coisa de exibição da meia noite algumas vezes em LA nos meus 20 anos. Qualquer desculpa para me fantasiar de algo que me atraia! Houve um período por alguns anos em Hollywood em que eu poderia ser considerado um club kid… Eu frequentava esses clubes totalmente montado, então Rocky Horror era definitivamente uma dessas saídas – qualquer oportunidade de usar um figurino maluco!

Clique aqui para conferir os scans desta revista.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @WinqMagazine e @TrespassingAL

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